terça-feira, 22 de janeiro de 2008

"Katyń" mais perto do Oscar

"Katyń, Filme do cineasta polaco Andrzej Wajda (andjei vaida) cada vez mais perto do Oscar 2008", é o que diz a imprensa polaca sobre as nominações que foram anunciadas, hoje, em Los Angeles. O filme de Wajda que relata o maior assassinato em massa cometido pelos soviéticos contra os polacos na II Guerra Mundial, está na lista dos cinco "melhores filmes estrangeiros", concorrendo com o austríaco, ""Die Fälscher"" dirigido por Stefan Ruzowitzky; o israelita "Beaufort" de Joseph Cedar, o cazaqui "Mongol" de Sergei Bodrov; e o russo "12" de Nikita Michałkow. Enquanto o diretor russo já concorreu quatro vezes ao Oscar de melhor filme de língua não inglesa sem vitórias, o polaco já recebeu o Oscar honorífico pelo conjunto de sua obra, o qual Wajda doou, junto com a Palma de Ouro de Cannes, o Urso de Ouro de Berlim e o Leão de Ouro de Veneza à Universidade Jagiellonski de Cracóvia. .

Saudades da festa do futebol

A câmera era minha, mas o fótografo... que saberá?
Faltando 137 dias para i primeiro jogo da Eurocopa 2008, na Áustria e Suíça e esperando pelo credenciamento como jornalista pela UEFA-Union des associations européennes de football, voltam a memória os dias corridos da Copa do Mundo da Alemanha 2006, quando cruzei o pais de Norte a Sul, Leste Oeste, não só atrás da seleção brasileira, mas de um total de 15 jogos, inclusive a final de Berlim. Recordo aquela noite quente de comemorações de 4 de julho, quando a Itália venceu a dona da casa Alemanha e conquistou o direito de jogar a final e ser campeã, em Berlim, contra a França. Naquela noite quente, com as belas "oriundi" Daniela e Giussi, alemãs, filhas de italianos, dancei a "Tarantella" na praça da Estação de Trens de Hagen, a poucos quilômetros de Dortmund, local da batalha teuto-italiana. Fiquei hospedado em casas de amigos na cidade da famosa cantora de rock-in-roll alemã, Nina Hagen. Inclusive jantei várias vezes no restaurante de um amigo italiano, após os jogos, onde a cantora tinha comemorado com toda sua família seu último aniversário. No link a seguir http://www.ui.jor.br/report.htm está meu diário da Copa do Mundo. E no mapa abaixo, as cidades sedes da Eurocopa 2008 na Suíça e Áustria. Quem sabe não nos encontramos lá...

Crack não afeta Polônia


O jornal Rzeczpospolita, edição de Varsóvia, traz como manchete principal desta terça-feira, dia 22 de janeiro de 2008, "Crack no mercado de todo o mundo" e comenta que na Bolsa de Varsóvia o dia de ontem não foi diferente do ocorrido em outras capitais do planeta. Foram consideráveis as baixas nas ações na Bolsa de Varsóvia também, acompanhando a quebra asiática e européia. Seria o início de uma recessão? Pergunta o jornal polaco. A MFW acalma dizendo: "A Polônia não apresenta os mesmos resultados de recessão dos Estados Unidos." Embora ontem tenha sido o pior dia do mercado desde 2001. Os economistas polacos, entretranto, não estão alarmados. Segundo eles, a recessão além-oceano não deve contaminar a Polônia. O chefe da missão internacional "Funduszu Walutowego", Poul Thomsen , afirma que a Polônia não está no mesmo nível do mercado financeiro Norte-americano e como país faz parte da União Européia. "A crise nos EUA não atinge diretamente a Polônia".

