domingo, 26 de agosto de 2007

Woczow era Złoczów e agora é Zolochiv

Respondendo email, enviado por um leitor do jornal "Gazeta do Povo", de Curitiba, que leu nota na coluna "Entrelinhas" sobre o blog Jarosiński do Brasil, aproveito para falar da cidade de Zolochiv, que sempre foi polaca e desde a segunda guerra mundial está no território criado por Stalin e os Aliados, para a atual Ucrânia:
- A pergunta foi onde se encontra atualmente a localidade que escrita na certidão de nascimento do ascendente, em latim, como Imperium Austriae, Regnum Galiciae, Districtus Woczow, Archidioccesis Leopoliensis, Parochia Jezierna.

A resposta é: Quanto a localidade deve haver alguma aliteração de palavra (esta maldita macaquice americanóide, que faz pessoas perguntarem se Ulisses é com W) deve ter mudado a silaba inicial de Złoczów (o L na verdade é uma letra polaca que tem som de U e aparenta ser um L cortado transversalmente - e o Ó com acento agudo também tem som de U) assim a pronuncia seria zuotchuf) desde o Woczow da certidão.
Bem... como o ancestral nasceu durante a ocupação (invasão) do império austro-húngaro nas terras do Sudeste da Polônia, na época denominada Galicia, a localidade de Złoczów, desde o fim da segunda guerra, por ordem do soviético Józef Stalin (georgiano de nascimento e marginal antes de entrar para o partido comunista), está no território da atual Ucrânia e próximo a cidade histórica polaca de Lwów (Lviv, para os ucranianos de hoje).
Atualmente a cidade pode ser encontrada no mapa com o nome de Zolochiv e esta situada 49°47´ - 49° 50´ Longitude Norte e 42°32´ - 42°37´ Latitude Leste. Ao Norte estão as localidades de Horodylow e Jelechowice, a Nordeste a localidade de Zazule, a Leste as localidades de Bieniow e Strutyn, ao Sul a localidade de Woroniaki e a Oeste as localidades de Jasieniowce e Chylczyce.
Em 1890, havia 866 casas e 10.113 residentes no distrito. Sendo 2.190 Católico Romano, 2826 Ortodoxo Grego, 5.086 judeus e 11 de outras religiões. 7.254 eram polacos, 2.633 rutenos (antigo povo ucraniano) e 199 alemães. Junto com as paróquias de Jezierna, faziam parte da Arquidiocese de Lwów, também Bialykamien, Gologory, Pomorzany, Sassow, Zborów e Olejów.

Estação de trem de Złoczów

Foi desta estação que os emigrantes polacos e rutenos embarcaram com destino aos navios que os levaram ao Brasil.

Para que não reste dúvida da descendência polaca e não de austríaco, ou ucraniano, basta saber que até 1838, a Igreja da Ressurreição de Złoczów foi católica apostólica romana, quando foi tomada pelos ortodoxos gregos. Esta igreja foi mandada construir, em 1604, por Marek Sobieski, na época governador da região de Lublin e avô do Rei Jan Sobieski III da Polônia. Foram os invasores austriacos que tiraram dos católicos a igreja para dar aos ortodoxos, os quais mudaram o nome para igreja de São Nicolau. Provavelmente esta igreja é a edificação mais antiga de Złoczów ainda de pé.
Atualmente o idioma oficial da cidade é ucraniano e com alfabeto cirílico, mas nos arquivos da igreja (que provavelmente se encontram na arquidiocese de Lviv), porque lá agora a igreja é ortodoxa, estão os documentos de familiares de brasileiros descendentes de polacos. Se não estiverem... Então devem estar no Arquivo Nacional da Polônia, em Varsóvia.
A cidade fica de carro umas 3 horas de Cracóvia, pois é só passar a fronteira em Przemyśl e mais uma meia hora se está lá. Brasileiro precisa ter uma carta-convite de alguém de lá para poder fazer o visto e entrar na Ucrânia.

Equívocos de reportagem

O telejornal RJTV, da TV Globo Rio, colocou no ar, no sábado dia 18 de agosto, reportagem sobre o cemitério das prostitutas judias em Inhaúma, Rio de Janeiro. Em sua fala de abertura, a repórter, Ana Paula Carvalho afirma: “Eles identificam as polacas, mulheres pobres, judias, que abandonaram seus países de origem, ameaçadas pelo anti-semitismo e trabalharam como prostitutas nas ruas do Rio de Janeiro.Discriminadas, as polacas viviam à margem da sociedade.” Para conferir a reportagem acesse:
http://rjtv.globo.com/RJTV/0,19125,VRV0-3114-296927-20070818,00.html

Apenas para esclarecer a repórter e a editoria do telejornal da Globo saliento que:

