quarta-feira, 22 de abril de 2009

O Brasil de 667 anos

Ilustração: Davi Sales

O Brasil está comemorando oficialmente, neste 22 de abril, 509 anos de sua descoberta. Assim aprendemos nos livros de história e assim os governos de plantão fizeram questão de ressaltar em suas comemorações. O ano 2000 é um exemplo disso, quando o então presidente Fernando Henrique Cardoso instituiu uma comissão para organizar as "Comemorações do Quinto Centenário".
Por outro parte, algo semelhante ocorre na história da imigração polaca no Brasil, pois tanto autoridades brasileiras quanto polacas sempre afirmaram que o primeiro polaco a pisar em terras brasileiras foi o almirante da esquadra holandesa, Krzysztof Arciszewski, que em 1629, invadiu o Nordeste brasileiro. Quase a totalidade dos autores afirma que o almirante polaco da firma “Companhia da Índia do Oueste” lutou contra portugueses e espanhóis para que as capitanias de Pernambuco e parte da Bahia permanecessem sob administração do Reino Holandês. 
Arciszewski que nasceu em 1592 e faleceu em 1656 esteve no Brasil três vezes. Conseguiu vitórias no meio da Mata Redonda, em 1636, e em Pato Calvo em 1673. Foi o primeiro polaco, que escreveu sobre o Brasil. Tal “verdade” foi sacramentada pelo poeta curitibano Paulo Leminski, ao ter elegido o almirante polaco como um dos heróis de seu livro "Catatau”. Também o ex-vice-reitor da Universidade Iaguielônia de Cracóvia e atual diretor do Centro de Cultura e Idioma polaco no Mundo, o línguísta Władysław Miodunka, reforça a tese em seu livro-manual do ensino da língua polaca para brasileiros “Cześć, Jak się Masz?”.
Porém, a ciência denominada de história está em constante evolução e nada é imutável. Somente a cegueira e a prepotência dos “doutos” e tiranos o são. O grande orador romano, Cícero, já dizia que a História é a "mestra da vida", pois "ela é a senhora dos tempos, a luz da verdade, a vida da memória, a mensageira da antiguidade". E a História para ser de utilidade ao homem e ter sempre como guia a verdade e a justiça, deve assentar-se em duas condicionantes: o seu registro e a sua veracidade; sem verdade, ela se desvirtua, e, sem registros, ela se perde, além de também ser passível de deformação. Assim é que nem o Brasil foi descoberto em 1500 como tampouco Arciczewski foi o primeiro polaco a caminhar por terras brasileiras.
No caso do descobrimento do Brasil, a tese do acaso foi questionada já ao tempo do Império. Dom Pedro II fez uma pergunta bastante clara aos membros do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro na sessão de 15 de Dezembro de 1849, "O descobrimento do Brasil por Pedro Álvares Cabral foi devido a um mero acaso, ou teve ele alguns indícios para isso?"
As respostas foram dadas em 20 de setembro de 1850, pelo membro daquele Instituto, Joaquim Norberto de Souza e Silva, que proferiu uma histórica conferência assistida pelo Imperador, na qual concluiu a favor da “intencionalidade” do descobrimento. Evidentemente os estudos de Souza e Silva foram contestadas pelo poeta Gonçalves Dias e, acabou persistindo até os dias de hoje a versão do poeta e não a do historiador. Sejam por questões políticas, seja por má fé, seja por ignorância e preguiça a verdade de Souza e Silva foi apagada tanto lá em Portugal quanto aqui no Brasil.
Mas que verdade é essa, ou que verdades são essas?
Antes é preciso citar três nomes, para que, repetindo-os fiquem gravados na memória. 
- Capitão Sancho Brandão
- Kacper „da Gama“
- Salvador Fernandes Zarco.
Mas voltemos a célebre reunião do IHGB. Além de Antônio Gonçalves Dias, também o Frei Vicente do Salvador, Robert Southey e Luiz de Albuquerque defenderam que o Almirante Pedro Álvares Cabral teria descoberto o Brasil por casualidade. O argumento deles e que persiste até hoje é baseado em três fatores que justificam o afastamento de rota da frota de Cabral:
- as "calmarias", que ocorreram na costa da África;
- as tempestades, que provocaram uma brusca mudança da rota, previamente traçada, com destino ao continente indiano e/ou,
- as correntes marítimas, contra as quais as naus (que, diga-se, constituíam 2/3 da frota) e as caravelas não possuíam recursos técnicos para arrostá-las.
O posicionamento derrotado nas décadas seguintes teve como defensores, além do expositor, o Barão Alfredo D’Escragnole Taunay, Capistrano de Abreu, Jonathas Serrano, Max Fleuiss, Genserico Vasconcelos e Hélio Vianna. Para estes, as débeis justificativas da casualidade são facilmente desmentidas, pois apesar da existência das calmarias nas proximidades do continente africano, é muito difícil aceitar que Cabral e seus experientes pilotos, que navegavam guiando-se pela astronomia, desviassem-se de tais fenômenos, de forma que todo o Atlântico Sul devesse ser atravessado.
Hélio Vianna afirma que "Cabral não veio ter ao nosso país, trazido por um simples desvio de rota. Em sua época, já não se navegava sem rumos prefixados". Além do que, os documentos que narram a viagem do descobrimento, não fazem qualquer menção às tempestades e às correntes marítimas. Estudos mais recentes reforçam a tese da “intencionalidade” e desmentem a da “casualidade”. Para tanto se valem de algumas provas irrefutáveis. Não há como negar a existência deles e tampouco lhes dar outras interpretações. 
- o Brasil já era mencionado, associado a Portugal, em cartas geográficas anteriores ao descobrimento, nelas figurando como uma ilha, a "Ilha do Brasil";
- a pronta reação de Portugal, quando a Espanha "descobriu" a América, por Cristóvão Colombo, e que ocasionou, dois anos após, a assinatura do Tratado de Tordesilhas. 
- a amistosa recepção que os indígenas proporcionaram aos portugueses da frota de Cabral.
- a descoberta de raríssimos documentos em Portugal, em locais como a Torre do Tombo, a Casa de Ínsua e alguns museus.

