quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Arquivo de Jasło guarda fotos do Paraná

Na estrada de ferro Curitiba Paranaguá em 1937. Foto de Wojciech Breowicz
"... 50 mil pessoas saíram das terras às margens dos rios Vístula, Warta, Odra e Bug e das terras dos velhos Piast de Opole, Wrocław e Gniezno.
Entre estes polacos estavam Florestan Rozwadowski, major da Guarda do Imperador Dom Pedro II;  o engenheiro Alexander Brodawski, pesquisador da Amazônia; o engenheiro Artur Sadowski, construtor de ferrovias; o engenheiro Babiński, naturalista, explorador e autor do primeiro mapa geológico do Brasil; e Dr. Maciej Piechnik, o primeiro médico polaco em Curitiba.

Salto Visconde do Rio Branco - Paraná / Foto de Wojciech Breowicz
E assim, em 1871, as primeiras famílias de polacos se estabeleceram no Paraná. em lotes coloniais que lhes foram concedidos em Curitiba.
Dentro de alguns anos, capital do Paraná foi cercado por uma grinalda de colônias polacas , recebendo o nome de Nova Polonia, "a terra bonita e hospitaleira paranaense levou milhares de emigrantes polacos da Polônia ocupada pelos prussos e da escravidão imperial austríaca."
A educação polaca foi se desenvolvendo em conjunto com a emigração. O primeiro professor em Curitiba que levou a luz do conhecimento entre crianças brasileiras e polacas foi Jerônimo Durski, autor da primeira cartilha Polaca - Português. Companheiros de Durski no ensino, logo depois, foram os professores: Arnold, Rokosz e os irmãos Grabowski e Krakowski.

O prof. Wojciech Breowicz e seus alunos, em Teresina, em Ivaí, Paraná, em 1935.
Um dos professores nas colônias de Abranches e Lamenha foi Jan Falarz, emigrante de Biecz, um amigo da juventude e com profundos princípios democráticos, mente sóbria e coração aberto, que gozava de grande prestígio junto à seus muitos alunos e sociedade curitibana.
No campo do ensino superior, especialmente na Universidade do Paraná, ensinavam o Professor Dr. Juliusz Szymański, Dr. Simon Kosobudzki e Dr. Gabriel Nowicki (todos  fundadores da Universidade Paraná - atual UFPR).
Entre os romancistas estavam os professores das escolas polaco-brasileiras, os novelistas: Władysław Hryńcz, Władysław Radomski, Michał Sekuła, Jan Krawczyk, Wojciech Breowicz, Jadwiga Legacka, Jerzy Kossowski. 
Camponeses polacos provenientes de Gorlice, Biecz e Jasło provaram ser extremamente valiosos, prósperos e independentes. Logo eles começaram a colonizar os municípios adjacentes.
"No Brasil, eles estavam progredindo forte e corajosamente, como se o desafio de assustar as cobras e tigres fosse fácil. Os tigres e cobras não eram mortos com fuzis, mas com foices e machados, pois estes não concordavam com quem lhes oferecia cabanas. Tiravam o couro das mãos, mas faziam isso com satisfação, com a lua passando por cima da floresta, derrubavam pinheiros para construir suas casas, os primeiros moinhos, serrarias, forjas. Eram carpinteiros e tudo o que era necessário de sua cultura para sobreviver, eles faziam."

P.S. Tradução livre da página inicial do site da Biblioteca Pública Municipal de Jasło e de Szebnie. As fotos fazem parte do acervo da Biblioteca.