quinta-feira, 9 de março de 2017

Donald Tusk é reeleito presidente do Conselho Europeu

Donald Tusk é do partido PO - Plataforma Cívica
O único voto contra foi do governo de ultradireita que comanda a Polônia.

Uma eleição quase unânime, com os votos favoráveis de 27 estados-membros e um detalhe curioso: o único voto contra foi da própria Polônia, o país de Donald Tusk, que apresentou candidato alternativo.

Durante a reunião, de acordo com fonte diplomática, a primeira-ministra polaca, Beata Szydło, propôs que o candidato escolhido teria obrigatoriamente de ter o apoio do seu país, o que foi rejeitado, e tentou, também sem êxito, que os líderes europeus ouvissem o candidato apoiado por Varsóvia, o também polaco e eurodeputado Jacek Saryusz-Wolskien (do bloco da extrema-direita europeia). 

A presidência do Conselho Europeu é um cargo criado no Tratado de Lisboa em 2009, tendo sido ocupado pela primeira vez e por dois mandatos pelo belga Herman Van Rompuy. Tusk substituiu Van Rompuy em 2014.

Donald Franciszek Tusk, nasceu em Gdańsk, 22 de abril de 1957. Está filiado ao PO - Platforma Obywatelska (Plataforma Cívica), partido democrata-cristão de centro-direita.
Tusk venceu as eleições legislativas antecipadas de 21 de Outubro de 2007 e tomou posse como primeiro-ministro da Polônia em 16 de Novembro do mesmo ano. Manteve-se no cargo até ser anunciado em 30 de agosto 2014 como presidente do Conselho Europeu para mandato de 1 de dezembro 2014, até 31 de maio de 2017. Com sua reeleição Tusk continuará a ser o principal dirigente polaco na esfera europeia até 2019.

O Conselho Europeu é composto pelos mandatários (presidentes, primeiro-ministros, reis) dos países membros da União Europeia

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Palavras Polacas - 14


Pronúncia
Rower - ver (bicicleta)

Sztyca - chtetssa (cano do selim)
Siodełko - chiodéuco (selim)
Rama  - má (quadro)
Rura górna - rura gurna (cano superior do quadro)
Rura podsiodełkowa - rura podchiódeuva (cano inferior do selim)
Dźwignia hamulca - Djiwignia ramultssa  (alavanca - manopla de câmbio - do freio)
Linka przerzutek - linca pjejutek (elo de engrenagens)
Główna ramy - gúuvna rame (quadro principal)
Tylny hamulec - Telne ramulétss (freio traseiro)
Przedny hamulec - pjédne ramulétss (freio dianteiro)
Widelec - viletss (garfo)
Szprycha - chprerrá (raio)
Piasta - piásta (cubo de roda)
Obręcz - óbrentch (aro de roda)
Opona - óna (pneu)
Koło - uó (roda)
Wentyl - ventel (bico de válvula)
Tylna zębatka - telna zentca (cremalheira traseira)
Tylna przerzutka - telna pjejutca (descarrilhador, desengatador traseiro)
Łańcuch - uanhtssurrrehhh (correia)
Przednia zębatka - pjédnia zentca (pinhão, cremalheira da frente)
Korby - córbe (manivela)
Pedał - dau (pedal)

A maioria das palavras polacas são paroxítonas, portanto a sílaba tônica, ou forte é a penúltima. Estão sublinhadas as sílabas fortes, tônicas. Uma consoante sozinha no final das palavras, não é uma sílaba, portanto, não é a última.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Palavras polacas - 13


Pronúncia

Tułów - tuuúf (tronco)
Obojczyk - obóitchek (clavícula)
Bark - bárk (ombro)
Brzuch - bjúrrrehhh (barriga)
Pępek - penpék (umbigo)
Sutek - suték (mamilo)
Łopatka - uótca (Omoplata, escápula ou espádua)
Pośladek - póchdék (nádega, glúteo, bunda)
Klatka Piersiowa - clátcá piérchióva (peito, tórax, caixa toráxica)
Plecy - plétsse (costas)

A maioria das palavras polacas são paroxítonas, portanto a sílaba tônica, ou forte é a penúltima. Estão sublinhadas as sílabas fortes, tônicas. Uma consoante sozinha no final das palavras, não é uma sílaba, portanto, não é a última.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Rokiczanka: banda das terras do meu avô


Muito próximo de Wojcieszków, terra natal de meu avô Bolesław, minha bisavó Anna (da família dos Filip e Ognik) e das tias(tios)avôs Wiktoria, Józef e Maria, em Rokitno, nas proximidades de Lubartów, foi fundada em 2001, a banda "Rokiczanka".

A banda se especializou em canções folclóricas tradicionais, não apenas da região de Lublin, mas de toda a Polônia.
Os arranjos buscam aproximar a música da contemporaneidade. Revelando assim, a música popular a partir de uma nova perspectiva e tentando propagar as tradições para um público mais amplo.

O repertório é tradicional, transmitido de geração em geração. Irek Bachonko, músico do acordeão é o diretor musical do grupo.

Somente após uma década de apresentações, a banda decidiu lançar em 2011 um CD de estreia, ""W moim ogródecku" (no meu jardinzinho" contém 9 faixas.

Vale a pena ouvir e principalmente assistir as belas imagens e trajes folclóricos da banda, gravados nos campos de Lubartów e Wojcieszków e no Skansen (Museu etnográfico ao ar livre) de Lublin.

Um dos clip produzido por realizada por Piotr Smoleński com a  faixa-título do CD de estreia, "W moim ogródecku", foi nominado para o Yach Film Festival 2013 de Melhor Filme.
Além disso, o outro clip para a canção "Lipka", foi bastante visualizado pela Internet. Ambos os clips foram incorporados ao Museu Wsi Lubelskiej (Skansen) de Lublin.

"Rokiczanka" tem sua versão infanto juvenil "Mała Rokiczanka", que também lançou um CD "Muzyczne przygody" (Aventuras musicais).

A vocalista principal é Paulina Wasak, que canta a solo na canção "W moim ogródecku" e, juntamente com Katarzyna Mazurek canta canção "Lipka".

Em agosto de 2016, o Ministro da Cultura e do Patrimônio Nacional concedeu a banda Rokiczanka o emblema de honra "Distinguido da Cultura Polaca".




