"Queremos continuar amigos dos Estados Unidos, mas não vassalos", afirmou Roman Giertych (guiertirrh), do Partido Liga da Família Polaca - LPR, criticando o envio de tropas polacas para o Afeganistão e Iraque. O ex-ministro da educação culpa o Presidente Lech Kaczyński (lérrh catchinhsqui)e o ex-presidente Aleksander Kwasniewski (kvachnievsqui) pelas mortes de soldados e o estado crítico do embaixador vítima de explosão de bombas esta semana em ruas de Bagdá. Segundo Giertych "a Polônia foi enviada para uma guerra ilegal no Iraque. E o que foi que o país ganhou com isso?" Ele se perguntou neste sábado, na convenção de seu partido na cidade de Lubartów. O LPR é o partido mais à direita do atual espectro político da Polônia e forma junto com o Samobrona (Autodefesa), do líder Andrej Lepper e o PiS (Lei e Justiça) dos gêmeos, os partidos mais conservadores desta campanha eleitoral. Pesquisa de opinião encomendada pela revista "Wprost" prevê que o partido dos gêmeos Kaczyński farão 41% dos assentos do parlamento, seguidos pelo oposicionista PO - Partido da Cidadania com 32% e a LPR - Liga da Família Polaca com 16%. As eleições parlamentares entram na semana decisiva, com debates entre estrelas da política, convenções partidárias e comícios em várias cidades da Polônia. No Brasil, polacos e descendentes que conseguiram a cidadania, poderão de posse do passaporte polaco votar nos consulados da Polônia de Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro e Brasilia.
sábado, 6 de outubro de 2007
Mina de Wielicka: primeira maravilha da Polônia
Capela de Santa Kinga
Foram recepcionados nesta capela as maiores personalidades da história mundial, desde Nicolau Copérnico, Konrad Celtes, Joachim Rhetyka, tsar Aleksander I, imperador Francisco I, Johann Wolfgang Goethe, Fryderyk Chopin, Henryk Sienkiewicz e outros contemporâneos.
Entre as 7 maravilhas da Polônia apontadas pelos leitores do jornal "Rzeczpospolita", a mina de sal „Wieliczka” conquistou o primeiro lugar. E isto não só pela sua beleza, mas por sua longa e inigualável história. Entre o século 13 a 1772 ela era chamada de Mina de Sal de Cracóvia. Mas ela é muito mais antiga, pois o sal encontrado no subsolo da cidade é do período miocenio. Depois disso com a ocupação austríaca, passou a ser chamada de simplemente de Wielicka, em função também de fazer parte do munícipio de Wielicka. Durante séculos, ela foi explorada comercialmente. O sal utilizado desde sempre na Polônia, ao contrário do Brasil, onde o sal é marinho (Salinas de Cabo Frio e Mossoró), foi o das minas subterrâneas. O sal de Wielicka, em determinado momento chegou a ser cotado em 1 kg de ouro, ou seja, o valor para um quilo de sal era equivalente a um quilo de ouro. O documento mais antigo a se referir a mina é do ano 1044, durante o reinado de Kazimierz I (kajimiéj - casimiro) quando foi escrito "magnum sal Wieliczka", em latim. Em 1951, a mina foi transformada no Museu Mineiro de Cracóvia. O governo da Polônia baixou um decreto, transformando a antiga mina comercial em atração turística, em 1976. Dois após, em 1978, ela foi inscrita pela UNESCO como Patrimônio Cultural da Humanidade. Em 1989, a mina de sal de "Wieliczka" entrou para a lista de patrimônio ameaçado. Mas anos após, com muito esforço foi retirada da Lista. Ela é a única mina de sal explorada ininterruptamente desde a idade média até os dias de hoje. A mina possui 9 níveis, dos quais, o primeiro "Bono" está a 64 metros de profunidade e o mais profundo a 327 metros da superfície. São aproximadamente 3 mil espaços, entre corredores, cavernas, lagos e galerias com quase 300 km de extensão. Nestes espaços se desenvolveu um microclima único, com uma temperatura média entre 9 e 12°C, pressão atmosférica constante, ionização, alta concentração no ar de manganês, magnézio e calcário. Fazendo de suas galerias, um local excelente para reabilitação de pessoas com enferminades, principalmente respiratórias. No ano de 2006, a rota turística da Mina recebeu a visita de 1 milhão 65 mil e 857 turistas, sendo 58% composto por estrangeiros. Britânicos com mais de 57 mil e alemães com mais de 50 mil foram os dois maiores grupos de visitantes.Os turistas em quase duas horas de passeio percorrem menos de 10 por cento da mina. Num percurso de 3 km, visitam 20 galerias da profundidade de 64 até 135 metros abaixo da superfície da terra, atingindo apenas os níveis 1, 2 e 3. Nestas galerias estão expostas uma série de obras artísticas (estátuas, objetos e etc) feitas pelos próprios mineiros e por reconhecidos escultores. A Capela de Santa Kinga (Conegunda) é a maior galeria (caverna) da Mina. Está a 101 metros de profundidade e tem 54 m de comprimento, por 18 de largura e 12 m de altura. Tudo ali é feito de sal... Altar, quadros (Santa Ceia, A fuga da Sagrada Família para o Egito) estátuas (Santa Conegunda, Cristo, João Paulo II e Santa Bárbara) até os lustres (apenas as lâmpadas não são de Sal) A Capela é palco de missas e atos oficiais e até de gravações de discos de orquestras e concertos com Blackmore's Night e Nigel Kennedy. O ingresso individual custa 60 złotych (algo em torno de 45 reais) e a visita só pode ser feita com o acompanhamento de um guia, pois a possibilidade de alguém se perder pelos labiritos é muito grande. Infelizmente os guias falam apenas em polaco, inglês, alemão e francês. Assim, turistas brasileiros, espanhóis, italianos e de outras línguas têm que se servir de intérpretes dos guias.
