quinta-feira, 30 de junho de 2011

Vivo, Miłosz completaria cem anos

Foto: Grzegorz Dąbrowski
 Czesław Miłosz (pronuncia-se Tchessuaf Miuóch), Prêmio Nobel de Literatura de 1980 estaria completando 100 anos de idade se estivesse vivo hoje, dia 30 de junho.
O que seria motivo de comemorações está se transformando em polêmica. Tudo porque, o poeta tinha nacionalidade Norte-americana e polaca. Mas nasceu, em 1911, na localidade de Szetejnie. Como se sabe este lugar atualmente está no território da Lituânia. Mas em 1911, era território da Polônia ocupada pelo Reino Russo. Para complicar, ele sempre escreveu em idioma polaco descrevendo o lugar que nasceu como sendo a Lituânia.
As comemorações deste centenário estão acontecendo na Califórnia (EUA) onde ele viveu a maior parte de sua vida e foi professor de literatura eslava na prestigiada Universidade de Berkeley, na Polônia, onde o presidente da República Bronisław Komorowski inaugura um Centro Internacional de Diálogo, em Krasnogruda, e na Fundação Família Miłosz, na Lituânia.
O nome do poeta em idioma lituano "Eeslovas Milošas" não existe, por exemplo, em nenhuma comunidade do Facebook. Isto para Ryszard Jankowski, diretor da União dos Polacos na Lituânia é um sinal de que o país praticamente ignora o ganhador do Prêmio Nobel. "Em 1992, o poeta esteve aqui. Eu corri para a escola gritando: "crianças vamos lá, esta aqui o mundialmente renomado poeta e vencedor do Prêmio Nobel. Eles olharam para mim e disseram: "Esse Polaco da América está aqui sim. Por que deveríamos estar curiosos de conhecê-lo?".
Hoje, no centésimo aniversário do dia do poeta, Milosz é mostrado como um construtor de pontes, uma pessoa que se encaixa na identidade da Polônia e da Lituânia. Contudo, os polacos residentes na Lituânia relatam que são perseguidos, depois que foi implantada uma nova lei da educação. Eles acreditam que isso enfraqueceu as escolas polacas. Por sua vez, a embaixadora da Lituânia, em Varsóvia, Loreta Zakarevicziene, disse em uma entrevista, que os polacos não são cidadãos leais na Lituânia.
"Pessoas como ele são os piores", afirma Antanas Karbaukis, estudente de história na Universidade de Wilno. "Ele era um lituano. Ele enfatizou isso muitas vezes. Mas ele escolheu o caminho mais fácil: ser polaco. Ele sequer tentou aprender lituano. Ele devia pensar que pelo polaco teria mais acesso à cultura ocidental. Eu posso entender estas escolhas, mas por favor não faça dele nosso herói!".
Para Biruta Jonuškaite, vicepresidente da União Lituana de Escritores, "Miłosz escreveu em polaco, e para a linguagem do escritor esta foi a chave. Mas aqui, em Szetejnie, onde ele cresceu, passou sua juventude estava a fonte de sua obra. Esses lugares são descritos no excelente O Vale Issa."
Segundo Alice Rybalko, poeta polaca nascida em Wilno, "Miłosz nunca sentiu-se na Polônia e na Lituânia. Na Califórnia, ele foi um estranho. O mundo que ele pertencia, o Multicultural Grão-Ducado da Lituânia e a República das Duas Nações deixaram de existir."

CAMPO DI FIORI

W Rzymie na Campo di Fiori
Kosze oliwek i cytryn,
Bruk opryskany winem
I odłamki kwiatów.
Różowe owoce morza
Sypią na stoły przekupnie,
Naręcza ciemnych winogron
Padają na puch brzoskwini.

Tu na tym właśnie placu Spalono Giordana Bruna.
Kat płomień stosu zażegnął
W kole ciekawej gawiedzi.
A ledwo płomień przygasnął,
Znów pełne były tawerny,
Kosze oliwek i cytryn
Nieśli przekupnie na głowach.

Wspomniałem Campo di Fiori
W Warszawie przy karuzeli,
W pogodny wieczór wiosenny,
Przy dźwiękach skocznej muzyki.
Salwy za murem getta
Głuszyła skoczna melodia
I wzlatywały pary
Wysoko w pogodne niebo.

Czasem wiatr z domów płonących
Przynosił czarne latawce,
Łapali płatki w powietrzu
Jadący na karuzeli.
Rozwiewał suknie dziewczynom
Ten wiatr od domów płonących,
Śmiały się tłumy wesołe
W czas pięknej warszawskiej niedzieli.

Morał ktoś może wyczyta,
Że lud warszawski czy rzymski
Handluje, bawi się, kocha
Mijając męczeńskie stosy.
Inny ktoś morał wyczyta
O rzeczy ludzkich mijaniu,
O zapomnieniu, co rośnie,
Nim jeszcze płomień przygasnął.

Ja jednak wtedy myślałem
O samotności ginących
O tym, że kiedy Giordano
Wstępował na rusztowanie,
Nie znalazł w ludzkim języku
Ani jednego wyrazu,
Aby nim ludzkość pożegnać,
Tę ludzkość, która zostaje.

Już biegli wychylać wino,
Sprzedawać białe rozgwiazdy,
Kosze oliwek i cytryn
Nieśli w wesołym gwarze.
I był już od nich odległy,
Jakby minęły wieki,
A oni chwilę czekali
Na jego odlot w pożarze.

I ci ginący, samotni,
Już zapomniani od świata,
Język ich stał się nam obcy
Jak język dawnej planety,
Aż wszystko będzie legendą
A wtedy po wielu latach
Na nowym Campo di Fiori
Bunt wznieci słowo poety.

Varsóvia, 1943