A ilha Brasil em mapa de Magini de 1597, a sudoeste da Irlanda

Não há mais como negar que desde os anos 1300, portanto mais de cem anos antes da descoberta da América, o Brasil já aparecia em alguns mapas europeus. No livro "The Canterbury Tales", de Geoffrey Chaucer, editado em 1380 estão mapas relacionando a Ilha do Brasil como sendo terras de Portugal. No livro "Na Margem da História", de autoria de Assis Cintra, com prefácio de Rui Barbosa, estão estas observações: "a descoberta oficial do Brasil deu-se no reinado de D. Affonso IV, o Bravo, em 1342, pelo Capitão Sancho Brandão, terra esta que foi batizada por este Rei, de "Ilha do Brasil", em virtude da grande quantidade de árvores de tinta vermelha aqui encontradas, o pau-brasil."
Em 12 de fevereiro de 1343, o Rei de Portugal comunicou ao Papa Clemente VI, em carta escrita desde Montemór, o descobrimento da nova terra, a qual foi registrado nos "Documentos do Arquivo Reservado do Vaticano", livro 138, folhas 148/149, com um mapa da região descoberta, no qual se vê a inscrição "Insula do Brasil".
Isto explica, em parte, porque ao contrário dos índios da América Central que receberam Colombo com arcos e flechas, os índios do Brasil receberam Cabral em paz, como se eles estivessem acostumados com as expedições portuguesas e também, quando Martim Afonso chegou a São Vicente, em 1532, na "expedição colonizadora", aqui já encontrou João Ramalho, que vivia na tribo de Tibiriçá, casado e com filhos.
Estes documentos existem, não só em Portugal como nos arquivos do Vaticano e são irrefutáveis. Portanto, o Brasil e a América foram descobertos pelo capitão Sancho Brandão e não por Pedro Álvares Cabral e/ou Cristobal Colon. O fato está oficialmente registrado, no Vaticano, sob o papado de Clemente VI. 
O historiador Valdir Menezes, com base nos mapas e documentos encontrados, afirma que desde 1351, o Brasil era representado em cartas geográficas, "por diminuta ilha, quer situada ao lado da Irlanda, ou próximo das Canárias ou mesmo em pleno Oceano". Não bastasse isso, vários mapas portugueses, franceses, ingleses e italianos do século 14 mostram a "Ilha do Brasil", neles representada. Um importante mapa, o de Pero Vaz Bisagudo, que era cópia do primeiro mapa português de registro oficial da nova terra descoberta (existente no Vaticano), no qual a "Ilha do Brasil" situava-se a 1550 milhas de Cabo Verde. É o mesmo mapa mencionado numa carta enviada ao Rei Dom Manuel, pelo cosmógrafo e médico da Armada de Cabral, João Martim, datada de 1º de maio de 1500, na qual este sugere que o soberano português procure "no mappa de Bisagudo, a verdadeira situação da terra que Cabral descobriu de novo" (Esta carta está na Torre do Tombo, em Lisboa, em "Corpo Chronológico", parte 3, maço 2, documento nº 2).
Não há como fugir à verdade e afirmar que o Tratado de Tordesilhas de 7 de junho de 1494) foi um instrumento altamente lesivo a Portugal, reino que já havia rejeitado a "Bula Inter Coetera", de 1493. Bula esta estabelecida pelo Papa Alexandre VI.
Este papa, que era o nobre espanhol Borgia, ficou conhecido na história como Papa devasso. Homem que promoveu as maiores bandalheiras e orgias na Capela Sixtina. O Papa Alexandre VI foi pai de um filho de sua própria filha, Lucrecia Borgia. Foi há um só tempo pai e avô. A bela espanhola Lucrecia foi submetida também aos instintos bestiais do irmão César Bórgia, o comandante das tropas do Vaticano, na ânsia dos Borgias de anexar às terras papais, os outros reinos itálicos. Lucrecia teve também um filho com o irmão, que foi há um só tempo pai e tio. E isto tudo dentro do Vaticano, da igreja de São Pedro. Não é de se admirar, portanto, que a descoberta da América nada mais fosse do que uma bem urdida farsa, arquitetada pelo rei espanhol e aquele Papa devasso (não por acaso também espanhol), com a decisiva finalidade de prejudicar Portugal, já que o descobrimento de terras americanas pelos lusitanos, era conhecido e aceito pelas principais reinos da Europa, muito antes de 12 de outubro de 1492.


