quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Rafał Stec: Europa se faz pequenininha

Dida, Cafú e Serginho - campeões da Europa (foto: Dylan Martinez)

O exótico e polêmico jornalista esportivo da Gazeta Wyborcza, Rafał Stec (rafau stetz) está bastante preocupado neste início de Copa dos Campeões (Champions League) com a América do Sul. Nas transmissões dos jogos pela Telewizja Polska Kanał 2, o jovem jornalista mostrou uma página do jornal italiano “Gazzetta Dello Sport” com um mapa do Brasil cheio de fotografias de jogadores brasileiros presentes no mais importante campeonato europeu de clubes. Na edição de hoje do Gazeta Wyborcza, Stec volta à carga num longo artigo. Conta histórias de argentinos e brasileiros que se naturalizaram, que falsificaram passaportes, que mudaram de nome e etc. Segundo Stec, o brasileiro chegou na Europa Eriberto e voltou pra casa Luciano.
Desfilando com sua peruca rastafari loira por todos os estádios da Europa, o jovem jornalista polaco, fez as contas e descobriu que apenas Glasgow, Rosenborg, Olympique Marselha e Steaua Bukareszt, não possuem jogadores sul-americanos. Clubes potentes da Itália como Milan, Inter e Roma "caíram no conto da genialidade artística dos jogadores do Amazonas". A Itália, que segundo Stec, sempre se revelou a terra dos maravilhosos grandes goleiros têm agora como titulares das três equipes citadas, Dida, Júlio Cesar e Doni. O Milan foi mais longe, tem nada menos do que 8 brasileiros. O CSKA de Moscou tem Daniel Carvalho e Vagner Love como seus atacantes. Em Istambul, o Fenerbahçe é uma colônia brasileira, isto para não falar em Portugal, onde os "Canarinhos" não são apenas importados, mas naturalizados.
Stec fez as contas e descobriu que os brasileiros são maioria na Champions com 95 jogadores. Depois dos brasileiros estão 62 franceses, 57 espanhóis, 54 italianos, 46 portugueses, 37 alemães, 36 turcos, 35 argentinos, 27 romenos, 23 tchecos e 22 servos. Stec só se esqueceu de contar quantos polacos estão no campeonato. Não citou os goleiros Dudek e Boruc, nem os atacantes Smolarek e Żurawski. Assim, quando é convidado especial nas transmissões da TV Polaca, o impetuoso jornalista levanta sua peruca rastafari loira para o alto (num coque como prima-dona que acaba de se levantar) e fica repetindo:
“Brazylijczyków”, “Brazylijczycy”, “Brazylia”.
Evidentemente que poucas vezes suas intervenções são para elogiar, mesmo quando Ronaldinho Gaúcho, Deco ou Alex10 (de Curitiba) dão espetáculo. Não teve comentário, por exemplo, para os espetaculares dribles que Alex10 deu na defesa italiana da Internazzionalle, antes de servir seu compatriota Deived, para este fazer o gol da vitória do Fenerbahçe.
P.S. Apesar de escrever bem, falta ao cabeludo Stec, conhecimento, humildade e às vezes até respeito. Mas sobra presunção e arrogância. Mas assim é o mundo dos polêmicos, não?

"Polacos! Voltem."

O Presidente Lech Kaczyński (lérrhh catchinhsqui) pediu para que os polacos, que foram trabalhar em outros países da União Européia, voltem para casa. Segundo o presidente, cerca de 1 (um) milhão e 200 mil polacos trabalham fora da Polônia. Kaczyński diz que não pode proibir ninguém de escolher o lugar de trabalhar e morar, mas tem o direito de querer a volta e que tudo fará para que esta gente retorne para casa. O Presidente polaco acrescentou que aqueles que foram trabalhar na Grã-Bretanha e desejam ficar, analisem que podem também voltar à Pátria. De acordo com uma pesquisa recente, 60% do meio milhão de polacos que trabalha na Ingalterra ainda não se decidiu se realmente quer ficar no Reino da Família Windsor. "Estas pessoas precisam se convercer que seus lugares é no nosso país", sublinhou o presidente polaco, que já ordenou ao ministro de Relações Exteriores e ao do Trabalho e Políticas Sociais que facilite esta volta aos emigrados.
Com razão, o presidente faz este apelo, pois a realização da Copa Européia de Futebol em 2012, vai transformar a Polônia num canteiro de obras. Não serão apenas 6 novos estádios, mas centenas de hotéis, milhares de quilômetros de rodovias e ferrovias, modernização e ampliação de estações e aeroportos, além de várias outras melhorias na infra-estrutura do país. Já existem setores preocupados com a falta de cimento nos próximos cinco anos, por causa deste volume de construções.

P.S. Porém, os polacos só voltarão mesmo, se os salários ficarem dignos. Os grandes investimentos na Polônia atualmente são atraídos justamente por que o salário de um trabalhador é muito baixo, o que chega a ser aviltante.
Foto: Radek Pietruszka