Em sua primeira visita como Papa - cardeal Karol Wojtyła - a Polônia no dia 8 de junho de 1979, ele foi até o Campo de Concentração e Extermínio Alemão de Auschwitz. Foi então até o Muro da Morte, ao lado do bloco 11. Muro onde os prisioneiros eram mortos com tiros na nuca. O Papa se aproximou sozinho. Levava nas mãos um ramo de crisântemos, ofertado por um menino. Ficou de pé, com a cabeça inclinada e os olhos fechados durante cinco minutos. Depois caiu de joelhos.
Neste domingo, 11 de outubro, a Igreja na Polônia celebra a edição de número 20 do “Dia do Papa” e este será especialmente dedicado a Karol Wojtyła, com o título: "Totus tuus", em referência ao lema do pontificado de João Paulo II e à sua consagração a Maria.
A jornada é organizada pela Fundação da Conferência Episcopal "Dzielo Nowego Tysiaclecia" (A Obra do Novo Milênio), que financia os estudos de jovens polacos de talento que vivem em áreas desfavorecidas.
A Conferência Episcopal Polaca, em preparação ao Dia do Papa, divulgou uma mensagem que foi lida em todas as igrejas do país no último domingo, 4 de outubro. No documento, os bispos destacaram como "a intercessão e a proteção de Maria foram particularmente evidentes na vida e no ministério do Papa Wojtyła".
Basta pensar no atentado na Praça de São Pedro – do qual ele sobreviveu – em 13 de maio de 1981, também festa de Nossa Senhora de Fátima.
Mas toda a história da própria Polônia, escrevem os bispos, testemunha "a grande confiança dos poloneses na intercessão da Mãe de Deus". Daí o convite dos prelados a todos os fiéis para seguir "a escola de Maria", ela que "ensina a confiança total na Palavra de Deus e no amor pelos outros".
Rezar o terço diariamente
Na mensagem, e em pleno mês de Nossa Senhora do Rosário, os bispos também incentivam a oração diária do terço: "seja uma oração comum dos casais e famílias inteiras, assim como das pessoas sozinhas, doentes e sofredoras, que estão em quarentena ou em isolamento" por causa do coronavírus. A oração a caminho do trabalho, da escola, da universidade ou do mercado, de fato, "nos ensina a ouvir as inspirações do Espírito Santo, a amar Jesus, a servir a Igreja, a viver a fé, a ser humilde, obediente e altruísta".
Finalmente, a mensagem episcopal lembra que, no Dia do Papa, durante a coleta na igreja, será possível oferecer um apoio material para as bolsas de estudo da Fundação "A Obra do Novo Milênio", definida como um "monumento vivo" de gratidão a São João Paulo II. O apoio assim prestado, concluem os bispos na mensagem, feito mesmo diante de dificuldades pessoais representa a “expressão da nossa solidariedade e misericórdia".
Fonte: Vatican News Service - IP