quarta-feira, 15 de julho de 2009

Morreu Zapasiewicz

As duas matérias principais do jornal Gazeta Wyborcza, desta quarta-feira, 15 de julho de 2009 traz:
Morreu Zbigniew Zapasiewicz
Buzek dirige no Parlamento Europeu.

Zapasiewicz foi um dos grandes atores do teatro, TV e cinema da Polônia. Sua morte abre uma lacuna difícil de ser preenchida nas artes polacas; E a eleição histórica do prof. dr hab. Jerzy Buzek é comemorada como a vitória da Polônia

Wawel iluminado

Foto: Michal Lepecki

O Panteão Nacional da Polônia, a colina de Wawel, em Cracóvia, que abriga o castelo real, a catedral e as tumbas dos reis e heróis da nação deixa a escuridão. Pelo menos é o que informa a prefeitura da cidade que gastou mais de 2 milhões de złotych para iluminar o principal monumento da nação polaca, o Wawel.
Desde esta noite, as muralhas, as casamata (Baszta) as torres da catedral, pode ser vista desde as margens do rio Vístula. Apesar do investimento ainda falta iluminar as construções históricas pelo lado da ulica (rua) Stradomskiej, ou seja pelos fundo do castelo real.
Os trabalhos de iluminação foram realizados pela firma B.T.H Technlight de Częstochowa (firma polaca parceira da italiana Disano Illuminazione).

Buzek, conservador?

O canal de noticias Euronews, que transmite em vários idiomas, a partir da França, noticiou a eleição de Jerzy Buzek para a presidência do Parlamento Europeu. A versão portuguesa (a redação é composta por jornalistas portugueses) da notícia classifica o eurodeputado polaco como conservador.
Num mundo, onde o jornalismo não consegue mais identificar quem é de esquerda, quem é de direita e ainda mais divulgando informações através de traduções passadas via outros idiomas intermediários e sem conhecimento das realidade locais, fica difícil rotular este ou aquele disto ou daquilo. Seja como for o PO- Partido da Plataforma da Cidadania, no espectro político polaco, está a verdade no centro, vestindo as cores do neo-liberalismo. Assim colocar Buzek ao lado do conservador Lech Kaczynski não faz o menor sentido. Mas seja como for esta é notícia divulgada por aquele canal de notícias europeu.


Acabou de entrar para a História, como o primeiro eurodeputado de um país de Leste a sentar-se na cadeira da presidência do Parlamento Europeu.
Jerzy Buzek bateu largamente Eva-Britt Svensson, a sua adversária sueca, da Esquerda Unidária Europeia. O conservador polaco foi eleito com 555 dos 644 votos expressos.
“Em tempos, sonhei ser deputado ao parlamento polaco numa Polónia livre. Hoje, tornei-me presidente do Parlamento Europeu. Algo com que não teria podido sonhar, no meu país. E esta é a medida das mudanças que a Europa pode provocar. Vejo a minha eleição como um sinal para os nossos países: Estónia, Letónia, Lituânia. Polónia, República Checa, Eslováquia, Hungria, Eslovénia, Roménia e Bulgária. Vejo-a como um tributo aos milhões de cidadãos dos nossos países que não se vergaram perante o sistema hostil”, disse.
Para quem conheceu esse sistema, como Jerzy Buzek, o Parlamento Europeu é sinónimo de democracia e de liberdade.
Jerzy Buzek assinou o livro de honra de Hans-Gert Poettering. O alemão passou os últimos dois anos e meio à frente do Parlamento Europeu.

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A eleição de Buzek estava garantida, graças a um acordo entre populares, socialistas e liberais acerca da distribuição dos cargos mais importantes da instituição.
O primeiro-ministro polaco congratulou-se com a eleição. “É o verdadeiro fim da nunca mencionada divisão entre os novos e os velhos membros da União. Estou muito contente que um polaco tenha sido reconhecido e promovido. Congratulo-me que a sua vitória seja um símbolo da verdadeira integração entre a nova e a velha Europa”, disse Donald Tusk.
Tal como o Governo, os cidadãos polacos também se mostraram satisfeitos com a eleição de Buzek. “Eu acho que ele fez um bom trabalho como deputado europeu. Foi muito apreciado durante o mandato. Enquanto presidente vai conseguir mais, especialmente quando o Parlamento Europeu se tornar mais poderoso”, afirmou o funcionário público Marcin Kulinicz.
“Acho que vai ser bom, porque nos vai permitir promover um pouco o nosso país e mostrar que não estamos apenas envolvidos em guerras internas e com os outros”, diz a estudante Agnieszka Dadura.
O acordo entre as três grandes famílias políticas europeias prevê que Buzek seja substituído por um socialista na segunda parte da legislatura.

P.S.A reforma ortográfica dos 8 países lusófonos não aceita pelos portugueses, permite a acentuação das palavras tanto com acento agundo quanto circunflexo.