domingo, 31 de agosto de 2014

O polaco Donald Tusk é eleito presidente do Conselho Europeu

O primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk foi eleito presidente do Conselho Europeu, neste sábado em Bruxelas.
Em seu primeiro discurso prometeu construir compromissos, saindo na frente das preocupações do Reino Unido, bem como atividades para combinar a disciplina fiscal e crescimento. Tusk assumirá o cargo em 1º de Dezembro.
Até lá, o presidente do Conselho Europeu por dois mandatos de 2,5 anos continua sendo o belga Herman Van Rompuy. O primeiro-ministro polaco sublinhou que a UE tem de ser corajosa, mas não ​​radical no que diz respeito ao conflito na Ucrânia. Ele apontou também para os perigos da situação na Síria. Falando sobre a situação econômica, disse que poderá combinar a disciplina fiscal com crescimento econômico da Europa. "Eu percebo que os principais problemas que enfrentamos não vão desaparecer até dezembro. Um deles é uma crise que ainda se faz sentir na zona do euro." - Disse o chefe do governo polaco.
Tusk também presidirá as reuniões dos países da zona euro. O primeiro-ministro disse que a principal tarefa do presidente do Conselho Europeu continua ser a de construir compromissos. "80 por cento dos meus compatriotas acredita profundamente no sentido da União Europeia e não está à procura de alternativas", - disse ele.


Tusk também enfatizou herança polaca, sua experiência, que pode se tornar uma importante fonte de energia, para as necessidades da UE e no futuro, isso se fará sentir mais do que nunca. Ele ressaltou que os eventos dramáticos em toda a Europa vão exigir a opinião comum de toda a comunidade. "Todos os dias temos de responder à pergunta - para o confronto na Ucrânia, mas também para a situação na Síria, Líbia. Quem somos, como nós juntos podemos responder a este desafio que deve ser a capacidade de construir uma perspectiva comum para a Ucrânia. Nós podemos ajudar e vamos ajudar os nossos vizinhos. Seremos capazes de construir um ponto em comum, sem ambiguidades e, por isso, precisamos ser um tanto corajosos e responsáveis, com imaginação e senso comum podemos estar juntos. Sobretudo tendo em conta os desafios que (...) são tão dramáticos na vizinhança da UE",salientou Tusk.
Ele acredita que a posição da UE sobre o conflito ucraniano deve ser ousada, mas não radical. Em sua opinião, entende-se que vários países da UE têm diferentes níveis de sensibilidade e diferentes pontos de vista, mesmo quando se trata do conflito na Ucrânia.

O Conselho Europeu (também referido como Cúpula Europeia), é o mais alto órgão político da União Europeia. É composto pelos Chefes de Estado e de Governo dos países membros da União, juntamente com o Presidente da Comissão Europeia. A sua reunião é presidida pelo membro do Estado-Membro que atualmente detém a Presidência do Conselho da União Europeia.
O Conselho Europeu não é uma instituição oficial da UE, embora seja mencionada nos Tratados como um organismo que "dará à União os impulsos necessários ao seu desenvolvimento".
Fundamentalmente, define a agenda política da UE e, portanto, tem sido considerado o motor da integração europeia. Para além da necessidade de fornecer "impulso", o Conselho tem desenvolvido novas funções; para "resolver questões pendentes de discussões num nível mais baixo", a liderança na política externa - externamente agindo como um "Chefe de Estado coletivo", "ratificação formal de documentos importantes" e "participação na negociação dos tratados".
O Tratado de Lisboa criou o cargo de Presidente do Conselho Europeu, ocupado por uma personalidade independente dos Chefes de Estado ou de Governo dos Estados-Membros. Com mandato de dois anos e meio, o presidente é eleito pelo Conselho Europeu através da maioria qualificada, podendo o Conselho Europeu pôr termo ao seu mandato pelo mesmo meio.

Depois de ser eleito para presidir o Conselho Europeu, Tusk terá deixar a posição de primeiro-ministro, processo que envolve a renúncia de todo seu governo. Em tal situação, a Constituição define os próximos passos a seguir.
Após a aprovação da renúncia - ao abrigo da Constituição - o presidente da República deverá nomear um novo primeiro-ministro, fazendo sua proposta ao Conselho de Ministros. A partir da data de nomeação, o primeiro-ministro tem duas semanas para apresentar ao Sejm, seu programa do governo e obter voto de confiança para o seu governo.
O Parlamento dá voto de confiança ao governo por maioria absoluta de votos (e, portanto, deve haver pelo menos um voto mais "para" do que votos "contra" e "abstenção"), na presença de pelo menos metade do número legal dos deputados - o que no momento da votação parlamentar deve ser de pelo menos 230 membros.
Se na primeira etapa constitucional o Sejm não der o voto de confiança no Conselho de Ministros, segundo a Constituição, o Parlamento toma a iniciativa, de dentro de duas semanas formar um governo e dar-lhe o voto de confiança.

