terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Ano Novo: A maior festa da Polônia

Quase 200 mil pessoas festejaram as últimas horas do ano e a entrada de 2008 na praça central de Cracóvia segundo os organizadores da noite "Sylwestrowa Moc Przebojów" . Foi sem dúvida a festa mais concorrida na Polônia, pois na capital Varsóvia apenas 20 mil pessoas foram para a frente do Palácio da Cultura e 10 mil no Rynek de Poznań para fazer a contagem regressiva para o Ano Novo (as maiores cidades do país).
No palco montado em frente a Sukiennice (edificio do antigo mercado de tecidos) se apresentaram das 20.30 a 01:10 da madrugada os cantores internacionais Shakin Stevens, Boney M e Lou Bega junto aos polacos Czerwnony Gitary, Edyta Górniak, Budka Suflera, Urszula, Justyna Steczkowska, Golec Orkiestra, Beata Kozidrak e o grupo Bajm. Rynek (mercado) de Cracóvia é a maior praça medieval da Europa com seus mais de 200 m de cumprimento e 4 hectares de área. Quando era passado 23.59 minutos de 31 de dezembro, os milhares de polacos, comandados por apresentadores da TV Polsat e do inglês Shakin Stevens contaram os últimos 8 segundos para a zero hora de 2008 e logo em seguida espoucaram garrafas de champanhe, misturando á fina neve que caía uma verdadeira chuva da bebida. Logo os desejos de feliz Ano Novo do prefeito da cidade Jacek Majchrowski começou na praça Praça Szczepańska a poucos metros do Rynek um festival de fogos de artíficios iluminando a noite fria de Cracóvia. Segundo comunicado da polícia as últimas horas do ano velho e primeiras do Ano Novo transcorreram sem incidentes em Cracóvia e toda a província da Małopolska.
Mas o Ano Novo não foi comemorado apenas na praça central de Cracóvia, mas por todas as cidades do país, pois enquanto o Natal se celebra em família, no aconhego de casa, a Festa de São Silvestre se celebra nas ruas com todos os amigos e compatriotas.
A pop-estar Doda foi cantar para os 5 mil polacos do Rynek de Wrocław.

Dziwisz: Acreditar na conquista da liberdade

Foto: Mateusz Skwarczek / AG
O cardeal metropolitano de Cracóvia Stanisław Dziwisz, em homília, nesta manhã de primeiro de janeiro de 2008, no Santuário Bożego Miłosierdzia no bairro de Łagiewniki, apelou aos polacos que no Ano Novo estejam mais próximo do ser humano, porque isto nos faz livres.
"Nie bójmy się Nowego Roku! Z nadzieją stawiajmy zdecydowane kroki" (Não temamos o Ano Novo! Com esperança levantemos com passo decidido), afirmou Dziwisz.
Durante a missa em intenção da Igreja, da Pátria e da Paz no mundo o cardeal cracoviano falou sobre a solidão. Para ele o problema de se estar só pode tocar a todos, principalmente os idodos e enfermos. Mas também está presente no casamento e no desentendimento doméstico. Dziwisz sublinhou que não se pode fiar apenas na consciência de que se está entre os outros. É preciso estar atentos também aos demais que nos rodeiam. Muitas vezes as pessoas não estão sozinhas porque são solitárias, não porque Deus está longe, mas porque o que falta é humanidade. "No ano novo devemos estar mais perto do ser humano que existe no outro que encontramos na estrada de nossas vidas" repetiu o ex-secretário particular do Papa João Paulo II e sucessor deste no arcebispado de Cracóvia. Dziwisz recordou ainda que em novembro de 1918, depois de 123 anos sem liberdade, foram ditas as palavras: "Estamos livres!". E perguntou aos fiéis: "Hoje somos felizes porque a Polônia é livre, ou porque os polacos continuaram trabalhando para serem livres?"