quinta-feira, 5 de abril de 2012

As páscoas dos católicos eslavos


A Polônia é uma ilha da Igreja Católica Apostólica Romana na Europa Central. Rodeada por protestantes a Norte, Oeste, Sul e ortodoxos a Sudeste, Leste e Nordeste, a Polônia tem nas comemorações da Páscoa, o ponto alto de sua religiosidade.
Seus vizinhos, em sua maioria católicos ortodoxos comemoram a Páscoa de acordo com o calendário juliano. Assim, a páscoa dos ortodoxos acontece em média 13 dias após a dos católicos romanos.
Na Rússia, Ucrânia e Belarus, a maioria das pessoas é ortodoxa e uma minoria romana. Portanto, podemos dizer que comemoramos Páscoa duas vezes – com o calendário da Igreja Católica e da Igreja Ortodoxa. Às vezes os dias da Páscoa coincidem, então todos comemoram junto os feriado, embora de formas diferentes.

A Grande quaresma dos ortodoxos é mais longa e mais severa. É proibido comer carne dura quaresma inteira. Durante quaresma ortodoxa não comem, não só carne, mas também peixe e lacticínios. Para os católicos é permitido comer todos os alimentos, exceto a carne. A Igreja Católica é necessário fazer o jejum na Quarta Feira de Cinzas, Sexta Feira Santa e o Sábado Santo. Nestes dias não se pode comer carne e lacticínios. Nos outros dias de quaresma não pode se comer carne, mas os lacticínios e ovos são permitidos. Este “alívio” do jejum dos católicos entrou em vigor após o Concílio Vaticano II (1962-65 GG.).
Mas a quaresma não é apenas a abstinência de alimentos. É o remorso da tristeza. Negação de todos os prazeres. E é muito mais do que apenas não comer a vontade. Assim dizem qualquer sacerdote, sejam católicas ou ortodoxas.

A diferença nas datas.
No alvorecer do cristianismo, a Páscoa dos cristãos e a Páscoa dos judeus foram celebradas no mesmo dia. Mas a partir do século 2 dC, os cristãos começaram a comemorar o feriado em outro dia. A razão para isto foi que “os judeus rejeitaram Jesus como seu Salvador” (assim o bispo de Roma Sisto foi citado por historiadores). Por sua iniciativa, a data da Páscoa cristã foi adiada para outro dia, que não coincide com a Páscoa dos judeus. Mas dentro da igreja cristã houve desacordo quanto a uma data única.
A questão do dia da comemoração foi estabelecida no ano 325. Neste dia o Primeiro Concílio Ecumênico aconteceu. E foi decidido a celebração da Páscoa Cristã no primeiro domingo após a primeira lua cheia que ocorre depois do equinócio vernal. No ano 325 o equinócio de primavera caiu no dia 21 de março do Calendário Juliano. Até ao final do século 16 o equinócio vernal tinha mudado há 10 dias para trás. Isso aconteceu devido ao fato de que o Calendário Juliano baseia-se na energia solar e sistema de referência lunar, por isso o ano de calendário fica mais comprido do que o ano astronômico em 11 minutos e 14 segundos. A Igreja Ortodoxa até hoje usa o Calendário Juliano.
A Igreja Católica em 1582 introduziu o Calendário Gregoriano, de acordo com qual a data da Páscoa pode ser calculada apenas sobre o calculo do sistema solar. E como resultado da reforma em ano 1582 o equinócio caiu novamente no dia 21 de março. A partir deste momento a data da Páscoa ortodoxa ficou diferente da católica.
Por que a Igreja Ortodoxa não se mudou também para o Calendário Gregoriano? De acordo com os cânones da Igreja Ortodoxa a Páscoa deve ser comemorada sem falhar após a Páscoa judaica. Porque o Senhor ressuscitou no primeiro domingo depois da Páscoa. E se nós seguimos o Calendário Gregoriano, a Páscoa cristã, por vezes, coincide com a Páscoa dos judeus, mas às vezes acontece antes. Por exemplo, das 1851 as 1951 a data da Páscoa católica caiu antes da judaica 15 vezes!
A Páscoa católica normalmente acontece em uma ou duas semanas antes da ortodoxa. Três vezes em 19 anos a Páscoa dos dois coincide.

Missa

O Fogo Pascal durante celebração ascendem nas Igrejas tanto Católicas quanto Ortodoxa. Na Grécia e em algumas cidades russas, as pessoas estão esperando pelo Fogo Sagrado da Igreja do Santo Sepulcro. Quando o fogo vem, os sacerdotes dispersam-na sobre todos os templos da cidade. Os fiéis acendem suas velas com este fogo, durante missa mantêm este fogo e depois levam para casa, tentando mante lo durante todo o ano até Páscoa seguinte.
Na Igreja Católica antes da missa acendem uma vela especial de Páscoa – Pascal. As suas chamas serão entregues a todos os paroquianos. Durante toda a semana da Páscoa nas igrejas católicas acendem os Pascais.
Procissão religiosa na Páscoa é feito tanta por católicos quanto por ortodoxos. Apenas a procissão ortodoxa começa antes da liturgia. Todos os fiéis se reúnem na igreja e de lá começam a procissão. Após a procissão acontece a Missa da Manhã. Os católicos também fazem a procissão. Mas não antes da missa, sempre após.
Ceia de Páscoa no dia da Páscoa começa com Pão Abençoado antes de qualquer outra comida. A quebra do jejum com ovos pintados, alimentos à base de carne e laticínios, começa após a festiva Divina Liturgia na véspera da Páscoa. Para aqueles que por alguma razão não puderem vir à igreja, o horário da quebra de jejum é após a meia noite. Na mesa de festa da Páscoa contém todos os itens necessários para a celebração – Pães Abençoados, Panetones e ovos pintados. Os ovos pintados são servidos num prato de volta os brotos verdes de trigo. Doze ovos pintados representam o número de apóstolos de Cristo, e no centro está um ovo sem pintura, dedicado a Cristo.
Após da liturgia e nos próximos dias os ortodoxos e católicos cumprimentam um a outro “Cristo Ressuscitou!” e a resposta é “Ressuscitou de Verdade!” Claro, isto não são todas as diferenças entre a Páscoa ortodoxa e católica. Você pode encontrar muito mais. Mas, então, seria necessário um estudo científico.