Vídeo "W moim ogródecku"

"Lipka"

A BANDA

Vocalistas:
Elżbieta Grzywacz
Agata Kowalak
Anna Mazurek
Elżbieta Mazurek
Katarzyna Mazurek
Ewa Muzyk
Agnieszka Szczepanik
Małgorzata Wasak
Paulina Wasak
Teresa Wronisz
Kamil Kuszplak
Mikołaj Wasak
Daniel Mazurek
Maciej Gamoń
Michał Koter
Wojtek Leziak
Paweł Jędrejek

Músicos:
Ireneusz Bachonko (acordeon, diretor artístico)
Łukasz Bogusz (acordeon)
Paweł Gawroński (acordeon)
Maksymilian Wosk (violonista)
Sławomir Mazurek (tambor, percussão)
Krzysztof Pachla (clarinete)
Sebastian Fit (contrabaixo)

Discos gravados:
W moim ogródecku - Rokiczanka,  2011
Muzyczne przygody - Mała Rokiczanka,  2014
Oj, zagraj mi muzyko! - Rokiczanka, 2016

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Evocação da Polônia

Colina de Wawel - Catedral e Castelo de Cracóvia
O texto a seguir é de 2007, mas está ainda atualíssimo. É de uma senhora especial, Profª Jerusa (Prêmio Jabuti 1993), a quem tive a oportunidade de servir como guia pela cidade de Cracóvia.

Uma viagem a Varsóvia e Cracóvia
em companhia de Chopin e Copérnico

















por Jerusa Pires Ferreira

Chegar à Polônia é cumprir um antigo desejo. É a evocação de mitos que freqüentam nossa imaginação infantil. É ouvir de novo a voz de meu pai, diante de uma interpretação que eu fazia de Chopin, a dizer-me que seria preciso fazer a mão esquerda cantar com alma, pois era a Polônia que estava sofrendo.

Um dos difusores da evocação terá sido o filme "À Noite Sonhamos", em que a dimensão heróica da resistência à ocupação russa se apresenta com o orgulho romântico de quem se recusa a tocar para os "carniceiros do czar".

Agora, mais de meio século depois, recebe-me em Varsóvia Józef Kwaterko, o companheiro que me conduzirá pelas Polônias possíveis, inclusive a judaica e a cristã.

Saímos para jantar. Entramos no restaurante Tradycja, a tradição das toalhas bordadas, da luz de velas acesas, da louça com frisos delicados e tons de suaves flores. E as sopas, os "pierogi", e tudo o que pode trazer ao paladar o requinte de uma tradição tão bem conservada. A variedade de sopas, do "borsch" às sopas de cogumelos. Pode-se ver na tradição culinária, na maneira de apresentar e servir uma refeição, a marca de uma permanência cultural.

Evocava também as artes visuais, as artes gráficas que um dia, muito jovem, pude contemplar numa exposição do Instituto Goethe na Bahia, e que tão forte presença tinha garantido em mim. A imagem daqueles cartazes estava ali, não sem a emoção do encontro que aproximava dois tempos de minha vida, ali mesmo no Museu dos Plakats.

Viria depois o passeio a pé pela velha-nova Varsóvia, reconstrução mais absoluta que já se fez numa cidade, as muralhas, as torres, os passeios públicos. Poderíamos até pensar numa cidade-maquete, se não fosse um húmus de obstinação. A cidade pulsa, os desempregados vendem coisas, as lojas oferecem muitas compras e o bonde corta de tempos em tempos as linhas reais e imaginárias. Esse caminho nos levou ao Café Blicke, o mais tradicional, com uma história que remonta a 1889, totalmente destruído pela guerra e recuperado com grande estilo. Pães e bolos nos convidando a uma festa.

De descoberta em descoberta, junto à policromia das casas, a estátua de Adam Mickiewicz, grande poeta do século 19, parece cumprir seu papel tutelar, o de todos os grandes poetas. O de estar velando pela presença de verdades em registro de fantasia. Assim chegamos ao Museu das Literaturas na praça da Cidade Velha, e, entre restaurantes e lojas de venda de âmbar, a descoberta de um pouso tentador: o Pod Sansom, restaurante judaico em que às iguarias se reúne o prazer de estar ao ar livre em grandes bancos de madeira.

De Cracóvia eu sabia que era bela.
Que passava pelo mesmo rio que acompanhei em Varsóvia, o Vistula, que ali ganha ganha novas cores e navegações.


Dois dias depois, a partida para Cracóvia, estação em festa pelo retorno da rapaziada que vinha de servir à tropa, e que enchia a estação com risos e burburinho. Por contraste à vida e à alegria, o silêncio tomou conta da cabine do trem, a mudez de caras soturnas, carregadas de suas histórias.

No dia seguinte, uma vigorosa e alegre manhã que incluiu uma caminhada pela cidade, suas igrejas, a bela igreja de Santana, de nome igual à matriz de minha terra sertaneja. Pude descobrir a luz que delineava os edifícios da praça Maior, em que se encontram a igreja de Santa Maria, com suas torres gêmeas e o Mercado.

De Cracóvia eu sabia que era bela. Que passava pelo mesmo rio que acompanhei em Varsóvia, o Vistula, que ali ganha novas cores e navegações. Sabia-a um berço do catolicismo tradicional e do conservadorismo mais estreito. Queria, e ao mesmo tempo não queria, identificar frases, sinais, posturas, situar o catolicismo nas pompas do papa, reconhecer os emblemas de uma universidade apoiada numa tradição conservadora muito forte. Mas pude também aprender que a universidade significou o centro vital dessa Polônia, em sua unidade e resistência a tantos invasores.

No Colégio da Universidade Jagielônica há um retrato de Nicolau Copérnico (1473-1543) na Galeria dos Heróis. Copérnico desenvolveu a teoria do movimento da Terra em torno do Sol, condenada pela Igreja. O quadro é uma cópia. O original está no Museu de Torun, porto fluvial do Vistula, onde ele nasceu. Ainda assim, impressiona, e foi sob seu olhar vigilante que aprendi, com seus dogmas e heresias, que não podemos julgar fatos culturais e sociais a partir de padrões que servem para nossa história, nossa vivência social, para a pressa de percepção que temos de nós mesmos e dos outros.

Ulisses Iarochinski, autodenominado polaco paranaense, que ali vive e exerce o ofício de jornalista e pensador daquela cultura, observa que o comunismo ainda comparece em gestos e escolhas, hábitos persistentes sob novas formas. Sim, eu noto, ficaram nos territórios das conquistas do socialismo. Não há analfabetos na Polônia, as pessoas não costumam se mostrar serviçais -ao contrário, são altivas.

