O escritor paranaense publica seu quarto livro, dos escritos durante o período da pandemia da Covid-19. Iarochinski vem há anos planejando escrever um livro sobre a História da Polônia em português. “Chegou a hora”, diz ele.
Começou com uma série de nove reportagens de página inteira no, então, Jornal do Estado, de Curitiba. Foi anos de estudos e pesquisas sobre a nação de seus ancestrais polacos. Embora não tenha no título a palavra “história”, “Terras da Polônia”, é, sim, o primeiro livro em língua portuguesa sobre a história desta nação que virou Estado em 966 d.C. com a criação do Reino da Polônia.
A capa remete à lenda dos três irmãos eslavos Lech, Rus e Czech, que encontram o grande ninho da Águia Branca. Lech resolve ficar ao pé da árvore de “Gnieszno” e fundar seu país. Rus vai para o Leste e Czech para o Sul. A águia branca se torna o símbolo da nação. Mas segundo o escritor não foi fácil manter a unidade de suas terras, “o Estado polaco ao longo de sua atribulada história teve, territórios de várias extensões e formatos diferentes. Suas terras foram invadidas, ocupadas, doadas, distribuídas, redistribuídas, recuperadas, reconquistadas e perdidas. Da república que cobria as terras europeias entre os mares Báltico e Negro ficou reduzida a 312 mil km² após 1947. Teve um pequeno ganho, em 2002, com a volta de algumas centenas de hectares devolvidos pela República Tcheca e pela União Soviética".
Publicação luxuosa com 330 páginas, coloridas, no formato 17 x 23 cm e capa dura, “Terras da Polônia” traz vários mapas mostrando a evolução e a involução dos territórios da nação polaca desde os tempos pré-históricos, passando pelas diferentes estruturas de Estado como reino, ducados e três repúblicas.
Depois da publicação do último livro “O Brasil de 1342 – descoberto por Sancho Brandão” e da invasão russa na Ucrânia, Iarochinski se viu impelido a escrever sobre as terras da Polônia. Pelo que constatou durante seus quase dez anos residindo em Cracóvia, a Polônia “é uma nação que ainda sonha com a devolução de suas regiões centenares da Volínia e da Podólia. Terras que abrigam as importantes cidades de Lwów, Tarnopol e Stanisławów, entre outras, culturalmente polacas,” assinala, Iarochinski.
O escritor lembra de uma das epígrafes de seu primeiro livro “Saga dos Polacos – a Polônia e seus
emigrantes no Brasil”, escrita por Carl Jung:
Depois da publicação do último livro “O Brasil de 1342 – descoberto por Sancho Brandão” e da invasão russa na Ucrânia, Iarochinski se viu impelido a escrever sobre as terras da Polônia. Pelo que constatou durante seus quase dez anos residindo em Cracóvia, a Polônia “é uma nação que ainda sonha com a devolução de suas regiões centenares da Volínia e da Podólia. Terras que abrigam as importantes cidades de Lwów, Tarnopol e Stanisławów, entre outras, culturalmente polacas,” assinala, Iarochinski.
O escritor lembra de uma das epígrafes de seu primeiro livro “Saga dos Polacos – a Polônia e seus
emigrantes no Brasil”, escrita por Carl Jung:
E para conectar seu livro com a atualidade, o escritor, assinala a opinião do professor doutor canadense Mikhail A. Molchanov:
“A antiga União Soviética se baseava na colaboração dos eslavos orientais. Com a criação da união Rússia-Bielorrússia, a forma e as perspectivas da ordem pós-soviética dependeram em grande parte da posição da Ucrânia. Enquanto a reabsorção da Ucrânia pela Rússia significaria a ruína do sonho de independência do país, uma Ucrânia independente, intrinsecamente hostil ao seu vizinho oriental e apoiada nessa hostilidade pelo Ocidente, semeia discórdia entre a Rússia cada vez mais ressentida e o resto da Europa. A posição anti-russa da Ucrânia poderia realmente fortalecer aqueles que apoiam a criação de um Estado russo xenófobo, antidemocrático e internacionalmente revisionista. (MOLCHANOV. 2002, p. 4)”
Para Iarochinski, a publicação do livro, agora, pode parecer polêmica, mas é importante para se reconhecer o papel da Polônia no contexto histórico dos últimos quatrocentos anos, na Europa Central. “A solidariedade polaca que a livrou da União Soviética, em 1990, fez-se presente desde fevereiro deste ano, quando se transformou no principal refúgio dos ucranianos fugidos da invasão russa. “Solidarność” é a palavra que passou a significar Polônia”, conclui.
O livro “Terras da Polônia” está disponível para venda no site da amazon.com em: