Ontem, dia 4 de dezembro foi dia de Santa Bárbara aqui na Polônia. Ela é celebrada pelos mineiros polacos como sua padroeira. Na Silésia, principal centro mineiro do país houve missas, desfiles e festivais sacros. As igrejas ficaram abarrotadas de fiéis mineiros. A indústria mineira na Polônia emprega cerca de 120 mil trabalhadores, três menos de quando começaram as transformações energéticas solicitadas pela União Européia, no sentido de fechar as minas de carvão, a principal fonte de energia da Polônia. Somente na Silésia são 30 minas de carvão a menos do que as 70 que estavam operando.
A privatização pós-comunismo foi outra das conseqüências para este recrudescimento da atividade no país, o setor privado não investe e não encontra recursos para tal. Sem carvão a Polônia está condenada. País com 95% de seu território com planícies não permite aos seus diversos rios terem potencial hidroelétrico.
A Polônia não tem usina nucleares e os ventos batem fraco por aqui, para o caso da energia eólica, que apesar das condições desfavoráveis tem crescido bastante. A alternativa seria o gás russo, mas este nem pensar. Os russo não querem e o presidente da gazprom (o consórcio russo-alemão) tem na presidência o ex-chanceler Shröeder, que está instalando gazosuto sob o mar Báltico para justamente desviar o território polaco. (dois inimigos seculares dos polacos unidos para não fornecer energia para a Polônia).
Talvez Santa Bárbara possa escutar as preces dos mineiros. O curioso é que no Brasil, Santa Bárbara é comemorada em 2 de fevereiro de duas formas, uma para os católicos como protetora dos contra raios, tempestades e outra para os umbandistas que a tem como a rainha do mar, a Iemanjá e não rainha dos mineiros.
Santa Bárbara foi uma jovem nascida na cidade de Nicomédia (na região da Bitínia), atual Izmit, Turquia nas margens do Mar de Mármara, isto nos fins do século III da Era cristã. Esta jovem era a filha única de um rico e nobre habitante desta cidade do Império Romano chamado Dióscoro.
Debaixo de um impulso e obedecendo à sua fé nos Deuses do Olímpo, o pai dela a denunciou ao Prefeito Martiniano, por ela não aceitar se casar com nenhum dos pretendentes e ter assumido o cristianismo. Martiniano a mandou torturar numa tentativa de a fazer mudar de idéias, fato que não aconteceu. Assim Marcius condenou-a à morte por degolação.
Durante sua tortura em praça pública, uma jovem cristã de nome Juliana denunciou os nomes dos carrascos, e imediatamente foi presa e entregue à morte juntamente com Bárbara.
Ambas foram levadas pelas ruas de Nicomédia por entre os gritos de raiva da multidão. Bárbara teve os seios cortados, depois foi conduzida para fora da cidade onde o seu próprio pai a executou, degolando-a. Quando a cabeça de Bárbara rolou pelo chão, um imenso trovão ribombou pelos ares fazendo tremer os céus. Um relâmpago flamejou pelos ares e atravessando o céu fez cair por terra o corpo sem vida de Dióscoro.
Oração a Santa Bárbara
Santa Bárbara, que sois mais forte que as torres das fortalezas e a violência dos furacões, fazei que os raios não me atinjam, os trovões não me assustem e o troar dos canhões não me abalem a coragem e a bravura. Ficai sempre ao meu lado para que possa enfrentar de fronte erguida e rosto sereno todas as tempestades e batalhas de minha vida, para que, vencedor de todas as lutas, com a consciência do dever cumprido, possa agradecer a vós, minha protetora, e render graças a Deus, criador do céu, da terra e da natureza: este Deus que tem poder de dominar o furor das tempestades e abrandar a crueldade das guerras.