Esta foi a manchete do jornal "Gazeta Wyborcza", desta quinta-feira, dia 6 de outubro de 2011, a três dias das eleições parlamentares polacas. Citando os ex-ministros das relações exteriores do país, Władysław Bartoszewski (último à direita), Andrzej Olechowski, Włodzimierz Cimoszewicz (primeiro à esquerda), Dariusz Rosati i Adam Daniel Rotfeld.
Os ex-ministros assinaram uma carta protesto em resposta às declarações de Kaczyński. A única a não assinar foi a ex-ministra Anna Fotyga. Bartoszewski, apressou-se a explicar a ausência de Fotyga dizendo que que ela era a chefe do ministério quando Jarosław Kaczyński era primeiro-ministro. "Portanto! Nós decidimos não incomodar a ministra. É uma senhora e seu ponto de vista sobre este assunto são bem conhecidos".
A carta de protesto dos ex-ministros foi motivada por uma entrevista concedida pelo atual presidente do PiS-Partido Direito e Justiça, Jarosław Kaczyński, à Revista Newsweek Polska.
Kaczyński, como de costume, não coloca os pontos nos "i", mas sugere que a chefe do maior Estado Europeu, o mais importante parceiro polaco é agente de alguém e sua escolha não foi o resultado dos procedimentos democráticos, mas de alguém atrás dela puxando as cordas.
Na Polônia, que se acostumou com à poética do chefe do PiS, ele faz uso de insinuações desagradáveis sobre as pessoas e uma vez interrompido por repórteres, diz apenas que tal pessoa em questão: "Ele sabe o que quero dizer"... "um dia se tornará claro". E ele nunca pede desculpas por nada do que tenha falado.
As declarações foram consideradas ofensivas e prejudiciais as relações polaco-alemãs, que só fizeram crescer e melhorar desde 1990. A Alemanha é um dos países que mais investem na Polônia e as declarações da extrema-direita polaca, representa por Kaczyński, mais do que xenófobas, trazem à tona um passado que a Europa e o mundo desejam esquecer.
Os autores da carta destacaram que "na política de Relações Exteriores polaca, todos têm o direito de argumentar, e muitas vezes fazemos isto, mas neste debate, todos os participantes devem seguir regras básicas: cuidado com o Estado polaco e respeito pelos parceiros estrangeiros. Lamentamos que o líder do partido da oposição viole essas regras em nome da vantagem ilusória na campanha eleitoral."