O encontro com a ídola desconhecida

Não conferi no arquivo do blog e assim, não sei se já contei esta história aqui. Mas seja como for, tenha contado ou não, sempre que falamos a respeito de algo bom que se passou, encontramos palavras novas para descrever a emoção daqueles momentos bons. Por isso conto que no último dia antes de embarcar de volta a Curitiba, na minha primeira viagem a Polônia em 1995, fui até a loja em frente ao hotel e pedi ao balconista que me vendesse duas fitas dos dois melhores cantores do momento. O polaco então me deu a fita cassete de uma cantora e de um cantor.
Durante o intervalo de 5 anos até minha segunda visita a Polônia ouvi centenas de vezes aquelas duas únicas fitas de música polaca contemporânea que possuia.
Numa noite de 2000, no pátio do Colegium Maius (onde estudou Nicolau Copernico), em Cracóvia, fui surpreendido com um concerto maravilhoso de uma cantora desconhecida. No palco escuro, uma loira alta toda vestida de negro e iluminada apenas por um flash em seu rosto terminava de cantar com lágrimas nos olhos e soluços na voz. O flash se apagou, ela virou-se de costas para a platéia, os músicos começaram os acordes de uma nova canção. De repente a emoção das lágrimas vistas foi rapidamente trocada por um ritmo alegre. O flash de luz voltou a se acender, a cantora voltou-se para o público...sorria, sim ela gargalhava entre um verso e outro. Bastaram não mais que 2 segundos para que esta musa da canção polaca, talvez uma das mais completas artistas da música em todo o mundo, trocasse o choro pelo riso. Mas aquele timbre tinha algo mais do que beleza para mim e me era conhecido. A memória emocional lembrava que já tinha ouvido a voz daquela desconhecida. Mas como? Não importava, tinha que silenciar meus pensamentos, pois aquela maravilhosa loira já estava cantando outra música. Agora romântica, lânguida. "Impressionante", "Wspaniała", gritava eu em meio a salva de palmas muda daquela gente comportada. A colega brasileira ao lado me beslicava e sussurava, "Comporte-se! Não vê que o público não grita, só bate palmas". Desobecendo os conselhos eu segui gritando meus elogios inflamados. Tão altos, que acabei por atraiar a atenção da própria artista, que postada diante de mim, cantou o resto do espetáculo olhando diretamente pra mim. Ao final do concerto fui direto à porta do camarin improvisado pedir ao segurança que me deixasse entrar, pois eu tinha vindo de muito longe. Bastaram alguns instantes para que atrás de mim se formasse uma fila. Era aquela gente sisuda da platéia que desejava o mesmo, ou seja, ver a estrela, cumprimentá-la, falar com ela. Dei-me conta que não sabia falar o idioma polaco. "Que importa! Pensei." Diante dela, daquela simpatia, daquela beleza, rendi-me... e lembrei: "aquela mulher diante de mim era a voz que tinha ouvido nos últimos cinco anos. Sim, estava diante de Edyta Geppert, minha ídola polaca."
Aqui neste video ela canta: "Ohh Vida! Amo você na vida." Confiram e depois comentem se gostam também como eu, a amo... a vida e é claro... Edyta! Ah! Sim, a outra fita cassete de 1995 era do cantor Janusz Jackowski. Algum tempo atrás descobri que a mãe de meu bisavô, portanto minha trisavó (tataravó) era dessa família Jackowski... quem sabe Janusz não é meu primo também? E ele é um excelente jazzista no panorama musical polaco.
Para acompanhar Edyta cantando aí está a letra da música:

Och, życie kocham Cię nad życie
Canta: Edyta Geppert
Letra: Wojciech Młynarski
Música: Włodzimierz Korcz

Uparcie i skrycie
och życie kocham cię kocham cię
kocham cię nad życie
W każdą pogodę
potrafią dostrzec oczy moje młode
niebezpieczną twą urodę

Kocham cię życie
poznawać pragnę cię pragnę cię
pragnę cię w zachwycie
choć barwy ściemniasz
wierzę w światełko które rozprasza mrok

Wierzę w niezmienność
Nadziei nadziei
W światełko na mierzei
Co drogę wskaże we mgle
Nie zdradzi mnie
Nie opuści mnie

A ja szepnę skrycie
och życie kocham cię kocham cię
kocham cię nad życie
Choć barwy ściemniasz
Choć tej wędrówki mi nie uprzyjemniasz
Choć się marnie odwzajemniasz

Kocham cię życie
Kiedy sen kończy się kończy się
kończy się o świcie
A ja się rzucam
Z nadzieją nową na budzący się dzień

Chcę spotkać w tym dniu
Człowieka co czuje jak ja
Chcę powierzyć mu
Powierzyć mu swój niepokój
Chcę w jego wzroku
Dojrzeć to światełko które sprawi
Że on powie jak ja- jak ja

Uparcie i skrycie
och życie kocham cię kocham cię
kocham cię nad życie
Jem jabłko winne
I myślę ech ty życie łez mych winne
Nie zamienię cię na inne

Kocham cię życie
Poznawać pragnę cię pragnę cię
Pragnę cię w zachwycie
I spotkać człowieka
Który tak życie kocha
I tak jak ja
Nadzieję ma...