terça-feira, 25 de setembro de 2018

A Polônia vai pro Oscar de "Guerra Fria"

O diretor e seus principais artistas
A Polônia escolheu "Zimna Wojna"(Cold War) como seu filme candidato ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro Filme.

Ele é dirigido por Paweł Pawlikowski, que já conquistou o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2015 com "Ida".

De acordo com a revista Variety, a Polônia definiu o longa que irá representa-la no Oscar de Melhor Filme Estrangeiro: “Guerra Fria”, dirigido por Paweł Pawlikowski, que já lhe rendeu o prêmio de melhor diretor no Festival de Cannes deste ano.

Depois do sucesso sem precedentes em Cannes (participação na competição principal e o prêmio de melhor diretor), e também depois dos Leões de Ouro no Festival de Gdynia (Polônia), que "Guerra Fria" essa escolha parecia óbvia.

Os membros do Comitê do Oscar Polaco deste ano, incluiu Jan A.P. Kaczmarek, Stefan Laudyn, Maria Sadowska, Barbara Hollender, Michał Oleszczyk e o diretor do Instituto de Cinema Polaco Radosław Śmigulski.

O filme se passa durante a Guerra Fria na década de 1950, e é ambientado entre a Polônia comunista e a boemia parisiense. Na trama, um músico amante da liberdade e uma jovem cantora com histórias e temperamentos completamente diferentes vivem um amor impossível.

O filme é estrelado pelos artistas Joanna Kulig, Tomasz Kot, Agata Kulesza, Borys Szyc,  Jeanne Balibar, Adam Woronowicz, Cédric Kahn  e Adam Ferency.

Além de dirigir, Pawlikowski também é responsável pelo roteiro. Seu último longa, “Ida“, conquistou o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2015.




Entrevista (em idioma polaco) com o diretor, produtor, ator,  atriz, e diretor de fotografia no set de filmagem. Na gravação, aparece também o mais representativo grupo folclórico da Polônia, o Mazowsze:




“Guerra Fria” ainda não tem data de estreia no Brasil.

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Polônia começa a sofrer sanções da UE

Varsóvia e seu enorme edifício Palácio da Cultura rodeado por novos arranha céus.
Acusada pela União Europeia de violar princípios do estado de direito, contrariando os "valores" do bloco, a Polônia começou nesta terça-feira, 18, a sofrer sanções de Bruxelas.

As reformas polacas, segundo a UE, tiraram a autonomia e colocaram o Judiciário sujeito ao controle político. O afastamento faz parte das primeiras represálias aos governos de extrema-direita da Europa Central, acusados de adotar medidas que minam a independência da Justiça.

Na semana passada, o Parlamento Europeu adotou uma medida para obrigar o Conselho Europeu, o fórum dos 28 chefes de Estado e de governo, a abrir processo contra a Hungria por violação do Artigo 7 do Tratado Europeu, pelos mesmos problemas.

A partir da decisão, o governo do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, corre o risco de perder o direito de voto nas instâncias políticas da União Europeia. A mesma sanção é estudada contra a Polônia por infrações semelhantes:

- atentado à independência dos poderes,
- redução da autonomia da Justiça,
- restrição da liberdade de imprensa e limitação da ação de ONGs.

As ameaças se tornaram realidade com a suspensão da Polônia da Rede Europeia de Conselhos de Justiça (ENCJ, na sigla em inglês), uma associação que reúne os conselhos nacionais de Justiça dos diferentes países da UE. "É um dia triste, porque a Polônia foi fundadora da ENCJ", afirmou Luca Forteleoni, porta-voz da entidade, em Bucareste, na Romênia, onde o órgão realizou sua assembleia-geral.

Ameaças
Na terça-feira, 18, em nota oficial conjunta, os governos de França e Alemanha advertiram o primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, e o presidente do país, Andrzej Duda, sobre as reformas contrárias ao estado de direito.

Os ministérios de Assuntos Europeus dos dois países exigem que Varsóvia abra negociações com Bruxelas para voltar atrás nas reformas. "Nós esperávamos que a Polônia agisse de maneira construtiva e não tomasse medidas irreversíveis", dizia a nota.

"Nós já discutimos a situação do estado de direito na Polônia cinco vezes desde o início do procedimento, a partir do Artigo 7, mas o diálogo não permitiu progressos substanciais", informaram os ministros de Assuntos Europeus da Alemanha, Michael Roth, e da França, Nathalie Loiseau. "Ao contrário, desde 3 de julho e da implementação do novo regime de aposentadorias dos juízes da Suprema Corte, a situação da Polônia é mais urgente do que nunca."

Bruxelas estuda, além da suspensão do direito ao voto da Polônia e da Hungria, a suspensão ou condicionamento da liberação de verbas e de fundos europeus, uma medida com potencial para desestabilizar os orçamentos públicos dos governos de ambos os países, parcialmente dependentes dos subsídios do bloco. Além da ENCJ, o Tribunal de Justiça da União Europeia já realiza desde agosto uma investigação para apurar se a nova legislação polaca de aposentadoria de magistrados está de acordo com o direito europeu. Segundo o governo polaco, no entanto, a decisão do tribunal poderia ser ignorada por Varsóvia.

Fonte: jornais o Estado de Minas e O Estado de S. Paulo.