quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Sukienice: problemas na restauração

Internamente as obras do sotão. Foto: Michal Lepecki / AG
Problemas na restauração da galeria do Museu Nacional no Sukienice, o belíssimo edifício no centro do Rynek Głowny - Praça do Mercado Central - de Cracóvia. Nem tudo está sendo feito no devido tempo. Os trabalhos já estão atrasados em duas semanas. "Se a restauração não termina será preciso arrumar financiamento", alarmam funcionários do Museu Nacional, que tiveram que transferir o acervo para o Castelo de Niepołmice nos arredores de Cracóvia, dificultando assim o acesso as obras de Jan Matejko.

Os trabalhos de restauração começaram em maio, justo no mês que antecede o verão polaco e quando milhões de turistas visitam a cidade. Assim a principal galeria de arte polaca no centro da cidade ficou fechada durante todo o verão. Depois as autoridades não sabem explicar o porque da queda de 20% no número de turistas este ano em Cracóvia. Não bastasse o período impróprio para os trabalhos, estes agora estão atrasados em relação ao cronograma e pior que isso, dando prejuízos, não só devido as obras, mas como um todo, ao ficar fechado durante tanto tempo.
"A restauração vai até dezembro. Não é fácil restaurar um edifício que é monumento histórico, mas o projeto e o cronograma de obras não cumpridos, resulta em prejuízos financeiros", afirmou Zofia Gołubiew, diretora do Museu Nacional em Cracóvia.

As obras vistas de fora. Foto: Ulisses Iarochinski

A madona negra da Polônia




O longo dos tempos tumultuados sofridos pela Polônia, os centros religiosos foram a defesa espiritual e a riqueza material de seu povo. Nenhuma outra nação deu tanta importância a um local santo quanto os polacos deram e dão à igreja e monastério de Jasna Góra (Monte Claro). Fundados, em 1382, pelo nobre Władysław Opalczyk (vuadissuaf opaltchik), Jasna Góra recebeu 2 anos depois a pintura da Mãe Santificada e o Jesus Criança. Conhecida como a Madona Preta, a pintura teria sido obra de São Lucas. O evangelista pintou a imagem sobre uma tábua da mesa usada por Maria de Nazaré. Encontrada por Santa Helena, em Jerusalém, esta foi ofertada ao Imperador Constantino. Depois de vários séculos, a imagem chegou ao Castelo de Belz. Em 1382, o princípe Władysław de Opole tentou transportá-la ao seu Castelo, na Silésia, mas foi obrigado a deixá-la em na cidade de Częstochowa porque ninguém conseguiu obrigar os cavalos a seguir viagem. Este é o primeiro mito que cerca a virgem negra da Polônia. O segundo mito surgiu, em 1430, quando ladrões tentaram destruir o ícone venerado. O chefe dos hussitas ao desferir sua espada no rosto da Santa, caiu fulminado por um raio no terceiro golpe. Os hussitas ao tentarem fugir com o produto do roubo, ficaram com as mãos sujas da tinta da pintura. Irritados, os ladrões cortaram o quadro. Esses cortes começaram a sangrar. Assustados, os ladrões fugiram deixando a pintura. Os fiéis, então, enviaram a pintura para conserto em Cracóvia, mas não foi possível restaurá-la completamente. Ainda hoje, é possível ver cicatrizes em seu rosto. O terceiro mito envolve a imagem em um fato relevante da história da Polônia. Ele aconteceu no século 17, quando do cerco sueco de 6 semanas à cidade. Temendo pela sorte da pintura, os fiéis a retiraram da capela e a colocaram em lugar seguro. As fortificações e muros da cidade foram destruídas pelo exército inimigo e a batalha se travou dentro dos muros. As bençãos da Santa teriam ajudado cerca de 200 soldados polacos devotados a derrotar 17 mil soldados suecos. Era o dia 18 de novembro de 1655. Como reconhecimento, o rei Jan Kazimierz, depois de recuperar o trono, no ano seguinte coroou a imagem da Virgem, em Lwów, como rainha da Polônia. Desde então, os polacos passaram a considerar esta vitória, o terceiro milagre da presença espiritual da Madona em terras polacas. Estima-se que mais de 5 milhões de peregrinos se reúnem anualmente na cidade de Częstochowa para pagar suas promessas. Cópias do quadro de 112x82cm existem em muitos lugares, tanto dentro como fora da Polônia. Mas não há como negar que a ascensão de Karol Wojtyła ao trono de São Pedro tornou mundial a sua adoração e assegurou conseqüentemente sua reverência perpétua.Exaltação a Nossa Senhora de Częstochowa: Maryjo Królowo Polski, Jestem Przytobie, pamiêtam, czuwam.Maria Rainha dos Polacos, estou presente junto a ti, recordando, vigiando.


ORAÇÃO - Modlitwa


Virgem Santíssima Mãe de Deus, Amada e Venerada em Vosso Glorioso Templo de Jasna Góra, onde através dos séculos foste a dispensadora de graças a Vosso povo fiel, vinde em nosso auxílio, salvai-nos, nós Vos suplicamos, como livrastes de tantos perigos os nossos antepassados, Oh Bendita Rainha da Polônia. (indulgência de 500 dias)