Muita festa e pouca leitura -Foto: PAP
A elite intelectual polaca já há algum tempo vêm alertando para a situação cada vez mais preocupante. A progressiva degeneração intelectual da juventude polaca foi tema de uma entrevista ao jornal Gazeta Wyborcza com o Professor Nicholas Rudolf, do Departamento de Química, da Universidade de Wrocław. O intelectual diz que faz tempo começou a falar mais pausado em suas aulas. Segundo ele, a maioria dos estudantes tem problemas com a aquisição de informação de base. Isto sem contar os erros ortográficos que aumentaram bastante. "Encontrar nas provas frases correta e compreensíveis têm se tornado raridade. Mais e mais frequentemente são utilizadas formas fonéticas para representação das palavras, denunciado a falta de leitura dos alunos. Estes já não lêem muito. Não se pode, recorrer sempre ao Google e a Wikipedia para efetivamente acompanhar as explicações em sala de aula".
Para Jan Hartman, professor de Filosofia na Universidade Jagielloński, de Cracóvia, uma percentagem de estudantes na Polônia são inacreditavelmente analfabetos. "Alguns perderam (ou não adquiriram) ainda a capacidade de ler. Embora o nível intelectual dos estudantes na Polônia, torne-se cada vez pior, não se produziu ainda uma resposta da comunidade acadêmica. Segundo Hartman, isto está acontecendo muito em função do sistema de ensino superior, que desde que acatou as decisões da Convenção de Bolonha (que busca a unificação do ensino universitário em todos os países membros da União Europeia) só fez piorar e ninguém ousa falar nada contra.
As Universidades passam por um periodo em que é imperioso buscar o dinheiro para a formação de cada aluno. A qualidade já não é mais tão importante, para a maioria das instituições de ensino superior é importante apenas quantidade.
O que pode ser feito para salvar a situação, que a cada ano está ficando mais dramática? O Prof. Rudolf sugere uma mudança no ensino e na formação dos alunos. Mas será que isso realmente poderá ajudar? A maioria dos professores ainda não voltou seus olhos para a grave situação, pois a pequenas modificações sugeridas por Rudolf teriam que começar pelo ensino médio. "Lá sim começam os problemas e lá devem ser atacados. Quando chegam a universidade já não há mais nada a fazer".
Para Jan Hartman, professor de Filosofia na Universidade Jagielloński, de Cracóvia, uma percentagem de estudantes na Polônia são inacreditavelmente analfabetos. "Alguns perderam (ou não adquiriram) ainda a capacidade de ler. Embora o nível intelectual dos estudantes na Polônia, torne-se cada vez pior, não se produziu ainda uma resposta da comunidade acadêmica. Segundo Hartman, isto está acontecendo muito em função do sistema de ensino superior, que desde que acatou as decisões da Convenção de Bolonha (que busca a unificação do ensino universitário em todos os países membros da União Europeia) só fez piorar e ninguém ousa falar nada contra.
As Universidades passam por um periodo em que é imperioso buscar o dinheiro para a formação de cada aluno. A qualidade já não é mais tão importante, para a maioria das instituições de ensino superior é importante apenas quantidade.
O que pode ser feito para salvar a situação, que a cada ano está ficando mais dramática? O Prof. Rudolf sugere uma mudança no ensino e na formação dos alunos. Mas será que isso realmente poderá ajudar? A maioria dos professores ainda não voltou seus olhos para a grave situação, pois a pequenas modificações sugeridas por Rudolf teriam que começar pelo ensino médio. "Lá sim começam os problemas e lá devem ser atacados. Quando chegam a universidade já não há mais nada a fazer".
P.S. Mas parece que o problema não se resume apenas a Polônia. Com a unificação do sistema de ensino na União Europeia, onde um universitário francês pode cursar o primeiro ano na Sorbone, o segundo ano em Osford, depois o terceiro e o quarto em Berlim e Cracóvia para regressar no quinto a sua universidade de origem, os estudantes chegam em número cada vez maior para cursarem o ano acadêmico nas universidades polacas. Eles vêem indistintamente da Espanha, França, Alemanha, Itália, Portugal, Suécia, Inglaterra e até do México, Cazaquistão e Geórgia. Os últimos chegam aqui graças a extensão do Programa Erasmus, que agora também tem alcance mundial, oferecendo bolsas de estudo para estudantes do mundo todo em instituições de ensino superior europeias. E o nível dos estrangeiros, inclusive de alguns brasileiros do "Erasmus" é tão baixo quanto o verificado entre os polacos.