segunda-feira, 8 de março de 2021

Igreja Católica diminui na Polônia

Santuário de Jasna Góra (Montes Claros) na cidade de Częstochowa, na Polônia

A Agência Católica de Informação - KAI forneceu os dados de 2021 sobre a situação da Igreja na Polônia. Também traz dados sobre os efeitos da pandemia de Covid-19 e as iniciativas do mundo católico.

A Agência Católica de Informação polaca (KAI) divulgou na sexta-feira, 5/03, o “Relatório 2021 sobre a situação da Igreja na Polônia”.

Segundo o relatório, diminuíram os jovens que atuam na Igreja local. Em cerca de 30 anos, sua participação caiu para a metade. No país, os jovens praticantes são cerca de 30%, os menos praticantes são pouco mais de 20% e os não praticantes 18,5%. Por outro lado, mais de 50% dos estudantes acham que a Igreja não tem autoridade.

Na Polônia, segundo o relatório da KAI, os que se consideram católicos representam 90% da população, enquanto quase 10% são ortodoxos e os restantes dizem não pertencer a nenhuma religião.

Em 2019, 32.461.000 fiéis informaram pertencer à Igreja Católica, distribuídos em mais de 10 mil paróquias: uma taxa de religiosidade entre as mais altas da Europa, pois quase 37% dos católicos vão à Missa aos domingos. No entanto, diminui o número dos que aceitam os ensinamentos da Igreja sobre questões morais, sobretudo no âmbito da ética sexual.

A pandemia Covid-19, segundo um comunicado do setor de Comunicações Estrangeiras da Conferência Episcopal da Polônia, contribuiu para uma diminuição das práticas religiosas comunitárias e os contatos com a paróquia; mas, levou a aumentar os vínculos familiares e religiosos, a busca do transcendente e de respostas para as necessidades espirituais.

Quanto às estruturas da Igreja Católica, na Polônia existem 1050 Santuários, dos quais 793 marianos: o mais importante continua sendo o de Jasna Góra (Montes Claros), que registrou mais de 4 milhões de peregrinos em 2019; o Santuário da Divina Misericórdia, ligado às aparições de Jesus a Santa Faustina Kowalska, registra anualmente cerca de 2 milhões de peregrinos, provenientes de 90 países.

Quanto ao clero, no país os cardeais são 2, os arcebispos 29, os bispos 123, dos quais 4 de rito bizantino-ucraniano, os sacerdotes 33.600, dos quais 24.700 diocesanos e 8.900 religiosos, e cerca de 1.200 os consagrados de 59 Congregações, inclusive os Institutos de Vida contemplativa.

Por outro lado, mais de 2,5 milhões de fiéis leigos prestam serviço em paróquias ou comunidades eclesiais. Em 2020, os seminaristas eram 2.556 e 55%, por ano, os que deixaram o sacerdócio. No âmbito ecumênico, a Igreja católica local conta com órgãos intereclesiais e comissões bilaterais de diálogo com as Igrejas Ortodoxa, Luterana e Adventista.

A Conferência Episcopal Polaca adotou diretrizes e aplicou as normas do “Motu Proprio” do Papa Francisco, para a defesa dos abusos contra menores. Em 2019, a Conferência Episcopal nomeou um delegado para a defesa de menores e instituiu uma Fundação para a proteção dos menores e prevenção das vítimas de abusos.

Na Polônia, a Igreja conta com órgãos, como a Caritas diocesana, Associações e organizações; oferece educação católica em escolas e universidades, inclusive de Teologia, nas principais cidades. Ainda no campo cultural, a Igreja local mantém, aproximadamente, 13 mil igrejas e cerca de 100 museus diocesanos, religiosos e paroquiais.

No que se refere à mídia católica, o setor que mais cresce é o dos portais católicos na Internet. Mas, um papel importante, em nível nacional, é desempenhado pela Agência Católica de Informação (KAI), da Conferência Episcopal da Polônia, e pela Fundação Opoka, portal a serviço da Igreja Católica para a criação de sistemas de intercâmbio de informação.

Fonte: Vatican News Service - TC