Fronteiras da Polônia através dos últimos séculos desde o século 10 Anos 1370
----- Antes 1772
----- 1920 a 1939
----- Atual
Os vestígios mais antigos do homem em terras polacas foram encontrados ao Sul do país, proximidades de Cracóvia. Em Piekary (leia-se piécari), Ojców (leia-se óitssúf), Ciema (leia-se tchêma) e Pogórze Kaczawskie (leia-se poguje catchavisquie) existem rastros da presença do pitecantropo, que data do grande período interglacial da era quaternária. O homem de então, vivia da caça de animais herbívoros, sendo a Rena, um dos mais abundantes. O clima era frio e úmido, a vegetação era similar a que vemos, hoje, na faixa setentrional do país. Ao desaparecer a era glacial da Polônia Central, há aproximadamente 50 mil anos, surgiu o homem de Neanderthal.
Com o decorrer dos milênios, o clima tornou-se mais quente, diminuiu a umidade e a vegetação ficou mais variada. As condições propícias para o desenvolvimento de uma agricultura rudimentar surgiram a partir de 4.200 antes de Cristo. Os habitantes daquela época encontravam-se já no período neolítico e fabricavam ferramentas. A população foi se estendendo até as terras mais férteis do Norte da Polônia (Kujavia e Pomerânia Ocidental). Os homens viviam em aldeias separadas por florestas virgens. Nas imediações de Sandomierz e na Baixa Silésia foram descobertas, em antigas minas de silício, oficinas, onde se fabricavam ferramentas deste mineral. Diversas teses procuraram explicar a presença do homem eslavo nas terras polacas. Segundo Surowiecki (1824) o continente europeu foi sucessivamente habitado pelos lapões, iberos, eslavos procedentes da Armênia, os celtas e finalmente os teutões.
No mapa antropológico elaborado em 1953 pela Universidade de Lwów, a Polônia teria sido ocupada pelos povos lapões, balto-eslavos, luzácios e germânicos. Desde o século XV, antes de Cristo, começaram a aparecer as primeiras manifestações da idade do Bronze. Ao redor do século XIII, antes de Cristo, começa a acontecer uma grande transformação nas terras polacas, devido a influência da cultura luzaciana, que compreendia as povoações da Saxônia, Luzácia e Polônia Maior (Wielkopolska). Entre 1400 e 1200 antes de Cristo, em quase todas as regiões polonesas predominaram os elementos da cultura luzaciana, tal como se aí houvesse se processado uma estandardização dos gostos, das tendências e das necessidades ambientais. Apenas nas regiões centrais continuaram atuantes os representantes de uma das culturas anteriores pré-eslavas. No Sudeste, podiam ainda se ver discretas evidências dos povos Kimeros. Somente no início da era do ferro, no ocidente polaco, a cultura luzaciana começou a ceder espaço para a expansão germânica e no Sudeste para a cultura iliriana. No período latense, entre 500 e 350 antes de Cristo, ainda persistiam algumas ilhas luzacianas em meio a territórios ocupados pela expansão saxônica (alemã), enquanto no Sudeste, iniciava-se a expansão Cita.
Entre os anos 350 e 150 A.C. processou-se a expansão Celta em toda a faixa meridional polaca. Entre os anos 150 a 1 depois de Cristo, em todas as áreas eslavo-polonesas foram assinaladas esporádicas manifestações da cultura dos Burgúndios e dos Vândalos. Entre os anos 150 e 250 D.C. os Gôdos percorreram as áreas setentrionais dos territórios polacos em direção ao Leste, enquanto os burgúndios e vândalos persistiam nas demais regiões.
Para Jan Kostrzewski, da Academia de Ciência da Polônia, antes da criação da nação polaca, há mais de 1000 anos, quando os povos germânicos ainda não havia nem se espalhado sobre as regiões do médio Rio Elba (quanto mais ao seu curso superior), as terras eslavas já eram habitadas por inúmeras tribos eslavo-polacas. Há mais ou menos 3 mil anos os pré-eslavos deixaram inúmeros cemitérios do tipo luzaciano nas diversas regiões polacas. Portanto, as terras polacas SEMPRE FORAM DOS POLACOS e não como alguns querem fazer crer que aquelas terras teriam sido alemãs.
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