Não cessei de pensar no papel que os judeus representam como parte e contraparte dessa construção social. Aqui os judeus (em sua diversidade) seriam a renovação.

Visitamos o Gueto de Varsóvia e no silêncio do quarteirão, naquele parque agora luminoso seria impossível não imaginar a destruição, os lança-chamas dos nazistas, a morte. Lembramos a vida, a reação e a coragem heróica e também o medo que afinal toca a todos os homens e mulheres martirizados. O monumento, o memorial em que a falha, o espaço vazio no granito representam o sacrifício a dor, a interrupção nos caminhos desse povo.

Vamos ver a partida a Treblinka, hoje um lugar entre duas lápides suspensas em forma de semi-arco. Opostas, uma branca e uma negra. E no meio delas a grama, os olmos, os pássaros. Daquela partida para o extermínio me ficou uma dor maior, átomos do tormento, ecos difusos de todos os prantos, o que suscitou no entanto uma dimensão renovadora dessa recuperação. Tudo isso é a Polônia, e é por isso que é preciso fazer a mão esquerda cantar com alma.

Texto: Jerusa Pires Ferreira é professora do programa de pós-graduação em Comunicação e Semiótica da PUC-SP e coordenadora do Centro de Estudos da Oralidade do COS/PUC-SP.
Texto publicado originalmente no UOL, em São Paulo, sábado, 29 de dezembro de 2007

SERVIÇO

Hotéis InterContinental
Ul. Emili Plater 49, Varsóvia
Tel: (00/xx/48/22) 328 88 88
www.warsaw.intercontinental.com
Além do luxo, o hotel oferece um centro de lazer com vista para a cidade. Diárias a partir de R$ 325, por casal (não inclui café da manhã).

Boutique Bed & Breakfast
Smolna Smolna 14/7, Varsóvia 
Tel: (00/xx/48/22) 829 48 01
www.bedandbreakfast.pl
Os apartamentos "Queen" e "King" têm cozinha completa e acesso à internet sem fio. Diárias a partir de R$ 191 por casal.

Copernicus Kanonicza, 16, Cracóvia 
Tel: (0/xx/48/12) 424 34 00
www.hotel.com.pl
Considerado um dos melhores endereços da cidade, o hotel tem um afresco de 1500 numa das paredes. Diárias a partir de R$ 544.

Restaurante Polski Smak
Galczynskiego 3, Varsóvia
Tel: (0/xx/48/22) 826 59 67
A especialidade da casa é o pato assado servido com "cranberries" e maçã cozida.

Ale Gloria
Plac Trzech Krzyzy 3, Varsóvia
Tel: (0/xx/48/22) 584 70 80
www.alegloria.pl
Menu rico em saladas, pratos típicos e exóticos. O serviço é requintado.

Não deixe de ir

Museu histórico de Varsóvia
Rynek Starego Miasta 42
Tel: (0/xx/48/22) 635 16 25
Fascinante passeio pelos altos e baixos da capital ao longo dos séculos.

Castelo Real
Plac Zamkowy, 4, Varsóvia
Tel: (0/xx/48/22) 657 23 38
Destruído pelos nazistas durante a Segunda Guerra, o edifício foi reconstruído durante o regime comunista. Atualmente, tem o mesmo aspecto do original do século 18.

Museu Czartoryski
Sw. jana, 19,  Cracóvia
Tel: (0/xx/48/12) 422-5566
www.muzeum-czartoryskich.krakow.pl
O quadro "Dama com Armilho", de Da Vinci, uma das obras mais importantes do acervo polaco, está no local.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Recital de Bella Olejnik em Curitiba


“NÃO ME ROUBE A ALEGRIA DE VIVER!” 

Monodrama musical apresentado por Bella Olejnik

ENTRADA FRANCA

A artista convida a uma viagem por mundos inatingíveis, frequentemente intocáveis, por mundos de sonho, esperança, mentira, imaginação, mas também decepção, dor, felicidade e paz interior.

Bella Olejnik é uma artista reconhecida no cenário artístico polaco, atuando intensamente em produções teatrais, cinema e televisão. Belka ou Belíssima, como ficou conhecida no famoso Cabaré de Olga Lipińska, tem em seu currículo atuações memoráveis, a exemplo do seriado infantil “Sete desejos”, tomando parte também do Teatro Estudantil Satíricos.

Também se apresenta com frequência em salas de espetáculos em Varsóvia como o Teatro de Variedades, o Teatro Dramático, o Teatro de Comédia e o Syrena.

Nesse recital, Bella Olejnik brinda o público com composições de autores consagrados como Agnieszka Osiecka, Edward Stachura, Piotr Rubik, Wlodzimierz Korcz, Jerzy Satanowski, Edith Piaf, Ryszard Syginowicz, Jeremy Przybora e Czeslaw Majewski, os quais contribuem para o alto nível artístico do espetáculo.

Já seu talento artístico e musical é garantia de um concerto virtuoso no qual risos, lágrimas, emoção e reflexão são ingredientes indispensáveis.

PROGRAMA

1. Ostatnie Tango (Último Tango) – antiga canção de cabaré, autor anônimo História dramática sobre uma dançarina de cabaré que se apaixona por um de seus admiradores e depois é por ele abandonada. Desesperada, comete suicídio em sua última apresentação.

2. Ach, Kiedy Znowu Ruszą Dla Mnie Dni (Ah, quando terei um novo dia) – letra de Edward Stachura e música de Jerzy Satanowski.
Essa canção fala sobre uma mulher que se sente paralisada por uma decepção amorosa, e deseja ardentemente se libertar de tal desilusão para poder seguir em frente.

3. Kochankowie z Ulicy Kamiennej (Amantes da Rua das Pedras) – letra de Agnieszka Osiecka e música de Wojciech Solarz.
Entre os anos 50 e 70, um jovem casal, percorrendo a Rua das Pedras em Varsóvia com apenas dois złotys nos bolsos para o cinema, sonha em ser “Romeu e Julieta” e faz planos para o futuro. Ao final, os dois voltam para a dura realidade de suas vidas, traduzidas pelas pedras em que pisam.

4. Nie Budźcie Mnie (Não me acordem) – letra de Jeremi Przybora e música de Jerzy Wąsowski.
A personagem desta canção diz que não quer ser acordada, pois está tendo belos sonhos com uma borboleta que de repente se transforma num lindo rapaz que, obviamente, a ama.

