"Sem anestesia" - tal foi o título do artigo publicado esta quarta-feira no jornal moscovita "Niezawisimaja Gazieta" sobre a apresentação oficial na Rússia do filme "Katyń" de Andrzej Wajda (andjei váida), que aconteceu ontem no Domu Kina de Moscou.
Outros jornais russos também reservaram espaços para comentários do drama apresentado por Wajda em seu filme que perdeu o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro de 2008. "Katyń sem testemunho" foi o título do jornal "Kommiersant". E Comenta: "Wajda não se propõe a ser nem juiz, nem promotor, tampouco defensor".
O "Niezawisimaja Gazieta" não tem certeza de que o filme de Wajda vá encopntrar distribuidores na Rússia, pois estes não estariam convencidos de que o público russo esteja pronto para discutir o tema do assassinato em massa dos oficiais polacos durante a segunda guerra mundial. O "Niezawisimaja Gazieta" recomenda que "Katyń é um filme sobre mentira", "Esta mentira joga um grande papel na obra do cineasta polaco. A mentira é forte, a defesa fraca. Estas armas são necessárias então, quando é preciso conter fortemente e fazer deles um rebanho de animais desamparados que esperam pela morte" publica o jornal.
Mais adiante, no artigo, comenta-se que Andrzej Wajda não é apenas um dos grandes diretores do cinema mundial. "Ele também é um dos poucos que explora seu talento não só para auto-expressão, mas igualmente como escalpo para corte das supurações das feridas. E faz isso sem anestesia". Para o articulista "não há lugar para russofobia" no filme de Wajda. "Se há alguém que possa estar ofendido pelo diretor, este alguém só pode ser sua própria família."
Já o outro jornal "Kommiersant" assinala que a première moscovita acontece um mês após ter sido apresentado em Berlim com a presença da chanceler alemã Angela Merkel. "Kommiersant" afirma que "o filme tem na Rússia grandes opositores políticos, embora oficialmente se diga que se trata de defender o stalinismo". O jornal alerta que "esta Polônia na qual viveu e escreveu Wajda não foi um país livre. Por isso ele deveria também ter dito isto. Contudo sua história não foi em vão. Evidentemente que lá também houve um campo de concentração socialista, aprender a ver a história em tons de preto e branco, deixa a cores a política a partir da cultura."
Berlim, Moscou e no intervalo Los Angeles. Mas Hollywood preferiu um filme austríaco. O que é que se pode discutir? Nada! Mas que a Academia de Cinema de Hollywood perdeu uma grande oportunidade de contribuir para esclarecer a verdade histórica, isto perdeu. Como um "aliado" da nação polaca na segunda guerra mundial e que passou todo o período da guerra fria compactuando com o inimigo (russos) à respeito da mentira sobre Katyń, os Estados Unidos preferem mirar o próprio umbigo a reconhecer, que mesmo quando admite que foi derrotado pelos vietnamitas nas telas de Hollywood, que o cinema que distribuem para o mundo nada mais é do que ficção. A verdade não passeia na famosa calçada do Cine Chinês de Los Angeles, onde são ungidas as estrelas da sétima arte. Os Estados Unidos estão perdendo a grande chance de dizer ao mundo que realmente não sabiam sobre os 40 mil oficiais mortos pelo exército soviético na floresta da pequena cidade russa de Katyń. O filme ainda não tem um distribuidor para os cinemas americanos e também ainda não encontrou distribuidores russos, pois estes não estão certos de que a Rússia verá o filme do polaco Wajda. O que dizer do Brasil?
Outros jornais russos também reservaram espaços para comentários do drama apresentado por Wajda em seu filme que perdeu o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro de 2008. "Katyń sem testemunho" foi o título do jornal "Kommiersant". E Comenta: "Wajda não se propõe a ser nem juiz, nem promotor, tampouco defensor".
O "Niezawisimaja Gazieta" não tem certeza de que o filme de Wajda vá encopntrar distribuidores na Rússia, pois estes não estariam convencidos de que o público russo esteja pronto para discutir o tema do assassinato em massa dos oficiais polacos durante a segunda guerra mundial. O "Niezawisimaja Gazieta" recomenda que "Katyń é um filme sobre mentira", "Esta mentira joga um grande papel na obra do cineasta polaco. A mentira é forte, a defesa fraca. Estas armas são necessárias então, quando é preciso conter fortemente e fazer deles um rebanho de animais desamparados que esperam pela morte" publica o jornal.
Mais adiante, no artigo, comenta-se que Andrzej Wajda não é apenas um dos grandes diretores do cinema mundial. "Ele também é um dos poucos que explora seu talento não só para auto-expressão, mas igualmente como escalpo para corte das supurações das feridas. E faz isso sem anestesia". Para o articulista "não há lugar para russofobia" no filme de Wajda. "Se há alguém que possa estar ofendido pelo diretor, este alguém só pode ser sua própria família."
Já o outro jornal "Kommiersant" assinala que a première moscovita acontece um mês após ter sido apresentado em Berlim com a presença da chanceler alemã Angela Merkel. "Kommiersant" afirma que "o filme tem na Rússia grandes opositores políticos, embora oficialmente se diga que se trata de defender o stalinismo". O jornal alerta que "esta Polônia na qual viveu e escreveu Wajda não foi um país livre. Por isso ele deveria também ter dito isto. Contudo sua história não foi em vão. Evidentemente que lá também houve um campo de concentração socialista, aprender a ver a história em tons de preto e branco, deixa a cores a política a partir da cultura."
Berlim, Moscou e no intervalo Los Angeles. Mas Hollywood preferiu um filme austríaco. O que é que se pode discutir? Nada! Mas que a Academia de Cinema de Hollywood perdeu uma grande oportunidade de contribuir para esclarecer a verdade histórica, isto perdeu. Como um "aliado" da nação polaca na segunda guerra mundial e que passou todo o período da guerra fria compactuando com o inimigo (russos) à respeito da mentira sobre Katyń, os Estados Unidos preferem mirar o próprio umbigo a reconhecer, que mesmo quando admite que foi derrotado pelos vietnamitas nas telas de Hollywood, que o cinema que distribuem para o mundo nada mais é do que ficção. A verdade não passeia na famosa calçada do Cine Chinês de Los Angeles, onde são ungidas as estrelas da sétima arte. Os Estados Unidos estão perdendo a grande chance de dizer ao mundo que realmente não sabiam sobre os 40 mil oficiais mortos pelo exército soviético na floresta da pequena cidade russa de Katyń. O filme ainda não tem um distribuidor para os cinemas americanos e também ainda não encontrou distribuidores russos, pois estes não estão certos de que a Rússia verá o filme do polaco Wajda. O que dizer do Brasil?