Descendentes e trabalhadores polacos no Mundo
A partir de primeiro de novembro, Luxemburgo abrirá seu mercado de trabalho para os polacos. O pequeno país da União Européia, mas nem por isso pobre (ao contrário um dos mais ricos da UE), será o sétimo país a abrir suas portas para os trabalhadores dos dez países incorporados à UE em primeiro de maio de 2004. As restrições que cairão não vão atingir os cidadãos de Malta e Chipre. Desde a entrada dos 10, apenas Grã-Bretanha, Irlanda e Suécia não colocaram barreiras aos trabalhadores polacos. Finlândia, Espanha, Portugal e Grécia levaram dois anos para abrir seu mercado de trabalho aos polacos e assim mesmo, não completamente. Itália fez isto em junho de 2006, a Holanda em maio de 2007. Áustria, Bélgica, Dinamarca, França e Alemanha, fizeram uma abertura setorizada. Assim em algumas áreas ainda permanecem as restrições à ampla liberdade de trabalho aos 10 novos países. Há pouco tempo, o governo alemão sinalizou que abriria estes setores apenas aos trabalhadores qualificados.
Emigrantes polacos nos Estados Unidos do século 19PAÍS DE EMIGRANTES
A Polônia sempre foi um país de emigrantes. O governo acredita que entre 14 a 17 milhões de polacos vivam no exterior. As cifras, no entanto, não são precisas, pois aparentemente não distinguem polacos nascidos na Polônia de descendentes de polacos nascidos no exterior. É o caso do Brasil, por exemplo, em que a surrada cifra de 1 milhão e meio de polacos é assumida pelo governo polaco. E como sabemos este número mágico não tem sustentação em nenhuma estatística confíável. Baseia-se mais no "chutômetro", do que num estudo sério sobre a etnia no Brasil. Na minha tese de doutorado aqui em Cracóvia, analiso, polemizo e coloco sob suspeição esta cifra. Pelos minhas pesquisas e estudos, muito provavelmente a etnia polaca no Brasil já ultrapassou os 3,5 millhões de brasileiros e polacos.
Colônia de polacos na Sibéria (Rússia)
Seja como for, estes são os números que o governo da Polônia tem sobre seus cidadãos (talvez fosse melhor dizer representantes da etnia) no mundo: Estados Unidos tem entre 6 a 10 milhões de polacos; Alemanha, cerca de 1,5 milhão; Brasil, ao redor de 1,5 milhão, França, quase 1 milhão; Canadá, perto de 600 mil; Bielorrússia, entre 400 mil e 1 milhão; Ucrânia, entre 300 e 500 mil; Lituânia, entre 250 e 300 mil; Grã-Bretanha, cerca de 150 mil; Australia, entre 130 e 180 mil; Argentina, entre 100 e 170 mil; Rússia, cerca de 100 mil; Tcheca, entre 70 e 100 mil; e Cazaquistão, entre 60 e 100 mil (o governo desse país admite que são 1,5 milhão, os polacos ali). Mas, o próprio informe do governo, admite a dificuldade da confirmação destas estatísticas, ao mesmo tempo em que reconhece que estes números seriam cerca de 40% da população atual da Polônia, que beira os 40 milhões de habitantes. Grande parte destes "polskiego pochodzenia" são originários das grandes massas de emigrantes antes da primeira guerra mundial. Calcula-se que depois da II Guerra Mundial, entre 1956 e 1980 emigraram para os Estados Unidos e outros países ocidentais cerca de 800 mil polacos e com a queda do comunismo aproximadamente 270 mil polacos deixaram o país.
Casamento polaco, na colônia Cruz Machado (Paraná) em 1915Estas "estimativas oficiais" se chocam com números recentes publicados diariamente na imprensa que apontam quase 2 milhões de trabalhadores polacos na Alemanha, meio milhão na Inglaterra e 300 mil na Irlanda, ou seja, somando estes números dá uma diferença de pelo menos 1 milhão e 150 mil polacos a mais fora da Polônia. E colocaria a nação com aproximadamente 60 milhões de indíviduos em todo o mundo. Uma cifra respeitável entre os países da Europa e do Mundo.
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