5. Ty Nie Mów do Mnie w Romantycznej Walucie (Não me fale de coisas românticas) – letra de Agnieszka Osiecka e música de Jerzy Satanowski.
A canção fala de uma garota que trocou um amor verdadeiro por riquezas materiais, e mesmo após a morte pedia por um relacionamento prático.

6. Już Jest Za Późno, Nie Jest Za Późno (É tarde demais, não é tarde demais) – letra de Edward Stachura e música de Jerzy Satanowski.
A ideia central desta canção é que nunca é tarde demais para o amor que nasce do encontro de dois corações perdidos.

7. Niezałapana (Não fui feliz) – letra de Marek Groński e música de Włodzimierz Korcz.
A Canção conta a história de uma mulher realizada profissional e financeiramente, que de repente se vê sozinha e se dá conta que não desfrutou dos prazeres do sexo.

8. Romans Kolejowy (Romance Ferroviário) – letra de Marta Kucharska e música de Ryszard Sygitowicz. 
Canção dramática sobre a separação entre uma polaca e um judeu que, nos anos 60, é obrigado pelas autoridades a deixar a Polônia.

9. Ulica Japonskiej Wiśni (Rua das Cerejeiras em Flor) – letra de Agnieszka Osiecka e música de Jerzy Satanowski.
Esta canção foi composta ainda nos tempos do socialismo, e fala da realidade cinza daquele contexto e do desejo de dias mais coloridos.

10. Nie Brookliński Most (Não é a Ponte do Brooklyn) – letra de Edward Stachura e música de Jerzy Satanowski. 
Essa canção, mencionando a Ponte do Brooklyn de modo simbólico, fala dos verdadeiros valores da vida, afirmando que o mais importante que o acúmulo de riquezas ou poder, é saber transformar noites tristes em dias felizes.

Izabella Olejnik, no recital "Nie odbierzesz mi radości" no teatro Scena Letnia em Gdynia, 2013.

A ARTISTA
Izabella Olejnik nasceu em 29 novembro de 1951 em Łódź. Atriz de cinema e teatro, cantora lírica mezzosoprano.
Foi condecorada com a medalha de honra "Zasłużony dla Kultury Polskiej" (mérito da cultura polaca), em 2007 pelo governo.

A CARREIRA
Recitais:
- Nie odbierzesz mi radości, Teatr Dramatyczny, em Varsóvia, 1995
- Z głębiny nocy, Telewizja Polska, regência de Laco Adamík, 1995
- Moja świadomość tańczy, Teatr Prochownia, 1998
- Szaleć nienagannie, Teatr Syrena, 2002
- Nie odbierzesz mi radości, Scena Letnia em Gdynia, 2013

Peças teatrais:
- Teatr STS em Varsóvia, 1970–1973
- Teatr im. Cypriana Kamila Norwida w Jeleniej Górze, 1973–1974
- Teatr Rozmaitości em Varsóvia, 1974–1979
- Teatr Komedia em Varsóvia, 1979–1983
- Teatr Dramatyczny em Elbląg, 1983–1984
- Teatr Dramatyczny em Varsóvia, 1984-1989
- Teatr Syrena em Varsóvia desde 1997

Cinema:
- 1978 Bez znieczulenia, como a estudante de Michałowski
- 1978 Co mi zrobisz jak mnie złapiesz, como Lewandowska
- 1980 Dom, como garçonete em "Cafe-Fogg" (episódio 3)
- 1980 Miś, caixa no bar mleczny "Apis" - 1984 07 zgłoś się, como Monika Tokarzewska (episódios 17 e 18)
- 1984 Siedem życzeń, como Joanna Franciszka Tarkowska, mãe do Dark
- 1986 Bohater roku, como Krysia, assistente de Danielak
- 1987 Cesarskie cięcie, como Pietrzakowa 1995
- Sukces..., como garçonete no bar em Spychów (episódio 8)
- 2001 Karolcia, como a vizinha
- 2003 Szycie na gorąco, como Maryla Poleś, mãe de Jolk
- 2006–2007 Babcia Róża i Gryzelka, como a avó Róża
- 2007–2009 Plebania, como Celina
- 2008 Agentki, como a diretora  da casa de crianças (episódio 9)
- 2009 39 i pół, como a tia Darka
- 2010 Na dobre i na złe, como Lucyna Radomska, mãe de Jan
- 2012 Lekarze, como Viola, ex-esposa de Cyprian (episódio 13)
- 2016 Barwy szczęścia, como Izabella Olejnik, conhecida de Tolka Koszyka (episódio 1543)

SERVIÇO:
Maiores informações: (41) 3088 0708,
email: contato@poloniabrasil.org.br

LOCAL:
Sociedade Piłsudski, rua Clotário Portugal, nº 68, Curitiba

DATA:
10 de fevereiro de 2017, sexta-feira, 19:30 horas 

sábado, 28 de janeiro de 2017

Teatros da Polônia

Terra dos grandes diretores teatrais Tadeusz Kantor, Jerzy Grotowski e Zbigniew Ziembiński, a Polônia possui teatros dos mais belos da Europa, sejam eles antigos ou pós-modernos.

Contrariando alguns, para mim, o mais belo de todos está em Cracóvia.

Teatr Juliusz Słowacki - Cracóvia
Foto - Tomasz Wiech
Edifício inspirado nas Casas de ópera de Paris e Viena funciona desde 1893. Projetado por Jan Zawiejski, o teatro está na Plac Świętego Ducha (Praça do Espírito Santo).
O interior do edifício é decorado pelas pinturas do artista austríaco Anton Tuch. A cortina famosa que se assemelha a uma enorme pintura a óleo, e que sobreviveu às duas guerras mundiais é obra de Henryk Siemiradzki.
Seu nome foi dado em homenagem a Juliusz Słowacki, poeta romântico, dramaturgo e filósofo. Nasceu em 1809, em Krzemieniec e morreu, em 1849, em Paris.

Teatr Wielki Opera Narodowa - Varsóvia
Foto - Divulgação Teatro
Construído entre os anos de 1825 a 1833 foi projetado por Antonio Corazzi. O Grande Teatro foi reconstruído várias vezes.
Em 1939, foi bombardeado e quase que não foi completamente destruído.
De 1945 a 1965, as obras de reconstrução do teatro foram realizadas em várias etapas, a partir do entulho.
A reabertura triunfal aconteceu em 19 de novembro de 1965.  O Grande Teatro - Opera National abriga a Ópera National, o Balé National Polaco, a Galeria Ópera  e o Museu do Teatro.

