quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

China reclama de nome de rotatória

Foto: Grazyna Jaworska /AG

A visita do Dalai Lama a Polônia tem repercutido bastante na China e no mundo, mas no Brasil a grande imprensa insiste em ignorar que o líder tibetano esteve em Gdańsk para as comemorações dos 25 anos do Prêmio Nobel da Paz de Lech Wałesa e ali se encontrou com o francês Nicolas Sarkozy, presidente de turno da União Européia e da França. Também ignorou o título de "doutor honoris causa" recebido pelo líder religioso na Universidade Iaguielônia de Cracóvia. Ao noticiar que a China tinha reclamado do encontro de Sarcozy com o Dalai Lama infringiu regra básica do jornalismo: não disse onde nem porque se deu o encontro.
Talvez agora mencionem que a China reclamou junto ao Ministério das Relações Exteriores da Polônia, sobre a decisão das autoridades de Varsóvia de denominarem uma rotatória de "Tibet Livre".
O Ministro polaco das Relações Exteriores Radoslaw Sikorski disse aos jornalistas que a questão ainda está sob discussão das autoridades municipais. "Nós, como governo, respeitamos a autonomia das autoridades locais e também o direito dos chineses se manifestarem sobre isto".
Um grupo de conselheiros municipais (equivalente a vereador) do bairro de Wola, na capital Varsóvia, apresentaram uma moção para denominar a rotatória como expressão de solidariedade com o povo do Tibet e protestar contra a violação dos direitos humanos.
Estes são os conselheiros municipais que neste dia 11 de dezembro, quinta-feira, devem votar a proposição de dar nome a rotatória de "Wolny Tibet" -  pelo Partido "Platformy Obywatelskiej" (PO): Marek Bojanowicz, Aleksandra Grzelak, Michał Kubiak, Michał Marciniak, Leszek Mikulecki, Dariusz Puścian, Joanna Tracz-Łaptaszyńska, Maria Weber, Ewa Widenka, Mariusz Wis, Monika Wiśnioch. Pelo Partido "Prawa i Sprawiedliwości" (PiS): Anna Brodzka, Małgorzata Cybulska, Beata Gosiewska, Maria Kucharska, Paweł Kuchta, Hanna Mrowińska, Jan Nowak, Marcin Rolski, Łukasz Szcześniak, Mateusz Tomala. Pelo grupo "Lewica": Andrzej Grudkowski, Joanna Kamieńska, Dorota Makowiecka, Mieczysław Zmysłowski.

A rotatória com o Google Earth

Estréia documentário sobre Kukliński

Identidade Militar

Um filme documentário sobre Ryszard Kuklinski, o general polaco que passava documentos ultra-secretos do Pacto de Varsóvia para a CIA -Central de Inteligência Americana durante o período comunista, teve sua estréia em Varsóvia, esta semana. A apresentação aconteceu no Teatro da Filarmônica de Varsóvia, com o patrocínio honorário dos Ministérios da Cultra, Defesa e das Relações Exteriores.
O filme, com o título de "War Games", deu um trabalho de cinco anos para Dariusz Jabłoński. Ele gravou na Polônia, Estados Unidos e Rússia. Entrevistou generais do alto comando, da CIA, o ex-conselheiro de segurança da presidência Norte-Americana Zbigniew Brzeziński (governo Reagan), o ex-presidente Lech Wałęsa, os generais polacos Jaruzelski e Kiszczak, o comandante das forças armadas do Pacto de Varsóvia o Marechal soviético Kulikov, e a viúva de Kuklinski, senhora Joanna. Nesta quinta-feira o filme vai ser exibido no Quartel General da CIA e o Presidente George W. Bush está convidado.

Recordado o Coronel Kukliński. Coronel Ryszard Kukliński (1930-2004). Pseudônimo de conspirador Jack Strong. Herói na Polônia e na América, ajudou EUA derrotar a Rússia Soviética, conseguiu em Moscou planos supersecretos de agressão do Exército Vermelho na Europa - impedindo a explosão da III Guerra Mundial, na qual a Polônia seria destruída por bombva atômica. Condenado pelos comunistas durante o período da Lei Marcial à morte, anulado pela livre República da Polônia.

O coronel polaco Ryszard Kuklinski passou mais de 40 mil páginas da maioria dos segredos soviéticos para a CIA entre 1971 e 1981. Eles descreviam entre outras coisas, planos para a imposição da Lei Marcial na Polônia. Pouco tempo depois da decretação da lei Marcial em dezembro de 1981, Kuklinski foi retirado da Polônia pela CIA, junto com sua família. Em 1984, um Tribunal Militar em Varsóvia o sentenciou à morte. A sentença foi anulada depois da queda do comunismo. Kuklinski visitou a Polônia em 1998.


Ryszard Jerzy Kukliński nasceu em 13 de junho de 1930 em Varsóvia e morreu em 11 de fevereiro de 2004 em Tampa, Estado da Flórida). Nasceu numa família de trabalhadores e de tradição socialista. Seu pai durante a segunda guerra mundial foi detido e morreu no campo de concentração de Sachsenhausen. Seus dois filhos, Bogdan morreu em acidente de barco, e Waldemar em acidente de carro.

Para alguns um herói, para outros um traidor. Mas a verdade é que sem a conspiração de Kuklinski muito pouco se saberia dos planos soviéticos e talvez o comunismo ainda persistisse por mais alguns anos.

Polônia em gotas - 3

Poupança e dívida
23% das famílias polacas possuem uma poupança
77% das famílias polacas não economizam nem mesmo 1(um centavo).

Os poupadores polacos depositaram em 2007 cerca 250 milhões de złotych. (312,5 milhões de reais).

Trabalho
9% dos polacos trabalharam no exterior nos últimos 10 anos.
13% dos polacos estão interessados em trabalhar no exterior.

Economia
86% das famílias têm dívidas e contraíram empréstimos nos bancos.
10% da economia familiar, na Polônia, é usada para pagar a moradia e impostos.

Alegria material
38,1% das famílias estão felizes com a situação material,
35,2% das famílias estão mais ou menos felizes,
26,7% das famílias polacas estão tristes com a situação materia.

Moradia
57% dos polacos moram em edifícios (conjuntos habitacionais),
42% dos polacos moram em residências individuais (casas),
1% dos polacos moram em outros tipos de residências.

Vício de fumar
32% dos polacos são fumantes,
22% dos polacos pararam com o vício de fumar,
45% nunca furaram cigarrros.