quinta-feira, 20 de maio de 2010

Enchente chegou a Varsóvia

As fortes chuvas que caem desde o fim de semana no Sul da Polônia chegaram a Varsóvia, a capital localizada no centro Leste do país. O rio Vístula subiu 5 metros e meio acima do nível normal. E as evacuações que estão sendo realizadas nos últimos dias em Cracóvia e Sandomierz, principalmente, começam a ser planejadas em Varsóvia e toda a região da Mazóvia.

Ainda na Malopolska, sul do país,a vista aérea mostra a localidade de Sandomierz submersa após enchente.

A terra diante de você



O jornal Gazeta Wyborcza traz nesta quinta-feira, 20 de maio, duas manchetes que preocupam a população polaca nos últimos dias. A primeira mais premente é sobre as enchentes:
Evacuação em Cracóvia e Sandomierz

e a segunda com maior destaque apresenta o primeiro relatório sobre a catástrofe com o avião Tupolev TU-154, com a frase:
A TERRA DIANTE DE TI



No último instante, antes da catástrofe, em Smoleński. segundo o relatório a aterrissagem foi feita em piloto automático. Na cabine do piloto estavam apenas duas pessoas, uma delas o general Andrzej Błasik.
Os registros das conversas dos pilotos na cabine de comando, antes da aterrissagem, demonstram que as portas da mesma estavam abertas, e que ali havia duas pessoas não pertencentes à tripulação. Os membros do Comitê de Investigação ainda se negam a dizer quem são.
A identificação de um deles ainda está em curso. De acordo com informações não confirmadas, ele pode ser o chefe do protocolo diplomático do Ministério das Relações Exteriores, Mariusz Kazan. Em segundo lugar, e de acordo com várias fontes, estava o general Błasik. Ele era o supervisor do 36ª Regimento Especial de Aviação das Forças Armadas polacas, responsável pelo transporte da pessoa mais importante do país naquela viagem.
"Não sabemos o que o general disse para os pilotos. Ele foi na cabine dois minutos depois que a tripulação recebeu a mensagem do aeroporto de Smoleński. Os controladores de vôo relataram denso nevoeiro, a visibilidade de apenas 400 metros e que não havia possibilidade de aterrissagem (a visibilidade mínima exigida para o Tu-154 para aterrissagem naquele aeroporto é de 1.000 metros)."
Logo, as mesmas informações sobre o tempo foram recebidas pelos pilotos do avião Jak-40, que tinha já desembarcado com os jornalistas polacos. O piloto do Jak-40, disse que a visibilidade era de apenas cerca de 200 m, e que isso impedia qualquer aterrissagem.
Edmund Klich negou que a tripulação agiu sob pressão de qualquer autoridade para fazer o pouso forçado. Foi ele que esteve em Moscou onde um psicólogo ouviu a conversa dos pilotos da última fase do vôo, para determinar como era o estado mental dos pilotos naquele momento.
Se realmente foi utilizada a navegação automática, "isto foi uma irresponsabilidade imensa" afirmou um experiente piloto russo com dezenas de aterrissagens naquele aeroporto. "O sistema ILS está mostrando claramente a faixa desembarque, que naquele momento, os controladores disseram estar em 123 metros. Com a informação, o piloto, que mantém os comandos em automático, deve tomar uma decisão e em seguida tomar as rédeas absolutamente da aterrissagem".
De acordo com Alexei Morozov da MAK, o sistema de aviso de aeronaves de aproximação perigosa da Terra (TAWS), alertou 18 segundo antes do acidente com o comando "Pull Up" ou "para cima" e "terreno à sua frente", ou "a terra diante de ti." Segundo Morozov, "ao que parece os pilotos nåo desligaram o piloto automático."
O especialistas da MAK excluiu uma explosão à bordo, fogo, ou falha técnica no Tu-154.