Teatr Szekspirowski - Gdańsk
Foto - Dawid Linkowski
Um edifício cinza escuro moderno e multi-funcional feito de mais de 620.000 tijolos foi projetado pelo arquiteto veneziano Renato Rizzi. Localizado no coração da zona velha da cidade de Gdańsk.
A estrutura se assemelha a uma caixa de jóia em cujo interior foi instalado um teatro elisabetano. Dentro do prédio, o arquiteto italiano projetou uma cidade com ruas estreitas e pátios. Escadas de pedra bem-iluminadas levam os espectadores para terraços com vista panorâmica de Gdańsk.
A inauguração do teatro aconteceu em setembro 2014, após duas décadas de diferentes projetos terem sido abandonados.
Além de hospedar anualmente o Festival de Teatro Shakespeare, o edifício do teatro é ponto turístico de Gdańsk, atraindo turistas de todo o mundo.
O projeto foi notado por Architizer, o maior site de arquitetura do mundo, e honrado pelo júri no International Architizer A + Awards.


Teatr Małopolski Ogród Sztuki - Cracóvia
Foto - Krzysztof Ingarden
Os designers de Ingarden & Ely Architects conseguiram combinar o passado com o presente neste espetacular prédio de cinco andares.
Por trás de sua fachada de vidro, pode-se encontrar uma parte da parede reconstruída, remontada a partir de tijolos recuperados feitos no início do século 20.
Os autores do projeto harmonizaram muito bem a estrutura com a área circundante, algo que foi apreciado por especialistas no site de arquitetura ArchDaily, que atribuiu ao edifício uma honraria escolhendo-o como o "Edifício do Ano 2012".
O edifício abriga duas instituições culturais: a sala de espetáculos sob os auspícios do Teatro Juliusz Słowacki e a biblioteca pública regional. A biblioteca possui uma vasta coleção multimídia, incluindo livros, música e artes plásticas, e o auditório multifuncional para 300 espectadores.

Teatr Polski / Scena Malarnia - Poznań
Foto - Jeremi Buczkowski
E assim se apresenta o moderno palco de Poznań. Vários anos atrás, a oficina de pintura passou por uma reforma completa.
O espaço do placo foi completamente reconstruído, assim como o auditório, o hall de entrada e instalações técnicas.
No centro do hall de entrada, onde havia a oficina de pintura foi colocada uma caixa retangular preta para se referir à oficina.
O projeto foi elaborado pela ARPA Architectural Estúdio dos arquitetos Jerzy Gurawski e Trabendo.
Em 2012, o Malarnia de Poznań concorreu no site ArchDaily.com pelo título de edifício do ano.

Teatr Nowy - Varsóvia
Foto - Jakub Certowicz
Segunda vida para uma arquitetura industrial. O Centro Cultural Internacional Teatro Novo foi instalado no salão histórico de uma oficina do pré-guerra localizado no coração da antiga Garagem Mokotów, na Rua Madaliński.
O teatro tem a estrutura semelhante a de uma igreja com três naves em formato de cruz. 
eus espaços podem ser combinados ou divididos por paredes móveis. Da mesma forma, a plateia, que não está instalada de forma permanente, pode ser posicionada livremente no espaço do imenso salão.
Segundo Piotr Gruszczyński é um espaço aberto e democrático. As salas de teatro interiores se assemelham mais a um estúdio de cinema.
Foi desenhado por Łukasz Kwietniewski junto com Małgorzata Szczęśniak, cenógrafa de todos os espetáculos de Krzysztof Warlikowski. A revitalização do salão principal foi criada pelo estúdio de Piotr Fortuna Architekci de Gdnia.

Teatr Muzyczny Capitol - Wrocław
Foto - Łukasz Giza
Era uma vez que um cine-teatro no pré-guerra europeu.

Construído, em 1929, foi projetado pelo arquiteto berlinense Friedrich Lipp.
É considerado atualmente como o teatro com o interior modernista mais bonito na Polônia.
Quando se olha para dentro do Capitol renovado e ampliado, vai se encontrar no palco principal o brasão de ouro e prata luzindo. A autora da restauração do teatro é Anna Morasiewicz.

Teatr Rozrywki - Chorzów
Foto - Tomasz Zakrzewski
Antes da guerra, o edifício construído, em 1900, foi o elegante hotel em Art Nouveau "Graf Reden", um dos melhores da Silésia.
Uma década atrás, o complexo na cidade de Chorzów, na Silésia, foi reconstruído e passou a abrigar o Teatro Rozrywki (Entretenimento).

Teatr Królewski Stare Oranżeria - Varsóvia
Foto - Adrian Grycuk
O teatro privado do rei Stanisław August Poniatowski é um dos poucos teatros aristocráticos originais do século XVIII, na Europa que sobreviveram até hoje. Desde 2015, o teatro foi incluído na Rota Europeia de Teatros Históricos. Aninhado na Stare Orangeria, o teatro foi construído, em 1788, de acordo com um desenho de Domenico Merlini.
O interior é absolutamente encantador, especialmente a decoração original que representa o auditório do século 18, que é colocado no nível acima das cabeças dos espectadores. O interior inclui uma série de objetos de arte extremamente interessantes.

Teatr Polski - Varsóvia
Foto - Krystian Maj
Em 1913, na parte de trás da Ulica (rua) Krakowskie Przedmieście, foi criado o modernista Teatro Polski, um dos mais importantes endereços teatrais do período entre guerras.
Ele o primeiro do país a ter um palco giratória, uma modernizada cabine de controle e profissionais de cenografia.
O público admirava a elegância e o charme do edifício. Até soldados alemães quando botaram Varsóvia no chão, pouparam a construção da Ulica (pronuncia-se ulitssa / rua) Kazimierza Karasia. Foram salvas parte da decoração e do palco giratório.
Desde 2009, Teatro Polski tem um novo palco e plateia. Interiores modernos combinam concreto bruto e vidro de arenito quente com madeira de carvalho.
Sua capacidade de público é variável, pois pode ter poltronas ou o espaço da plateia ser completamente vazio.