1 - Estas moças judias não "abandonavam" a Polônia (embora a fala da repórter assinale "seus países de origem" fica claro pelo uso da palavra polaca que elas eram procedentes da Polônia) por anti-semitismo. Antes, pelo contrário. Elas vinham casadas com judeus rufiões (da ornanização Zvi Migdal) que perambulavam pelas bairros/e ou cidades judias da Polônia (na época ocupada por austriacos, russos e prussos-alemães) e se casavam com as mais bonitas segundo os rituais judáicos. Os cafetões judeus voltavam, então, para o Brasil com 5 a 10 esposas e aqui as prostituiam, no Largo da Carioca e em elegantes prostíbulos. Isso era, entre 1870 a 1880, quando então, o Imperador D.Pedro II expulsou 20 destes bandidos judeus. Portanto, não "abandonavam", vinham iludidas e obrigadas pela própria família e seu marido recente.

2 - Por causa dessas infelizes judias (sim, porque eram enganadas pelos próprios judeus) todos os descendentes de polacos (na faixa dos 50 aos 80 anos no Sul do Brasil) odeiam a palavra que os designam pela origem étnica: Polaco. Foi criado, em 1927 em Curitiba, até o termo polonês, para não serem confundidos com filhos da puta. Nos outros 7 países de língua portuguesa a única palavra correta etimológicamente que designa os nascidos na Polônia é: Polaco. E a repórter usa a palavra "polaca" com o sentido de prostituta e não de origem étnica. Pois a maioria da imprensa brasileira, automaticamente já se auto-censura e usa a palavra polonesa para origem étnica, com medo de represália de "poloneses" que se sentem discriminados quando são chamados de polacos. Estes "poloneses", pois, incorrem no mesmo preconceito que a comunidade judaica que sempre renegou estas prostitutas judias enterradas no cemitério de Inhaúma. Como se vê pela reportagem, os próprios judeus sempre preferiram ao longo do tempo esconder o assunto a enfrentá-lo. Já os "poloneses" exercem sua influência para coibir o uso de polaco. O desejo destes intencionalmente "poloneses" é de que a palavra seja extinguida do dicionário. Como será que eles vão conseguir fazer isso também nos demais países de língua portuguesa, agora que a CPLP-Comunidade dos Países de Língua Portuguesa conseguiu aprovar a Reforma Ortográfica e Gramatical que unirá a língua "português" em Portugal, Brasil, Angola, Timor Leste, Guiné-Bissau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, além de línguas associadas como o galego.

3 - Alguns judeus, que repetem constantemente que a Polônia é anti-semita e omitem que seus ascendentes nasceram na Polônia, esquecem que por mais de 600 anos, a Polônia foi a única nação que os abrigou e serviu de berço. E esta "terra prometida" só lhes foi negada no século XX com a invasão nazista de Hitler a Polônia. Pois são estes mesmos judeus, que hoje estão numa corrida para obterem cidania e passaporte polaco… E isto só é possível justamente por terem a origem que sempre renegaram.

4 - A organização que prostituia as moças judaicas era a Zvi Migdal. Fundada em Varsóvia em 1904, tinha sede também em Buenos Aires. Eram judeus, os que controlavam este tráfico humano. Muitos judeus brasileiros se incomodam com a questão, porque todos os envolvidos professavam o judaísmo: traficantes e traficadas. Houve uma cisão entre os cafetões da Zvi Migdal (palavra polaca Migdal significa amêndoa) e passou a existir outra máfia, a Asquenasum, que reunia judeus russos e romenos; a Zvi Migdal continuou em mãos de judeus da Polônia. Nos Estados Unidos, os judeus da Zvi Migdal, fundiram-se com imigrantes italianos e criaram a máfia Norte-americana. No início do século XX, alguns segmentos na Europa manifestaram preocupação com esse tráfico de moças judias. Na "Conferência Internacional sobre o tráfico de mulheres e crianças", da Liga das Nações, em Genebra, em 1921, concluiu-se que, muitas dessas moças "não tinham sido enganadas" e que elas preferiam prostituir-se a levar uma vida de sacrifícios nas ocupações austríacas, russas e alemãs.

5 - Mas não é só no Rio de Janeiro, que existe cemitério de judia prostituta, também em Cubatão-SP e São Paulo-capital, eles foram construídos. Ao que parece, estes cemitérios só existiram porque a comunidade judia brasileira sempre renegou ajuda e proteção a essas infelizes moças exploradas pelos cafetões judeus.

Postal do começo do século XX

Cafetão judeu acerta o preço do mixê com a clientela
A foto foi publicada em matéria do jornal "O Estado de São Paulo" sobre o assunto, desconheço outra origem, mas provavelmente faça parte de algum arquivo.
Para saber mais a respeito do preconceito contra a palavra Polaco e a questão das judias "prostitutas" acesse meu artigo, na coluna ao lado, do dia 25 de julho de 2005.