Władysław Warneńczyk. Foto: Wikipedia
O rei polaco Władysław Warneńczyk foi gay? Os organizadores das comemorações do aniversário do rei garantem que sim. Os historiadores têm dúvidas. Não ousam dizer que não era. Afinal faz tanto tempo, não?
Por isso o prefeito de Cracóvia já mandou avisar aos organizadores da festa que não irá estar presente nas comemorações da Juventude SdPl com a Sociedade Internacional de Gays e Lésbicas (ILGCN).
No dia 31 de outubro no Rynek Główny (Praça do Mercado Central) ou na Brama Floriańska (Portas Medievais da cidade da rua Florianska) acontecerá a apresentação "Gejowskie miłostki króla" (gueióvsqui miuóstqui crula - amores gays do rei). Depois do espetáculo, os organizadores planejam uma marcha até o Castelo de Wawel para colocarem flores no túmulo do rei.
A idéia dos organizadores com o evento é mostrar que séculos atrás, a Polônia, já garantia liberdade as minorias sexuais. "Hoje o mundo nos vê como homófobos, enquanto a história mostra, que este foi o único país no mundo onde não houve pena de morte por causa da orientação sexual de seus nacionais", sublinha Łukasz Pałucki da ILGCN.
Em defesa da tese de que o rei teria sido homossexual, Sergiusz Wróblewski, historiador de Poznań, diz que "de acordo com os escritos de Jan Długosz - o grande historiador da História da Polônia - e um documentot i papal sobre a batalha de Warna, pode-se vislumbrar que o rei tinha preferências homosexuais". Por outra parte, Janusz Sroka, do Instituto de História da Universidade Iaguielônia de Cracóvia esclarece que "Jan Długosz em seus textos escreve que - o rei -tinha um comportamento obsceno e asqueroso - mas não diz que isto era uma preferência sexual. O rei realmente tinha um mal comportamento, mas as crônicas de Długosz não são claras neste aspecto".
Concluindo, Łukasz Pałucki, diz que não é esta a questão se ele foi gay ou não, o que importa é que "esta comemoração tem um caráter simbólico de que Cracóvia é uma cidade das diferenças".