Foto:. Graham Winterbottom |
Os baixos salários, a insegurança no mercado de trabalho, a falta de assistência integral do Estado e da falta de parceria entre os sexos são essencialmente os principais motivos para que jovens polacos não queiram ter filhos, segundo uma pesquisa revelada pelo Ministério do Trabalho da Polônia. É chocante que até um terço das pessoas entrevistadas pelo ministério não tenha a intenção de ter filhos. E metade delas atrasar a decisão sobre paternidade.
"Estamos muito preocupados com a situação instável no mercado de trabalho e os baixos salários e isto nos leva a postergar a ideia de filhos", foi este o tom da maioria das respostas da enquete. Empregadores e Estado não criam condições favoráveis para conciliar as obrigações profissionais e familiares.
Segundo os autores do relatório ministerial, empregadores se mostram relutantes em empregar mulheres que desejam constituir. Há convicção de que eles são trabalhadores pobres.
As empresas estão relutantes em concordar com um modo mais flexível nas relações trabalhistas. Poucos pais novos podem contar com o privilégio de poder trabalhar em casa, o que permitiria atendimento simultâneo para com as crianças.
O estudo, realizado pelo Centro de Desenvolvimento de Recursos Humanos e do Ministério do Trabalho e Política Social em 2009 fez mais de 120 entrevistas em profundidade e realizou discussões com polacos com idade entre 25 a 45 anos e residentes em cidades. O resultado do estudo está sendo apresentado agora.
De acordo com a taxa de crescimento populacional a Polônia tem diminuído continuamente desde 1984 a sua população. Entre os anos de 2003 a 2005 a taxa foi negativa. Em 2030, se a progressão continuar neste ritmo o país terá 2 milhões a menos de habitantes.
A Polônia é o país com a menor taxa de fecundidade atualmente na Europa. Na França, Irlanda e Suécia, o Estado e os empregadores estão encorajando o planejamento dos pais para terem filhos, inclusive com ajuda de imigrantes.