Teatr Adam Mickiewicz - Cieszyn
Foto - Wojciech Wendzel
O histórico teatro Adam Mickiewicz, é um edifício Art Nouveau de 1910 construído na cidade multicultural de Cieszyn pelos famosos arquitetos vienenses Ferdinand Fellner e Helmer Frederick.
O impressionante edifício de cinco andares, no coração de uma das mais antigas cidades polacas era para ter sido unicamente um teatro alemão.
Durante a inauguração do novo palco foi enfatizado que nele nunca seria pronunciada uma única palavra em idioma polaco. E foi assim por uma década, até que veio a Cieszyn a companhia do Teatr Juliusz Słowacki com o espetáculo "Zemsta" (Vingança) de autoria de Aleksander Fredro.
Após a Segunda Guerra Mundial, o teatro passou para as mãos das autoridades de Cieszyn quando recebeu de presente um moderno palco giratório. Os interiores do edifício são em três cores: branco, dourado e vermelho. Os tetos são decorados com estuque em forma de folhas, conchas e penas de pavão. Na boca de cena foi colocada a máscara de Melpomene.
Hoje, o teatro, ao lado da colina do Palácio Myśliwski, é uma das mais importantes vitrines arquitetônicas da cidade.

Teatr Zamek - Łańcut
Foto: divulgação do Museu do Teatro
Em um castelo medieval da cidade de Łańcut, no Sudeste da Polônia - uma das mais belas residências aristocráticas na Polônia, encontra-se este teatro, que deve a sua forma contemporânea a Izabella Czartoryska Lubomirska.
É graças a seus esforços na segunda metade do século 18, que floresceram ali a música e o teatro.
Ali trabalharam muitos artistas proeminentes, incluindo Szymon Bogumił Zug, Jan Christian Kamsetzer, Christian Piotr Aigner, Fryderyk Bauman e Vincenzo Brenna.
A entrada para o interior do teatro conduz através de um salão. Originalmente havia uma decoração interior de dois andares em estilo barroco.
Uma anotação do ano 1.790 falava de "um grande salão na cor damasco ornado com trança de ouro".
Ele "foi um típico de comédias do théâtre de société aristocrática", com quadros de Jan Potocki, escritos em francês, especialmente para esta cena.
Por volta de 1800, o teatro foi reconstruído com projeto de Christian Piotr Aigner em estilo clássico. O auditório era coberto por uma cúpula, suportada por oito colunas coríntias de madeira.
O palácio de Łańcut, recebeu visita, entre outros, do Arquiduque Franz Ferdinand da Áustria.

Teatr Szczęścia - Vilno

Foto: Divulgação do Teatro
Quando Vilno ainda era uma cidade da Polônia e Pohulanka foi a primeira companhia profissional de teatro de Vilno, este teatro "Felicidade" era um dos símbolos de polacos e polacas, onde hoje é Lituânia.
Há mais de 100 anos pisaram no palco deste teatro entre outros Danuta Szaflarska, Irena Eichlerówna, Nina Andrycz e Hanka Ordonówna ou Hanka Bielicka.
O teatro foi criado com grandes dificuldades, por iniciativa do magnata Hipolit Korwin-Milewski, com fundos privados, contribuições dos habitantes da cidade que tinham o grande sonho de que Vilno tivesse seu próprio teatro. Milagrosamente, o teatro sobreviveu a duas guerras mundiais, e a transferência da cidade polaca de Vilno para o atual território da Lituânia.
E é justamente por isso que este edifício é um verdadeiro filho da Felicidade! Como afirma Regina Łopień, diretora do Museu de Teatro, Música e Cinema da Lituânia.

Teatr Opera Krakowska
Foto - Kamil Dziubek
A Ópera Cracoviana é uma instituição criada em 1954. Até a construção deste edifício na ulica Lubisz entre os anos 2004 a 2008 ocupava instalações do Teatr Juliusz Słowacki.
Mas como apoio financeiro da União Europeia, Voivodia da Małopolska e do Ministério da Cultura e do Patrimônio Nacional finalmente a Opera Krakowska pode enfim ter sua própria casa.
O novo teatro da cidade de Cracóvia foi inaugurado em 13 de dezembro de 2008 com a estreia da ópera de Krzysztof Penderecki "Diabłów z Loudun", com a regência de Laco Adamík, direção musical de Andrzej Straszyński.


Fonte: Culture.pl
Textos: Anna Legierska e redação do portal
Tradução Ulisses Iarochinski

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Palavras polacas - 12


Pronúncia

Kask - cásk
Narty - nárte
Wiązania - vionzania
Kijki - kiki
Rękawice - rencávitsse
Gogle - gógle

A maioria das palavras polacas são paroxítonas, portanto a sílaba tônica, ou forte é a penúltima. Sublinhei as sílabas fortes, tônicas. Uma consoante sozinha no final das palavras, não é uma sílaba, portanto, não é a última.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Polônia: país mais católico do mundo

Missa na Catedral de Wawel em Cracóvia - panteão nacional

Cerca de 36 milhões de polacos se confessam católicos apostólicos romanos. Certamente é a maior proporção entre a população total de um país e uma única religião. Nem um outro país católico como Itália, Espanha, México ou Brasil possuem. Mais de 90% dos polacos são católicos da igreja do Papa Francisco.

Mas o Instytut Statystyki Kościoła Katolickiego (ISKK) (Instituto de Estatística da Igreja Católica) publicou esta semana uma pesquisa com base no ano de 2015. Os dados referem-se aqueles polacos que vão à missa aos domingos e àqueles que nestas missas realmente comungam.

A pesquisa apontou que a diocese com maior número de frequentadores das missas se encontra em Tarnów, cidade a 90 km de Cracóvia, com 70% dos católicos daquela diocese.

No dia em que a pesquisa foi realizada foram a igreja 10 milhões e 600 mil pessoas. Destas 4 milhões e 500 mil comungaram.

Isso não significa que apenas 40% dos polacos vão à missa, porque a pesquisa foi realizada apenas num único domingo. E missa tem todo dia e mesmo que não tenha missa, o polaco vai a igreja para rezar a qualquer momento e em qualquer dia.

Outras dioceses com alto percentual apontadas pela pesquisa com mais de 50% de frequentadores são de Rzeszów, Przemyśl e Cracóvia. Depois seguem as dioceses com mais de 30% de frequentadores daquela missa de domingo, em Szczeciń, Kamień, Koszalin, Kołobrzeg, Łódż e Zielona Góra.

