quarta-feira, 3 de outubro de 2007

O polêmico Bartoszewski

Políticos de vários partidos se dividiram esta semana à respeito das declarações do professor Władysław Bartoszewski (vuadissuaf bartochevisqui) ex-ministro de relações exteriores da Polônia e ex-prisioneiro de Auschwitz feitas, no sábado passado, na convenção do partido PO – Platforma Obywateslka (platforma obivatelsca – plataforma da cidadania), em Cracóvia. Alguns concordaram e outros partiram para a retaliação de forma grosseira. Para estes, a gestão de Bartoszewski como ministro das relações exteriores foi um desastre e, portanto, ele não teria moral para fazer este tipo de declaração. Para os defensores, por outro lado, o ex-prisioneiro de Auschwitz é uma das últimas reservas morais da nação. O ex-ministro afirmou que existem pessoas que “querem ver morrer no país a liberdade e a estabilidade”. Para ele “o governo da Polônia é administrado por pessoas sem competência, e que o funcionamento dos partidos também é de incompetência diplomática”. Bartoszewski declarou que a Polônia precisa de governo, e não de desgoverno. “São necessárias pessoas de respeito, respeitadas por outras pessoas e não gente com ódio cada vez mais crescente”. Por fim, o ex-prisioneiro dos alemão-nazistas apelou para que os políticos de seu país não frustrem a crença na Política. Bartoszewski foi ministro das relações exteriores por duas vezes. A primeira, em 1995, e a segunda entre 2000 e 2001. Entre 1997 e 2001, ele foi Senador da República.

Kwaśniewski é o preferido

Foto: Jacek Turczyk
Com vistas às próximas eleições parlamentares antecipadas, a televisão polaca promoveu, nesta segunda-feira, um debate entre o primeiro ministro Jarosław Kaczyński (iarossuaf catchinhsqui) e o ex-presidente da República Aleksander Kwaśniewski (aleqssander qvachnievsqui). Segundo a empresa de pesquisa TNS OBOP, o ex-presidente foi melhor no debate.
Para 40% dos telespectadores, Aleksander Kwaśniewski foi o que mais convenceu com seus argumentos. Para 28%, Kaczyński foi o mais convincente. Para o jornal "Dziennik", que encomendou a pesquisa, Kwaśniewski agradou mais ao público jovem, entre 18 e 29 anos (44%) e às pessoas com diploma superior (44%). O Premier teve maiores simpatizantes entre as pessoas de 30 a 39 anos e acima dos 60. A sondagem foi realizada por telefone e ouviu 800 pessoas adultas.
Os percentuais evidenciam que as pessoas, que já eram adultas durante o Comunismo preferem a política conservadora dos gêmeos Kaczyński, enquanto aqueles que nasceram no final e início do Capitalismo, preferem as idéias mais à esquerda de Kwaśniewski.