O câmbio teve seu pior momento na Polônia em mais de quatro anos no dia de ontem. A terça-feira negra levou a cotação do złoty a um record histórico negativo. O franco suíço chegou a 3,26 zł, o Euro às alturas de 4,8 zł. (a maior cotação desde a entrada da Polônia da União europeia) e o dólar dos Estados Unidos a 3,77 zł.
Não bastasse isso, os preços do automóvel, viagem turística, passagem de avião, câmera fotográfica, computador, máquina de lavar roupa, geladeira e até roupa e sapato enloqueceram. O aumento é de mais ultrapassou todos os recordes percentuais. Os compradores não têm dinheiro e os vendedores não conseguem vender.
"No final de janeiro comprei para mim e para minha namorada duas passagens para São Paulo no Brasil. Vamos embarcar em maio. Paguei 2.700 zł cada um. Isto parecia muito caro, umas semanas depois estou achando que tive sorte...foi barato, pois se fosse agora teríamos que desembolsar mais 400 zł", contou Paweł, um estudante de Varsóvia.
As agências de viagem que fizeram reserva mas não emitiram ainda os bilhetes estão chamando seus clientes para informar, por exemplo, que é preciso pagar mais 100 zł a mais por pessoa na excursão para o Egito, e que a passagem para a Tailândia ou Cuba ficou 700 zł mais cara, informa Jacek Dąbrowski, diretor financeiro da agência de viagens Triada SA.
A situação no mercado ficou tão ruim nesta terça-feira, que o primeiro-ministro Donald Tusk só conseguiu com sua declaração 45 minutos de paz. "O governo polaco está fazendo tudo para tranquilizar o mercado. Após consultar o ministro das finanças e especialistas não tenho dúvidas que se o limite de 5 złotych por cada euro seja ultrapassada, já temos decisão formada de vender euro", afirmou o chefe de governo. O dinheiro, no valor de 7 milhões de euros já foi disponilizado pela União Europeia para a realizar esta operação. A pausa após as declarações do primeiro ministro não durou uma hora, 45 minutos depois a moeda polaca continuou a cair.