sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Não violência em Cracóvia

Nesta segunda-feira, dia 17 de dezembro, estará dando uma aula, na Faculdade de Filologia Românica da Universidade Jaguielônia de Cracóvia o professor brasileiro Dr. Evandro Vieira Ouriques, da UFRJ do Rio de Janeiro. O tema de sua aula será "O Desafio do Resgate do Substrato Indo da Cultura Lusófona e a perspectiva do vigor da não-violência. A aula é aberta não só aos estudantes polacos de línguas latinas, mas à toda comunidade, na sala 202, na ulica Krupnicza, nr. 2, às 13. 15 horas. A promoção do evento é de responsabilidade do Prof.dr hab Jerzy Brzozowski, chefe de departamento no Instytut Filologii Romańskiej UJ. Brzozowski foi cônsul da República da Polônia, em Curitiba, nos anos 90. Naquele período chegou a editar um livro raro "Quatro poetas poloneses" com Czeslaw Milosz, Tadeusz Rózewicz, Wislawa Szymborska e Zbigniew Herbert, em parceria com a Secretaria de Estado da Cultura do Paraná. O livro foi organizado por Henryk Siewierski e José Santiago Naud.

Evandro Vieira Ouriques
Segundo o portal Consciência.net são 40 anos de ação e pesquisa na área da Comunicação e da não-violência. Ouriques é Doutor em Comunicação e Cultura pelo NETCCON.ECO.UFRJ, cientista político, jornalista, terapeuta e escritor, dedica-se à relação entre Comunicação, Poder e Paz, através de método próprio, pelo qual liberdade e vinculação social se tornam possíveis.
Dirige o Núcleo de Estudos Transdisciplinares de Comunicação e Consciência/Escola de Comunicação/UFRJ, que criou em 1981. É especialista nas relações entre Ética e Estética, Utopia e Economia Psíquica Pós-moderna e na Construção de Estados Mentais Não-violentos. Atua na área como professor, pesquisador e consultor, tanto da ONU quanto de comunidades carentes. Tem 18 livros e catálogos publicados, além de muitos artigos no Brasil e no Exterior.
Transdisciplinar, trabalhou em muitas comunidades diferentes: jornalistas, intelectuais, artistas, fotógrafos, acadêmicos, políticos, servidores públicos, ongueiros, yogues, líderes religiosos e indígenas. Trabalhou em jornais de esquerda e populares durante a década de 70 e 80; atuou como ponte entre a Academia (UFRJ) e o Executivo Cultural (Ministério da Cultura), de 1980 a 1998: coordenou o Projeto Visualidade Brasileira (a dimensão estética brasileira) e o Programa Integrado Clarival do Prado Valadares (formação e dinamização de acervos documentais de arte no Brasil), do Instituto Nacional de Artes Plásticas da Funarte;
Foi curador e designer de exposições do Instituto Nacional de Fotografia da Funarte, onde montou, por exemplo, a primeira exposição de Sebastião Salgado no Brasil, em 82; e coordenador do Belas Artes Memória (Núcleo de Documentação e Pesquisa) e do Projeto Origens da Cultura Brasileira, do Museu Nacional de Belas Artes, no qual também atuou como curador. Foi o presidente da Mesa Criadora do Sindicato dos Profissionais de Yoga do Estado do Rio de Janeiro e o consultor de articulação e conteúdo da Assembléia Global da United Religions Initiative-2002. É membro do Conselho Consultivo do Núcleo de Estudos do Futuro da PUC/SP e Professor Adjunto da UFRJ, desde 1978. O professor mantém um blog, que pode ser acessado em:

Birkenau em dias de neve

Foto: Ulisses Iarochinski
Birkenau foi o maior campo de concentração da Segunda Guerra Mundial. Distante 3 km de Auschwitz, está localizado no munícipio de Brzezinka, cidade a 65 km de Cracóvia. Birkenau é a tradução alemã para Brzezinka... os alemães em todas as invasões que fizeram no território da Polônia sempre tiveram o mau costume de traduzir tudo, nome de cidade, de rua, de rio, de montanha, de pessoas. Von Bismarck bem antes de Hitler já queria aniquilar o povo polaco. Ou seja, isto não foi apenas uma característica dos nazistas, mas dos alemães e prussos de uma maneira geral. Negar, ou reinterpretar o passado é uma forma de eximir-se de culpa. A geração atual é fruto das gerações anteriores e isso não existe lei que prove o contrário. Apenas o perdão permite. Na foto, o portão principal e o terminal ferroviário onde prisioneiros de todos os países da Europa chegavam. A poucos metros dos trilhos estavam duas câmaras de gás e dois crematórios. Era feita, então uma seleção aleatória: trabalho forçado ou morte.
O nome Brzezinka foi dado em 1385 e deriva da árvore do vidoeiro bastante abudante na região. De 1440 a 1483 Brzezinka foi propriedade de Jan Brzeziński.