quinta-feira, 1 de julho de 2010

Polônia: Propaganda dos dois candidatos


Komorowski diz que sabe que na política externa deve "trabalhar" de forma inteligente, porque assim todos podem desfrutar. Ele promete que, se for eleito presidente, consultará os aliados e encerrará a missão militar polaca no Afeganistão.
Recorda que a Polônia vai logo assumir a Presidência da União Europeia e irá sediar a Copa Europeia de Seleções de Futebol. "Fazemos isso para que todos nós possamos estar orgulhosos de nós mesmos e de nosso país", acredita Komorowski.

A propaganda de Jarosław Kaczyński



Kaczyński lembra das gerações que deram a vida por uma Polônia Livre. Fala sobre os símbolos de sua história. Enquanto é mostrado o carvalho "Bartek", ele diz que, "Bartek é uma testemunha de nossa história. Ele esteve conosco nos momentos de glória. Destaca que "a força do Estado e da prosperidade da sociedade não são dadas de uma vez para sempre." Jarosław diz que se precisa cercá-lo de atenção, cuidado e ação conjuntas.
Quando ele fala sobre a ação conjunta aparece em uma cena de plantação de carvalhos jovens. Salienta que "a decisão de assumir desde, hoje, a responsabilidade pelo destino das futuras gerações.'" A propaganda termina com um reconhecimento candidato sorrindo e uma voz em "off" dizendo: "Jarosław Kaczyński- A Polônia é o mais importante."

Guerra nas palavras

A primeira página do jornal Gazeta Wyborcza, desta quinta-feira, traz como manchete o "Último debate presidencial - Guerra nas palavras". O debate foi transmitido ao vivo pela televisão TVP - Telewizja Polska e teve a participação de debatedores de outras redes de televisão da Polônia como Katarzyna Kolenda-Zaleska (TVN), Jarosław Gugała (Polsat) e Joanna Lichocka (TVP).
No começo apertaram-se as mãos, depois não estiveram tão simpáticos assim. Kaczyński chamou Bronisław Komorowski de liberal, e Komorowski denominou o adversário de especialista em planos não realizáveis.
Na avaliação do debate a socióloga Jadwiga Staniszkis, o cientista político Rafał Chwedoruk e colunista Robert Mazurek deram vitória para Komorowski, mas elogiaram Jarosław Kaczyński, especialmente pela votação deste contra o orçamento chamado por ele de "anti-social" proposto pelo adversário do PO - Partido da Plataforma Cívica, quando aquele era presidente do Congresso. Em seguida, a TVP mostrou o comício de apoio ao presidente do PiS - Partido da Lei e Justiça, desde sua sede.

Gazeta Wyborcza formou um grupo de avaliadores do debate formado pelo prof. Rafał Ohme - especialista em psichologia, persuação e emoção, pelo dr. Tomasz Olczyk - politólogo e sociólogo da Universidade de Varsóvia, pelo dr. Jarosław Flis - politólogo da Uniwersytet Jagielloński de Cracóvia e pelo dr. Jacek Kucharczyk - sociólogo do Instytut Spraw Publicznych. Abaixo as notas conferidas por eles para cada candidato:

Bronisław Komorowski / Jarosław Kaczyński
Jarosław Flis: 33 - 54
Rafał Ohme: 16 - 33
Tomasz Olczyk: 41 - 43
Jacek Kucharczyk: 83 - 44

Também deram notas pelo comportamento dos candidatos durante o debate um grupo de jornalistas formado por Ewa Milewicz do jornal Gazeta Wyborcza, Maciej Gdula da revista Krytyka Polityczna e Piotr Śmiłowicz da Revista Newsweek Polska. A soma das notas dos 3 jornalistas apresentou o seguinte resultado:

Piotr Śmiłowicz - Ewa Milewicz - Maciej Gdula - Total dos três

Jarosław Kaczyński: 54 - 63 - 58 - 175
Bronisław Komorowski: 56 - 66 - 49 - 171