Este é o quadro energético na Polônia. O carvão é responsável por 40% dos recursos, seguido do gás com 20%, a hidro e nuclear com 16%. O petróleo tem 7% e os recursos renováveis de 2% estão subdivididos em biomassa e lixo 62%, eólica (ventos) 22%, geotérmica 15%, solar 1%, precipitações (chuvas) e ondas 0%.
Faz todo sentido então se alarmar, quando a principal fonte de recursos de energia - o carvão - estará esgotado em 50 anos. E os investimentos requeridos para exploração da imensa área de gás natural serão enormes.
A Polônia ainda tem uma quantidade residual de óleo e gás, suas reservas de petróleo seriam suficientes para o país por apenas 1,2 anos de gás nos próximos 13 anos.
A política energética polaca até agora tem sido continua, mas implementada de forma isolada a partir dos problemas globais exaustivamente explicados em termos de adequação das fontes de energia primária.
O Ministério da Economia da Polônia apresentou um estudo sobre a disponibilidade de energia primária para o ano de 2030 intitulado "Política energética polaca de março de 2009 até 2030". Neste estudo, observa-se que entre as constatações da situação energética está:
- Assumem sem restrições a capacidade do petróleo e do gás natural;
- Não existe plano para limitar as possibilidades de fornecimento de carvão para grandes empreendimentos industriais, apesar da limitada capacidade nacional nos depósitos de mineração em operação;
- Assumem que o combustível nuclear estará amplamente disponível no mercado mundial, tanto no fornecimento de minério de urânio, como na capacidade de resíduos das usinas de enriquecimento, e potencial de produção de elementos combustíveis para reatores à base d´água.
Ou seja, alguns equívocos evidentes, como os recursos nucleares, o que se aceita até, porque naquele momento, não havia ocorrido o desastre Fukushima e a decisão alemã de fechar suas usinas nucleares.
Em tais circunstâncias, os esforços até aqui para diversificar as fontes de abastecimento petrolífero polaco e o gás são extremamente míopes. Está-se desperdiçando energia e capital político. O petróleo e o gás nessa região do planeta estão concentrados na Rússia e no Oriente Médio. Quando se fala em gás russo negado aos polacos, basta olhar para cima e ver o gasoduto no Báltico da gigante binacional russo-alemã Grazprom. Para a Alemanha abundância e preços baixos, para a Polônia... quantidade racionada e preços altos...proibitivos....por que não dizer, negados?
Combinada com a política polaca oriental altamente desvantajosa para o polaco, para não dizer extremamente perigosa, temos a solidariedade europeia quase face-a-face com a fome, a energia pode ser altamente ilusória.
As estradas para evitar uma crise global de energia não são conhecidas. São necessárias soluções totalmente novas, que exijam toda a genialidade humana e esforço coletivo da sociedade, que está correndo contra o tempo.