Estádio do Wisła Kraków - Foto: Divulgação do Clube
E as autoridades municipais de Cracóvia ainda não se conformaram com a decisão da UEFA que acabou com o sonho da Euro2012 na cidade. Barbara Janik, chefe da Comissão da Euro 2012 em Cracóvua, chorou diante do telão que transmitiu o pronunciamento de Michel Platini desde Bucareste, enquanto o prefeito Jacek Majchrowski apenas repetia para os jornalistas que ele "não entendo essa decisão."
Como é possível que, Cracóvia, que há alguns anos parecia ser a favorita para a anfitriã do campeonato, acabou na lista de espera e, nesta quarta-feira, teve de deixar esta honrosa como posição (em teoria, Cracóvia ainda tem uma única chance de sediar a Euro, mas ninguém acredita que a Ucrânia não consiga preparar mais uma segunda cidade além da escolhida Kiev)?
A cidade perdeu devido aos méritos dos lobby concorrentes, lobby este que demonstrou ser importante que a capacidade real de sediar um evento deste porte. Se fosse levado em conta o mais recente relatório sobre o estado de preparação das cidades polacas, para sediar Euro 2012, Cracóvia foi a que melhor situação apresenta. E isto não apenas por ser o cartão turístico do país, a capital do futebol polaco com duas equipas disputando a primeira divisão, sendo uma delas a atual campeã e líder o campeonato em andamento, ter os melhores alojamentos em hoteís do país, aeroporto e estádio já construídos. O estádio, por exemplo, em que pese não ter um visão arquitetônica futuristica é confortável e totalmente dentro das normas exigidas não só pela UEFA como pela FIFA. Nenhuma das outras cidades candidatas têm muito mais a mostrar além planos virtuais. Nenhuma delas, nem mesmo Varsóvia possuem os requisitos que Cracóvia comprovou ter.
Ficou claro nesta decisão de Bucareste, que a UEFA só aprovou a proposta defendida há três anos pelo governo polaco de uma lista de quatro cidades, indicadas pelos políticos do PiS, partido atualmente no poder. Em 2006, o último lugar da lista era de Wroclaw, mas o lobby Adam Lipinski, membro do PiS e muito próximo dos gemeos Kaczyński derrubou Cracóvia.
A cidade do Castelo de Wawel nunca teve um forte apoio, principalmente devido à reeleição do esquerdista Jacek Majchrowski para a prefeitura de Cracóvia. Os dois principais políticos da extrema-direita do PiS de Cracóvia, Zbigniew Ziobro e Zbigniew Wassermann, pressionaram o tempo todo para que Cracóvia não fosse indicada, por não admitirem ter perdido as eleições para um esquerdista na cidade mais intelectualizada da nação. O ministro Wassermann alegou que, no caso do Euro 2012 nunca esteve envolvido, porque ele "sempre sou acusado de usar de minha autoridade local para fazer lobby contra."
Cracóvia merecia estar na Euro 2012 e não merecia ter políticos de extrema-direita influindo no Governo da República enciumados com a desenvoltura do prefeito em construir e atrair investimentos.
Finalmente só resta mesmo chorar como fez a senhora Barbara Janik por trabalhar para um governo municipal de esquerda em Cracóvia não por facistas no governo da República em Varsóvia.
P.S. O texto é um resumo de noticias, artigos de jornalistas e comentários de leitores publicados em sites de jornais de Cracóvia, desde a última quarta-feira. No caso do estádio do líder do campeonato e campeão da temporada passada Wisła Kraków, ele é o que está em mais adiantado processo de construção e se não tem uma visão futurista como o projetado Palácio de Ambar de Gdańsk, ou da Arena de Munique (onde o Brasil jogou com a Australia na copa da Alemanha) ele tem o mínimo de cadeiras exigido pela FIFA e certamente o mais confortável para um torcedor assistir uma partida de futebol num estádio. A derrota de Cracóvia parece ter sido mesmo pela questão política do exelente prefeito de esquerda e sem partido da cidade.
Como é possível que, Cracóvia, que há alguns anos parecia ser a favorita para a anfitriã do campeonato, acabou na lista de espera e, nesta quarta-feira, teve de deixar esta honrosa como posição (em teoria, Cracóvia ainda tem uma única chance de sediar a Euro, mas ninguém acredita que a Ucrânia não consiga preparar mais uma segunda cidade além da escolhida Kiev)?
A cidade perdeu devido aos méritos dos lobby concorrentes, lobby este que demonstrou ser importante que a capacidade real de sediar um evento deste porte. Se fosse levado em conta o mais recente relatório sobre o estado de preparação das cidades polacas, para sediar Euro 2012, Cracóvia foi a que melhor situação apresenta. E isto não apenas por ser o cartão turístico do país, a capital do futebol polaco com duas equipas disputando a primeira divisão, sendo uma delas a atual campeã e líder o campeonato em andamento, ter os melhores alojamentos em hoteís do país, aeroporto e estádio já construídos. O estádio, por exemplo, em que pese não ter um visão arquitetônica futuristica é confortável e totalmente dentro das normas exigidas não só pela UEFA como pela FIFA. Nenhuma das outras cidades candidatas têm muito mais a mostrar além planos virtuais. Nenhuma delas, nem mesmo Varsóvia possuem os requisitos que Cracóvia comprovou ter.
Ficou claro nesta decisão de Bucareste, que a UEFA só aprovou a proposta defendida há três anos pelo governo polaco de uma lista de quatro cidades, indicadas pelos políticos do PiS, partido atualmente no poder. Em 2006, o último lugar da lista era de Wroclaw, mas o lobby Adam Lipinski, membro do PiS e muito próximo dos gemeos Kaczyński derrubou Cracóvia.
A cidade do Castelo de Wawel nunca teve um forte apoio, principalmente devido à reeleição do esquerdista Jacek Majchrowski para a prefeitura de Cracóvia. Os dois principais políticos da extrema-direita do PiS de Cracóvia, Zbigniew Ziobro e Zbigniew Wassermann, pressionaram o tempo todo para que Cracóvia não fosse indicada, por não admitirem ter perdido as eleições para um esquerdista na cidade mais intelectualizada da nação. O ministro Wassermann alegou que, no caso do Euro 2012 nunca esteve envolvido, porque ele "sempre sou acusado de usar de minha autoridade local para fazer lobby contra."
Cracóvia merecia estar na Euro 2012 e não merecia ter políticos de extrema-direita influindo no Governo da República enciumados com a desenvoltura do prefeito em construir e atrair investimentos.
Finalmente só resta mesmo chorar como fez a senhora Barbara Janik por trabalhar para um governo municipal de esquerda em Cracóvia não por facistas no governo da República em Varsóvia.
P.S. O texto é um resumo de noticias, artigos de jornalistas e comentários de leitores publicados em sites de jornais de Cracóvia, desde a última quarta-feira. No caso do estádio do líder do campeonato e campeão da temporada passada Wisła Kraków, ele é o que está em mais adiantado processo de construção e se não tem uma visão futurista como o projetado Palácio de Ambar de Gdańsk, ou da Arena de Munique (onde o Brasil jogou com a Australia na copa da Alemanha) ele tem o mínimo de cadeiras exigido pela FIFA e certamente o mais confortável para um torcedor assistir uma partida de futebol num estádio. A derrota de Cracóvia parece ter sido mesmo pela questão política do exelente prefeito de esquerda e sem partido da cidade.