domingo, 10 de fevereiro de 2008

Lublin: capital do Leste


Foto: Ulisses Iarochinski
A famosa ulica Grodzka (ulitssa-rua) no centro da capital Lubelska, local de encontro dos lublinianos. No número 11 desta da mais importante rua de Lublin, existiu um refúgio de crianças judias durante a segunda guerra mundial. Quando as 100 crianças órfãs e 30 adultos foram descobertos pelos alemães-nazistas foram levadas para Majdan Tatarski e assassinadas. Hoje em frente ao edifício uma placa em hebreu lembra que 
"Aqui estavam refugiadas centenas de nossas crianças, as quais foram mortas pelos alemães. Ano de 5702. Deus vingará seu sangue. Suas almas serão ligadas com vida.”
7 ijar 5702, ocorrido em 24 abril de (sexta-feira) 1942.   

Enquanto isso em Moscou...


Foto: Natalia Kolesnikova AP
Ao que parece, lendo os jornais e colunistas polacos, a visita do primeiro-ministro Donald Tusk a Moscou não passou deste aperto de mão com Vladimir Putin. Nenhum dos grandes temas que envolvem as duas nações no momento teve avanços. Nas conversas entre polacos e russos e repercussões na imprensa dos dois países se falou muito pouco da base antimíssil Norte-americana em território polaco e tcheco, do gasoduto passando pela Polônia, das bases militares russas no mundo, da OTAN, e até mesmo do filme de Andrzej Wajda nominado ao Oscar de melhor filme estrangeiro de 2008 contando sobre o assassinato de 40 mil oficiais polacos em Katyń pelo exército russo durante a Segunda Guerra Mundial. De concreto mesmo apenas este aperto de mão. Pode ser o início de uma aproximação necessária não só para os dois países, mas para a União Européia e relações internacionais envolvendo os Estados Unidos. A imprensa brasileira que deu pouco destaque a este encontro está perdendo a oportunidade de entender o papel da Polônia, que já foi o campo de operações de duas guerras mundiais, da queda do mundo soviético e do Papa mais mediático da história. Sobram noticias sobre o Iraque, Miami e faltam sobre Lisboa, Luanda, Paris, Roma e Londres. Enquanto as reuniões de pauta forem inspiradas no New York Time e na revista Time pouco se perceberá sobre a importância da Polônia, Rússia e União Européia. Seria preconceito ou cegueira jornalística?