O parlamento polaco abriu nesta terça-feira, 21 de novembro, sua primeira sessão após as eleições legislativas de outubro último, numa situação inédita, onde os populistas nacionalistas de extrema-direita, no poder desde 2015, não conseguiram eleger o presidente do parlamento.
O jornalista e escritor Szymon Hołownia da coligação de partidos de oposição que conquistou 248 cadeiras contra 194 do partido da situação PiS - Partido do Direito e Justiça foi eleito presidente. E já numa de suas primeiras ações, ele corto o microfone de um deputado do partido do Presidente da República.
O deputado pró-europeu Hołownia assinala a primeira vitória da coligação pró-europeia em sua primeira votação.
Hołownia, chefe do partido cristão-democrata Polska 2050 e membro da coligação pró-europeia que reivindica o direito de formar o novo governo, derrotou durante a votação Elżbieta Witek, candidata do partido nacionalista no poder, Direito e Justiça, num universo de 460 deputados.
O PiS alcançou o maior número dos lugares no parlamento, é verdade, mas sem conseguir formar uma maioria, e que poderá ser garantida pela coligada oposição pró-europeia. Foi esta vitória nas urnas que fez o presidente da República, Andrzej Duda, escolher o primeiro-ministro cessante Mateusz Morawiecki a formar um novo governo, mesmo sabendo que não terá como obter a confirmação do novo parlamento.
O PiS garantiu 194 dos 460 deputados, face a uma maioria declarada de 248 deputados, membros das três formações pró-europeias aliadas: a Coligação Cívica do ex-presidente do Conselho Europeu Donald Tusk (centrista), a Terceira Via (democrata-cristã) e a Nova Esquerda.
A extrema-direita ultranacionalista Coalização, que tem manifestado distanciamento face aos dois campos políticos, garantiu 18 deputados.
No decurso desta primeira sessão, Morawiecki e o seu governo devem apresentar a demissão e tentar formar um novo gabinete.
Os deputados poderão ainda votar os primeiros textos legislativos, relacionados com o Estado de Direito e a interrupção voluntária da gravidez, ou seja, o aborto, que atualmente é totalmente proibido na Polônia e considerado crime. Esta criminalização manda para a prisão mulheres que foram estupradas, filhos com má-formação e que não desejam dar à luz.
Os dirigentes das três frentes de oposição assinaram, na sexta-feira, um acordo formal de coligação que dever servir de "roteiro" para a aliança, numa perspetiva de subida ao poder, e com Donald Tusk no cargo de primeiro-ministro.
O documento revela a posição dos partidos aliados sobre questões polêmicas, incluindo a gestão econômica e ambiental do país, a recuperação das boas relações com a União Europeia, a reformulação dos meios de comunicação públicos, a separação da Igreja do Estado e a flexibilização do aborto.
Caso Morawiecki não consiga formar um novo governo sob sua presidência, a oposição deverá provavelmente assumir o poder em meados de dezembro.
O PiS alcançou o maior número dos lugares no parlamento, é verdade, mas sem conseguir formar uma maioria, e que poderá ser garantida pela coligada oposição pró-europeia. Foi esta vitória nas urnas que fez o presidente da República, Andrzej Duda, escolher o primeiro-ministro cessante Mateusz Morawiecki a formar um novo governo, mesmo sabendo que não terá como obter a confirmação do novo parlamento.
O PiS garantiu 194 dos 460 deputados, face a uma maioria declarada de 248 deputados, membros das três formações pró-europeias aliadas: a Coligação Cívica do ex-presidente do Conselho Europeu Donald Tusk (centrista), a Terceira Via (democrata-cristã) e a Nova Esquerda.
A extrema-direita ultranacionalista Coalização, que tem manifestado distanciamento face aos dois campos políticos, garantiu 18 deputados.
No decurso desta primeira sessão, Morawiecki e o seu governo devem apresentar a demissão e tentar formar um novo gabinete.
Os deputados poderão ainda votar os primeiros textos legislativos, relacionados com o Estado de Direito e a interrupção voluntária da gravidez, ou seja, o aborto, que atualmente é totalmente proibido na Polônia e considerado crime. Esta criminalização manda para a prisão mulheres que foram estupradas, filhos com má-formação e que não desejam dar à luz.
Os dirigentes das três frentes de oposição assinaram, na sexta-feira, um acordo formal de coligação que dever servir de "roteiro" para a aliança, numa perspetiva de subida ao poder, e com Donald Tusk no cargo de primeiro-ministro.
O documento revela a posição dos partidos aliados sobre questões polêmicas, incluindo a gestão econômica e ambiental do país, a recuperação das boas relações com a União Europeia, a reformulação dos meios de comunicação públicos, a separação da Igreja do Estado e a flexibilização do aborto.
Caso Morawiecki não consiga formar um novo governo sob sua presidência, a oposição deverá provavelmente assumir o poder em meados de dezembro.
Dias atrás, em discurso o presidente da república Andrzej Duda disse que Donald Tusk não será seu primeiro ministro, no que, prontamente, o líder da oposição respondeu taxativamente: "Confirmo! Não serei"
O presidente do Sejm
Szymon Hołownia é jornalista, político, escritor, colunista, apresentador de TV e ativista social. Trabalhou nos jornais Gazeta Wyborcza, Newsweek Polska, Ozon, Rzeczpospolita, Newsweek Polska, Wprost, Tygodnik Powszechny, nas rádios Polskie Radio Białystok, Vox FM e nas televisões TVP1, Religia.tv, TVN.
Foi um dos fundadores da filial de Białystok da fundação "Pomoc Maltańska".
Em abril de 2013, criou a fundação "Kasisi" que gere um orfanato na Zâmbia.
Em 2014, criou a fundação "Dobra Fabryka" que organiza ajuda aos moradores de, entre outros países, Bangladesh, Mauritânia, Ruanda, Burkina Faso e Senegal.
O partido de Hołownia
Polska 2050, ou Polônia 2050, o partido de Szymon Hołownia é um partido político de centro .
Foi fundado como um movimento social, em 2020, logo após a eleição presidencial daquele ano, e foi oficialmente registrado como partido político em abril de 2021.
Nos anos anteriores à eleição parlamentar polaca de 2023, oito parlamentares foram para o Polônia 2050, na Câmara dos Deputados.
Após seu primeiro teste eleitoral nacional, o partido terminou em terceiro lugar e deve fazer parte do governo polaco, já no final de 2023. É ideologicamente favorável às políticas ambientalistas e aos princípios democráticos cristãos. Também combina alguns elementos de liberalismo, social-democracia, conservadorismo e patriotismo.
Texto: Ulisses Iarochinski
Fontes: agências internacionais, jornal Expresso, sites onetpl, gazetapl.