Uma mulher paranaense, de descendência polaca, que lutou contra amarras de seu tempo e dedicou-se às artes plásticas como a uma paixão incansável, Irena Palulis ganha a exposição retrospectiva de sua vida e obra “Irena Palulis: humanidade, natureza, cosmos”.
Foi aluna de Guido Viaro e de diversos outros grandes nomes história da arte no Paraná.
Palulis dialogou com os movimentos artísticos paranaenses; estudou na Academia de Belas Artes de Varsóvia; participou de e promoveu diversas exposições, sendo, inclusive, premiada. Mas sempre expressou um traço e personalidade artística próprios, alimentados por uma busca interior que a inquietava, movimentava-a a viajar pelo mundo e a desenvolver-se espiritualmente.
A exposição é fruto de uma parceria dos pesquisadores da Universidade Federal do Paraná e artistas Consuelo Schlichta, Tânia Bloomfield, Luís Carlos dos Santos e Heliana Grudzien junto aos membros da família da artista, que lhes abriram seus arquivos e lembranças. Uma homenagem mais do que justa à trajetória de Irena Palulis, agora ao alcance do público.
A partir da década de 1970, teve contato com grandes nomes da arte no Paraná que a influenciaram sua pintura e suas técnicas de desenho, gravura e principalmente xilogravura retratando tipos humanos em seu cotidiano. Em 1980, Palulis embarca para a Polônia duas vezes para estudar na Academia de Artes de Varsóvia, rompe com o com a religiosidade tradicional e, influenciada por uma espiritualidade sem dogmas, flerta com o pré-refaelismo, simbolismo e com o surrealismo.
A exposição acontece entre os dias 28 de Agosto e 26 de Outubro de 2018, no Museu de Arte da Universidade Federal do Paraná – MusA. A entrada é gratuita, das 12h às 18h.
Já na década de 1990, depois de retornar da Polônia, Irena inaugura uma série abstrata formada principalmente por linoleogravura e monoprint. Com a chegada do século XXI a pintora curitibana, com o domínio de todas as técnicas, sintetiza-as em um método que chama de “técnica própria”. “Irena Palulis sempre expressou um traço e personalidade artística próprioss alimentados por uma busca interior que a inquietava, movimentava-a a viajar pelo mundo e a desenvolver-se espiritualmente”, conta Ivi Belmonte Machado, neta da pintora e uma das idealizadoras da exposição.
O diário de Irena |
A prensa e os tubos de tinta da artista |