quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Espaço Schengen e fronteira Leste

Creio que é conveniente comentar algo mais sobre o Tratado de Schegen, que passou a vigorar na Polônia, República Tcheca, Eslováquia, Hungria, Eslovênia, Letônia, Lituânia e Estônia e Malta neste final de ano, aumentando de 15 para 24 países o território europeu livre de controles nas fronteiras terrestres, marítimas e aéreas, entre si. O Espaço Schengen era composto por 13 países da UE (Reino Unido e a Irlanda permanecem de fora), além de Noruega e Islândia.
No prazo de um ano Chipre e a Suíça, outro país não membro da UE, deverão se juntar ao "grupo dos 24". Mas ainda se desconhece quando Romênia e Bulgária farão parte do grupo de países sem fronterias. Os cidadãos europeus podem viajar agora quatro mil quilômetros desde Tallin na Estônia, até Lisboa em Portugal sem qualquer controle fronteiriço. Em compensação 10 mil guardas de fronteira foram deslocados para controlar a Polônia para os lados da Ucrânia, Bielorrússia e o do encravado russo de Kaliningrado.
Por sua vez, o novo governo de Donald Tusk prometeu trazer os polacos de volta do êxodo para Inglaterra e Irlanda, e se isso não der certo, terá que se valer da nova lei aprovada pelos parlamentares polacos que exime de pagamento de visto a todos aqueles cidadãos de origem polaca que vivam nos três países fronteiriços (além de outros ex-soviéticos como Cazaquistão e Moldávia) se quiser que os compromissos assumidos pela Polônia de sediar a Eurocopa 2012 sejam cumpridos. A lei já está causando atritos com os governos vizinhos. Estes argumentam que a Polônia está criando duas classes de cidadãos em seus países: aqueles que tem facilidade de entrar na EU e aqueles que serão quase impedidos de cruzar a fronteira com a Polônia.
A medida parlamentar, não tem nada de patriótica não, eles estão mesmo é preocupados com a possibilidade do país não conseguir construir os seis estádios e tantas outras infra-estruturas em menos de cinco anos, para atender os encargos da UEFA. Eles estão certos de que vai faltar pedreiro e cimento no país. A solução então seria abrir o mercado de trabalho na construção civil para mão-de-obra barata dos vizinhos.
Aliás, aí está um bom mercado para a APEX-Associação dos produtores e exportadores brasileiros, através de seu CD - Centro de Distribuição de Varsóvia viabilizar a venda do cimento brasileiro para a Polônia.
E por se falar tanto no tratado, esquece-se da Schengen, pequena cidade de 452 habitantes no Ducado de Luxemburgo, onde o acordo foi assinado anos atrás.

Grevistas ironizam negociadores

Foto: Zzkadrabudryk.
Grevistas da mina de carvão “Budryk” criaram um site na Internet para atacar a administração da empresa Kopalnia Węgla Kamiennego "Budryk" S.A. localizada na voivodia (semelhante a Estado) da Baixa Silésia. Uma foto de um prédio demolido foi colocada com a legenda: Assim se parecem as negociações, quando falta diálogo. O foco dos ataques se concentram em quatro diretores da empresa mineradora. Um deles reagiu, ontem, ao site dos grevistas dizendo que o material na página dos grevistas não tem nada de inocente e busca apenas denegrir a imagem dos diretores. “Eles não querem negociar, nem pressionar, apenas detratar”.Já o porta-voz da empresa, Mirosław Kwiatkowski, declarou que já instou a promotoria de justiça para que obrigue os grevistas a retirar todo o conteúdo que denigra a imagem dos diretores e citou uma fotografia em que um diretor aparece nu embaixo de um chuveiro. “Decididamente este não é um site de negociação e tampouco de brincadeira.” A página dos grevistas pode ser acessada em www.zzkadrabudryk.republika.pl

Posters polacos: Ironia antiga

A bela escola do poster polaco vem de longe. Durante o período comunista ela foi usada também com objetivos de propaganda do regime e contra as nações "inimigas". Neste cartaz de 1952, o autor Karol Ferster ironiza a democracia estadunidense. O texto em idioma polaco diz: Local de eleição - Socorro! Nos Estados Unidos, os negros têm "direito a votar".