No território da Polônia atual existem umas sessenta regiões folclóricas, cada qual com seu próprio traje típico. Em algumas áreas, como as montanhas altas do Tatras (Podlasie), Kurpie, Łowicz, Opoczno e Sieradz, a tradição de povo ainda está viva em suas vestimentas. As pessoas continuam fazendo seus trajes para usar pelo menos em dias de feriados e festas. Em outras regiões, são feitos apenas para grupos de dança ou corais. Em outras áreas, como Warmia, a tradição de povo quase que desapareceu completamente e o que o povo dessa região veste atualmente foi reconstituído a partir de pinturas e coleções de museu.
Inicialmente, o folclore polaco se desenvolveu entre os camponeses. Estes ramente viajavam. Muitos nasceram, viveram e morreram sem nunca deixar suas casas. Rios, montanhas, lagos, florestas e pântanos isolaram as comunidades umas das outras e por isto cada região desenvolveu suas próprias tradições. Mas depois, marinheiros velejaram a outros países. Pescadores cruzaram lagos, pastores andaram com seus rebanhos para comercializá-los. Muitas pessoas foram forçadas a se mudar devido à escassez, ou obrigadas a fugir de guerras. Junto levavam suas tradições, canções, danças e trajes.
Os limites geopolíticos mudaram e com eles o idioma e a cultura dos governantes. A Polônia absorveu tudo e ainda as influências dos povos vizinhos. Do pastor de ovelhas romeno que chegou nos Cárpatos; dos camponeses russos e ucranianos que imigraram dos territórios orientais do Volga; das fortes conexões culturais com os Tchecos, Eslovacos e Morávios que viviam ao Sul da Polônia, dos alemães que viviam ao oeste. Dos marinheiros que navegavam pelo Mar Báltico absorveu tradições escandinavas, dos religiosos e políticos que conectaram o nordeste da Polônia com a Lituânia e outras nações do Báltico.Todas estas influências foram sendo refletidas no seu folclore. Os trajes típicos também tiveram influências dos novos materiais que se tornaram disponíveis, das transformações urbanas que começaram a ser sentidas e das tradições genuinamente novas que surgiram. Às vezes eram importados certos elementos, como as conchas do mar que decoram os chapéus dos montanheses. Mas a maioria das roupas foi sempre produzida com linho, lã, feltro, couro e pele disponíveis na comunidade.
Antes da virada do século, os trajes típicos eram usados diariamente pela maioria dos camponeses. A roupa mais rude era usada para trabalhar enquanto as vestes mais elaboradas eram para ocasiões especiais como ir à igreja, festas e casamentos. A maioria das pessoas tinha um único ou apenas dois jogos de boas roupas. Estas freqüentemente eram habilmente feitas e altamente ornamentadas pelas mulheres durante meses.