Foto: Albert Zawada |
Ele continua vivo. Respondendo a processos. Sendo condenado. Recorrendo nos tribunais superiores. Mas há quem diga, que a história ainda o tratará como herói. Dizem que ele impediu os russos de invadir a Polônia, quando das reviravoltas provocadas pelo sindicato Solidariedade, que transformou o eletricista Lech Wałęsa (pronuncia-se Vauensa) em herói e presidente da República.
O general Wojciech Jaruzelski, embora recolhido à sua residência, ainda é figura na cena polaca.
Nesta quarta-feira, o General Jaruzelski informou que não vai a Roma. Não irá comparecer à cerimônia de 1º. de maio, quando da beatificação do Papa João Paulo II. "Eu não quero dar uma desculpa para - informações sensacionais -, que poderia prejudicar as relações com a cerimônia religiosa.", afirmou o último presidente comunista da Polônia.
Em seu comunicado, Jaruzelski escreveu que "Há vozes de alguns políticos e colunistas questionando de forma -preventiva - meu potencial participação na composição da delegação polaca durante a cerimônia de beatificação do Papa polaco João Paulo II".
Jaruzelski prossegui dizendo que "Quero tranquilizar a todos. Quando eu era o Presidente da República da Polônia, eu tive oito conversações diretas com o Papa João Paulo II (incluindo três em que eu não era uma pessoa oficial), onde foram apresentadas provas extensas no contexto do processo de beatificação".
Para encerrar seu comunicado, Wojciech Jaruzelski conclui: "Provavelmente seria difícil lidarem com a minha participação na cerimônia. Levando tudo isso em conta, eu declaro que, em maio deste ano, eu não vou a Roma."