No fundo e ao cento, as torres da igreja do Monastério de
Kamedłów, em Cracóvia, monges vivem em total clausura. Existem poucos mosteiros, como este, no mundo. O sistema sobrevive desde a idade média.
Kamedłów em idioma italiano é
Camáldoli. Os monges no idioma português são chamados de Camaldulenses e pertencem à
Congregação Camaldulense da Ordem de São Bento, a qual foi criada por
São Romualdo de Ravenna, em
Camáldoli, Arezzo, Itália, em 1012.
Em Cracóvia, eles estão na Montanha de Prata, bairro de Bielany, desde 1604, quando o nobre Mikołaj Wolski doou o terreno ao monge capelão Sebastian Lubomirski. Desde então os eremitas camaldulenses vivem na Polônia com a denominação em latim de "Congregatio Eremitarum Camaldulensium Montis Coronae", ou em idioma polaco, "Kongregacja Pustelników Kamedułów Góry Koronnej".
No mosteiro de Bielany vivem 58 monges (censo de 2003) sendo 21 monges polacos (censo de 2006). Existe um outro mosteiro na localidade de Kazimierz Biskupi, na cidade de Konin (Centro da Polônia).
A página oficial da Ordem na Internet é um pouco confusa sobre a existência e quantidade de mosteiros da Congregação no Mundo. Em alguns trechos omitem a presença dos monges até mesmo na Polônia. Em outros, diz que eles estão presentes na Itália (10 centros), na França, na Hungria, na Áustria e na Polônia (dois mosteiros).
Fora do continente europeu, encontram-se comunidades camaldulenses nos Estados Unidos, Índia, Tanzânia e Brasil (Mogi das Cruzes).
Chegaram ao Brasil e se estabeleceram incialmente em Caxias do Sul, mas pouco tempo depois o mosteiro foi fechado. Segundo H. Dall´Alba, em seu livro A Saga dos Camaldulenses no Rio Grande do Sul, “Lamentavelmente, em 1926, interrompeu-se esse afluxo cultural e até místico: os membros da venerável família de São Romualdo foram convidados inapelavelmente a recolher-se à casa-mãe, na Itália, por um desses equívocos obscuros da história, que os pósteros custam tanto a compreender e perdoar” (p. 12).
Porta de Entrada do Mosteiro