O ISKK também registrou naquele dia que os padres realizaram 370 mil batismos, 360 mil primeiras-comunhão, 270 mil crismas e 134 mil casamentos.

Outro dado encontrado foi sobre quantos católicos de cada diocese moram no estrangeiro. O que dá bem uma ideia de que regiões da Polônia emigraram em maior número, os polacos para o exterior.

Estão no estrangeiro 73.224 pessoas da diocese de Szczeciń, 89.746 de Koszalin-Kołobreg, 65.418 de Elbląg, 83.152 de Toruń, 48.045 de Ełk, 85.646 de Poznań, 94.222 de Legnica, 54.165 de Wrocław, 108.002 de Świdnica, 85.967 de Opole, 65.731 de Radom, 112.678 de Lublin, 94.740 de Rzeszów e 92.388 de Przemyśl.

Em relação à população, as dioceses com menores números de emigrantes são Katowice com 50.150 pessoas de uma população de 1.759.993, Varsóvia com 75.413 pessoas de uma população de 1.529.930, Sandomierz com 36.986 pessoas de uma população de 752.730 e Cracóvia com 98.817 pessoas de uma população de 1.651.533.

De acordo com a pesquisa dos 39 milhões de habitantes, 32 milhões e 600 mil católicos vão a igreja regularmente, ou seja 82% dos católicos polacos.

Teto da Mariacka - Basílica Santa Maria de Cracóvia

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Palavras polacas - 11

Pronúncia

Bałwan - bauvan
Lód - lud
Kijkiquiiqui
Płatek śniegu - puaték chiniégu
Łyżwy - uejive
Narty - narte
Kij hokejowy - quii rokeióve
Krążek - cronjék
Sanki - sanqui


A maioria das palavras polacas são paroxítonas, portanto a sílaba tônica, ou forte é a penúltima. Sublinhei as sílabas fortes, tônicas. Uma consoante sozinha no final das palavras, não é uma sílaba, portanto, não é a última.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Governo polaco compra quadro símbolo de Cracóvia

A Dama e o Arminho, um dos quatro retratos femininos conhecidos de Leonardo da Vinci é a obra mais famosa exposta na Polônia.
Nesta quinta-feira, o quadro passou para as mãos do Estado através de um acordo secreto.


Após negociações que correram em sigilo entre o Ministério da Cultura e a Fundação Czartoryski, terminaram em cerimônia de transmissão, no Castelo Real em Varsóvia.

O quadro foi comprado em Milão, no final do século XVI, pelo filho da rainha Isabel Czartoryska, esposa do último rei polaco August Poniatowski.

Em um anúncio, o ministério se refere à “solução definitiva do estatuto da coleção da família Czartoryski”. Mas o próprio ministro de Cultura, Piotr Glinski, falou em “compra”. “A quantia pela qual o Estado polaco compraria esta coleção (…) não teria nada a ver com seu preço de mercado, seria várias vezes menor”, declarou Glinski à rádio pública. O montante não é conhecido, mas a imprensa polaca calcula que seja 230 milhões de euros (mais de 1 bilhão de reais).

Esta coleção, uma das mais antigas e ricas da Europa, foi fundada em 1801 pela rainha Elżbieta Czartoryska para reunir e conservar obras de arte polacas e europeias quando seu país estava invadido e ocupado pelos Reinos da Rússia e Prússia e Império Austríaco, que derrubaram o reinado de seu marido.
O valor real da coleção, que contém milhares de objetos, entre eles o óleo Paisagem com o Bom Samaritano, de Rembrandt, é quase impossível de se calcular e pode ultrapassar muitos bilhões de euros.

Desde a queda da União Soviética, a coleção pertence à Fundação Czartoryski, fundada e presidida por Adam Karol Czartoryski, e tem sua residência oficial no Museu Czartoryski de Cracóvia. Com esta compra o quadro de Da Vinci que é um dos símbolos da cidade de Cracóvia vai mudar de cidade. O que desagrada em muito os cracovianos.
O governo quer garantir que a coleção nunca saia da Polônia, uma possibilidade que existe, enquanto pertencer à fundação que será um dia controlada pelos herdeiros de Adam Karol, de 76 anos, os quais nasceram no exterior e guardam poucos laços com seus ancestrais. “A intenção do ministro da Cultura é mantê-la na Polônia para as gerações futuras”, disse o ministério por email.

A negociação secreta com o Estado gerou fortes tensões com o conselho de administração polaco da Fundação, que reagiu renunciando. “O conselho não participou nas conversas, não teve nenhuma influência na redação do contrato nem na decisão sobre o futuro da instituição após sua venda ao Tesouro Público, nem na determinação do seu preço de venda que, segundo o que diz a imprensa, está longe do valor real” da coleção, lamentou o presidente que acabou por renunciar ao cargo, Marian Wolkowski-Wolski.

Fonte AFP

P.S. Mais uma das trapalhadas no governo de extrema direita que venceu as últimas eleições por ampla maioria da população do país. 

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Polônia mais dividida que nunca


A sociedade polaca está profundamente dividida após um ano do partido nacionalista e ultraconservador Direito e Justiça no poder, uma força populista e cujas reformas foram questionadas pelas instituições europeias.

O Partido Direito e Justiça (PiS) ganhou as eleições gerais de outubro de 2015 com a primeira maioria absoluta da democracia moderna polaca, graças, especialmente, ao apoio de idosos, população rural, grande parte do clero católico, trabalhadores de baixa formação e, em geral, ao descontentamento com a globalização.

A partir daí, o partido pôs em prática uma agenda que combina uma economia social com um rançoso tradicionalismo, alinhado com políticas nacionalistas, se distanciando de Bruxelas e com uma clara oposição para acolher refugiados.

Embora seus partidários aplaudam suas medidas, o número de críticos aumentou até o ponto em que toda a oposição se uniu em um único bloco contrário ao governo da primeira-ministra Beata Szydło, que é liderado pelo presidente do PiS, Jarosław Kaczyński.

"A Polônia está doente e sofre com a falta de democracia", afirmou o líder do Comitê em Defesa da Democracia (KOD), Mateusz Kijowski, um movimento popular que nasceu há um ano para lutar contra o Partido Direito e Justiça e que conta com cerca de 8 mil integrantes, fundamentalmente profissionais liberais, professores e empresários.