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Cracóvia inaugura exposição de artistas curitibanas


Cracóvia recebe exposição de 6 artistas plásticas curitibanas, em seu coração O famoso Rynek - praça central do centro histórico da cidade.
As portas do Dom Poloni (Casa do Polaco do Estrangeiro) para a exposição "Brazylijska Natura - spojrzenia i inspiracje" (Natureza Brasileira - olhares e inspirações).
A abertura é hoje, 28 de agosto de 2014, às 18:00hrs. A exposição das seis artistas descendentes de imigrantes polaco  Dulce Osinski,  Everly Giller · Heliana Grudzien,  Márcia Széliga,  Mari Ines Piekas,  Schirlei Freder. · aborda o tema da natureza brasileira e é composta por trabalhos inéditos em gravura, pintura, fotografia, desenho e técnicas mistas das artistas brasileiras.

Local: Galeria Dom Poloni na cidade de Cracóvia - Rynek Główny 14






BRASIL - Realização: Consulado Geral da República da Polônia em Curitiba; Casa da Cultura Polônia Brasil. - Apoio: Prefeitura Municipal de Curitiba Braspol Nacional 

POLÔNIA - Organizadores: Associação Wspólnota Polska - Kraków Consulado Honorário do Brasil em Cracóvia -  Grzegorz Hajdarowicz 
Patrocinador: Prefeitura da Cidade de Cracóvia - Apoio: Sika IM Patecki - Dealer Kia Kraków Stowarzyszenia Oświat i Kultury Polskiej - SOiKP

Mais informações:


quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Uma nova Katyń é encontrada na Ucrânia

Em uma antiga prisão da NKVD - Comissariado do Povo para Assuntos Internos (ou Ministério do Interior) da Rússia Soviética, na de Vladimir, na região da Volínia polaca (atualmente em território ucraniano) foram encontrados os restos mortais de cerca de 1.000 pessoas.
Entre eles estão soldados. policiais e civis polacos. A exploração e exumações estão sendo feitas nas ruínas do antigo castelo do Rei polaco Kazimierz Wielki (Casimiro o Grande), na localidade de Vladimir, hoje, pertencente ao território da Ucrânia, e a 15 km da atual fronteira.
Nos anos de 1939 a 1956 existiu ali uma prisão do Ministério do Interior russo. A exploração arqueológica está sendo realizada por um grupo binacional de cientistas ucranianos e polacos.



"No momento já foram encontrados os restos mortais de cerca de 950 pessoas. Entre elas estão soldados polacos, mas também há civis. Também foram encontradas no local, pistolas TT junto aos mortos que possivelmente que foram mortos pela NKVD em 1940 e 1941", declarou Aleksiej Złatogorski, chefe da equipe ucraniana de arqueólogos.
A doutora em arqueologia, a polaca Dominika Siemińska, chefe da equipe polaca, acrescentou que "Os restos mortais estão em muito mau estado. Foram cobertos com cal. Já foram abertas duas cavidades na sepultura coletiva. Muitos deles, provavelmente foram abatidos a coronhadas e depois enterrados com escavadeira".
As exumações levará mais algumas semanas. O lado ucraniano inicialmente determinou que os restos dos corpos serão enterrados novamente em 23 de setembro, no cemitério municipal de Vladimir, na Volínia. Cidade, onde viviam polacos, rutenos, ciganos e judeus, antes da segunda guerra mundial, quando a região ainda era território da Polônia.


Uma nova Katyń?
É o que está se perguntando a sociedade polaca com as recentes descobertas. Katyń, também conhecido como Massacre da Floresta de Katyń, foi uma execução em massa ocorrida durante a Segunda Guerra Mundial contra oficiais polacos prisioneiros de guerra.
Eram policiais e cidadãos comuns acusados de espionagem e subversão pelo NKVD - Comissariado do Povo para Assuntos Internos, a polícia secreta soviética, comandada por Lavrentiy Beria, entre abril e maio de 1940, após a rendição da Polônia à Alemanha Nazista.
Através de um pedido oficial de Beria, datado de 5 de março de 1940, o líder soviético Josef Stalin e quatro membros do Politburo aprovaram o genocídio. O número de vítimas é calculado em cerca de 22.000, sendo 21.768 o número mínimo identificado.
As vítimas foram executadas na floresta de Katyń, na Rússia, em prisões de Kalinin e Karkov e em outros lugares próximos.
Do total de mortos, cerca de 8 mil eram militares prisioneiros de guerra, outros 6 mil eram policiais e o restante dividido entre civis integrantes da intelectualidade polaca - professores, artistas, pesquisadores, historiadores, etc - presos sob a acusação de serem sabotadores, espiões, latifundiários, donos de fábricas, advogados, funcionários públicos perigosos e padres.
O termo "Massacre de Katyń" originalmente refere-se especificamente ao massacre na floresta de Katyń, perto das vilas de Katyń e Gnezdovo, localizadas cerca de 19,5 km a oeste de Smolenski.

A TV Cultura de São Paulo, exibiu no último sábado o filme "Katyń", realizado pelo maior cineasta polaco de todos os tempos Andrzej Wajda, cujo pai foi um dos oficiais assassinados em Katyń.