segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Inauguração de Cristo na Polônia

Com a presença de mais de 15 mil turistas, foi inaugurada neste domingo, na pequena cidade de Świebodzin (pronuncia-se Chiwiébodjin), na Polônia, a maior estátua de Jesus Cristo, em todo o mundo. Com 33 metros de altura (correspondendo a idade de Cristo na Terra) e 450 toneladas de fibra e gesso, a estátua está sobre promontório artificial de 16 metros de altura. Sobre a cabeça de Cristo a coroa dourada tem 3 metros de altura.
"Cristo Rei vai saudar as pessoas que visitam a Polônia católica", disse o padre Sylwester Zawadzki, de 78 anos, falando de sua criação, erguida sobre um monte artificial de 16 metros. "O monumento foi erguido para cumprir uma missão religiosa, e não como atração."

A estátua na Polônia é três metros mais alta que o Cristo Redentor do Rio de Janeiro.

Este Polaco vai ganhar mais uma


Polaco de três costados (sou Leminski, Minatowski e Amoscowski), pessoalmente nunca sofri preconceito pela minha origem étnica. Claro que isto não significa que eu não o tenha presenciado durante toda minha infância e adolescência em diversas ocasiões, às vezes velado, em outras nem tanto. “Polaco da nhãnhã”, “Polaco é preto do avesso”, eram expressões corriqueiras na vizinhança onde me criei em Curitiba.
Óbvio que no meu caso pessoal, o que ajudou a não sofrer preconceito foi o fato de carregar apenas os sobrenomes portugueses Domingues da Silva. Embora sempre que me indagavam sobre a origem dos olhos claros eu respondia que eram herança dos meus avós poloneses. Isso até conhecer o Ulisses Iarochinski e a sua “saga de polaco”, evidentemente.
Convivo com o Iarochinski há mais de 30 anos e nesse tempo todo acompanhei suas batalhas, algumas consideradas por muitos até causas perdidas. Como sua luta para mudar o nome do Teatro da Classe para José Maria Santos, em homenagem ao grande ator e diretor curitibano. Ulisses enfrentou, e venceu, boa parte do segmento teatral da cidade contrário à ideia.
Agora, com seu livro “Polaco”, resultado da dissertação de mestrado em Cultura Internacional, realizado em Cracóvia, na Polônia, ele vai para um novo enfrentamento, talvez um dos maiores de sua vida.
Para defender, cientificamente, a tese de que o correto é “polaco” e não “polonês” para definir as pessoas originárias da Polônia, Iarochinski não mede esforços e não teme confrontar ninguém. Ao explicar as origens do preconceito associado à expressão “polaco” ou “polaca”, Ulisses bate de frente, entre outros, com judeus, com tradicionais famílias curitibanas e até mesmo com “entidades intelectuais” da capital paranaense como o falecido crítico literário Wilson Martins.
“Puxando a sardinha para o nosso lado”, não tenho dúvidas de que o polaco vai ganhar mais uma!

Antonio Carlos Domingues – jornalista / produtor cultural.

A banca de professores examinadores, composta por três dos mais renomados professores universitários da Polônia, Prof. dr hab. Tadeusz Paleczny (orientador), Prof. dr hab. Andrzej Pankowicz e o Prof. dr hab. Jerzy Brzozowski, não hesitou em dar nota máxima ao texto e a defesa do mestrado de Ulisses Iarochinski, que nos apresenta neste dia 24, quarta-feira, às 19:30 horas, no Centro Paranaense Feminino de Cultura, na rua Visconde do Rio Branco, nº. 1717 (em frente o Hotel Duomo), como o livro "Polaco - Identidade Cultural do Brasileiro descendente de imigrantes da Polônia".