O KOD organizou ao longo deste ano várias mobilizações contra as políticas do PiS e, em maio, com apoio do bloco opositor, conseguiu reunir cerca de 240 mil pessoas na capital Varsóvia naquele que é considerado o maior protesto desde a queda da Cortina de Ferro, embora o núcleo duro de eleitores do PiS também tenha protagonizado vários atos de apoio ao Executivo.

Kaczyński gosta de insistir que protagoniza uma espécie de "contrarrevolução cultural" para conter a influência da União Europeia, que, na opinião do político, solapou as tradições polacas e a cultura de seu país, e acusa os liberais de terem vendido a pátria aos interesses europeus.

Essa "contrarrevolução cultural" é especialmente incômoda para coletivos urbanos, europeístas, partidários da igualdade de gênero, do aborto, ambientalistas, defensores do casamento gay e, sobretudo, os que são favoráveis ao acolhimento de refugiados no país.

Mas o Direito e Justiça não fica apenas nas palavras e iniciou uma série de reformas que causaram temor em Bruxelas, especialmente a do Tribunal Constitucional e a nova lei dos meios de comunicação, que, segundo a oposição, submete os veículos de informação públicos ao controle do governo polaco.

A reforma do Tribunal Constitucional, que deixou praticamente paralisada esta instituição e impossibilita que ela controle de forma efetiva as políticas do Executivo, mereceu as críticas não só da Comissão Europeia (CE), mas dos Estados Unidos e de instituições internacionais.

A Comissão Europeia abriu em fevereiro uma investigação sobre esta polêmica reforma que poderia concluir com a suspensão do direito de voto europeu a Polônia como sanção, se for confirmado que a mesma infringiu os padrões democráticos e de direitos humanos da UE.

As políticas do PiS também trazem preocupação aos empresários locais, enquanto os investidores estrangeiros se sentem ameaçados por um governo que declarou prioritário promover os interesses nacionais, com impostos especiais para os setores dominados pelo capital estrangeiro.

A presidente da Confederação de Empresários Polacos (Konfederacja Lewiatan) e ex-ministra da Indústria, Henryka Bochniarz, reconheceu "o risco de que a Polônia seja percebida como um país antieuropeu, antiquado e fechado" pelo "patriotismo econômico" do atual governo, que gera "incerteza" entre os empresários.

Fonte: EFE
Nacho Temiño.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

A cada vez mais atraente Varsóvia


Uma capital cada vez mais dinâmica, onde grupos internacionais e "startups" procuram um lugar. Varsóvia é uma das cidades europeias com um maior ritmo de desenvolvimento. Conheça as razões que tornaram a capital da Polônia num pólo privilegiado de negócios.

O ritmo de desenvolvimento de Varsóvia, traduz-se na concentração do maior número de estabelecimentos comerciais na Europa Central, totalizando mais de 4,5 milhões de metros quadrados. Há aqui mais de 27 mil empresas de capital estrangeiro.

Em 1992, a General Electric tornou-se numa das primeiras multinacionais a abrir uma filial nesta cidade. Hoje em dia, conta com cerca de 6.500 funcionários no país que trabalham nos setores da aviação, energia, equipamento médico e tecnologias de informação.

“Passados 25 anos, temos a noção de que foi uma decisão acertada vir para aqui e que levou até a uma expansão da nossa atividade, uma vez que o capital humano é excecional. Há vários recursos disponíveis aqui tanto para as startups, como as grandes empresas. Há um acesso privilegiado a profissionais bem preparados e dispostos a trabalhar”, afirma Beata Stelmach, diretora executiva da GE Polônia.

“Toda mundo gosta de sair em Varsóvia”

Varsóvia acolhe 30% das cerca de 2.400 "startups" polacas. A Startup Poland é uma ONG que ajuda projetos empresariais a darem os primeiros passos. “Estamos em plena expansão, mas o crescimento ainda podia ser maior. Promovemos trocas de conhecimentos e de boas práticas entre empreendedores. Criámos pontos de encontro, como o centro de criatividade, onde decorre o nosso programa de desenvolvimento”, declara a responsável, Julia Krysztofiak-Szopa.

E esse programa consiste em delinear o potencial comercial de cada "startup", identificar o alcance internacional, fornecer acompanhamento específico e incentivar à interação entre projetos. Ao mesmo tempo, os responsáveis municipais apostam em parcerias entre grupos internacionais e empresas polacas.

Segundo Michał Olszewski, vice-presidente da Câmara de Varsóvia, “a cidade de Varsóvia está tentando juntar grandes marcas, grandes empresas, com startups, lançando programas onde todos possam colaborar na resolução de problemas, que muitas vezes são questões que dizem respeito a nós, enquanto representantes municipais. As principais razões para uma empresa se instalar em Varsóvia são a acessibilidade do mercado, uma força de trabalho bem preparada e boa infraestrutura, que promovem a qualidade de vida desta cidade”.



A capital polaca atrai cada vez mais turistas: em 2015, contaram-se mais de 6,5 milhões de visitantes, que procuram também os diversos eventos culturais que caraterizam esta cidade. Além disso, tem tido igualmente muita procura no chamado turismo de negócios, que se reflete na organização de congressos, por exemplo.

O francês Philippe Godard veio viver em Varsóvia há 4 anos. Trabalha como diretor do hotel Sofitel. “Desde 2012, ano em que se organizou o Campeonato Europeu de Futebol, o interesse por Varsóvia cresceu bastante. E é um interesse tanto na área do lazer, como no turismo de negócios”, salienta.

Philippe nos levou numa visita guiada por um dos seus lugares favoritos, uma espécie de mercado cheio de restaurantes, numa cidade que já o seduziu completamente.

É uma cidade extremamente moderna, muito aberta. Comparando com outras cidades, há aqui uma atmosfera um pouco à americana. E é uma mistura muito interessante. Por um lado, uma cultura europeia antiga e, por outro, a modernidade e energia americanas. Toda mundo gosta de sair em Varsóvia, tanto no verão, como no inverno. A grande diferença é que, no verão, as pessoas vão passear ao ar livre. No inverno, vão passear, mas em espaços interiores. Temos aqui um exemplo: estamos no meio da semana e isto aqui está cheio de gente. Há vida. As pessoas também costumam ir a casa dos amigos, mas gostam de sair. Os polacos são muito sociáveis. Sente-se muito em Varsóvia esta vontade de descobrir outras culturas, de abertura em relação aos outros”, considera.

Texto publicado em Euronews

Assista o vídeo desta reportagem da TV Euronews