Salvador Fernandes Zarco, codinome Cristobal Colon

Chegou a hora de falar do segundo nome. Falar do famoso “genovês” que descobriu a América com o nome de Cristoval Colon para a hispanidade, ou Cristóvão Colombo para os lusos. Não era outro o propósito da rainha Isabel, do que assegurar a validade do Tratado de Tordesilhas, imposto pelos espanhóis e pelo Vaticano aos portugueses. Cristóvão Colombo foi apenas um instrumento para assegurar que as terras a leste da linha de Tordesilhas fossem terras espanholas.
Mais uma vez contudo, aí esta a ciência História, para com seus achados e novos estudos assegurar também, que o próprio genovês Colon foi uma segunda farsa. Livros recentemente publicados em Portugal confirmam que Colombo era português, da cidade da vila de Cuba, na cidade de Beja. Seu nome era Salvador Fernandes Zarco. Ele era membro da Ordem de Cristo, fundada pelo antigo rei português, estudou na escola de Sagres e era aparentado do Rei de Portugal. Zarco deveria cumprir uma importante missão secreta da Ordem de Cristo (com a anuência de D. João II), que era a de convencer os reis da Espanha para a exploração de uma nova rota marítima rumo às Índias, percurso impossível, porquanto acima da linha equatorial e na direção noroeste. Com este empreendimento, os espanhóis não saberiam da existência de terras, de há muito do conhecimento dos lusitanos. De fato, foram os portugueses que chegaram a Calicute, no continente indiano, enquanto os espanhóis, "iludidos", chegaram às Antilhas (Colombo "afirmava" que aportara nas ilhas Cipango, no Japão...) Assim, o "falso genovês" teria cumprido, airosamente, a missão que lhe foi confiada e que redundou na emissão pelo Papa Alexandre VI, da "Bula Intercoetera", de 1493 - contestada por Portugal - e posterior assinatura do Tratado de Tordesilhas (1494). Zarco, ou Colombo, contratado pelos reis espanhóis, de volta à Europa, seguiu inicialmente para Lisboa, onde manteve um longo encontro com o rei D. João II, antes de partir para a Espanha.
Há alguns anos, cidade de Beja, no Alentejo, mantém um museu e monumentos a Salvador Fernandes Zarco, apelidado Cristóvão Colombo. Outra evidência de que o espião Colombo era português é a farsa montada sobre sua certidão de nascimento. Como se sabe, as certidões de nascimento só passaram a existir nos anos 1700 e mesmo assim nos assentamentos dos livros da igreja católica.
Assim como é possível que a Itália corrobore com a farsa guardando um documento falso onde se afirma que Christóforo Colombo tenha nascido em Gênova?
Portanto, Cristóvão Colombo era o codinome do espião português Salvador Fernandes Zarco. Outro forte indício de que Colombo era português é o fato de ter dado o nome da localidade natal de Zarco para a ilha descoberta no Caribe, de Cuba. Não bastasse tudo isso, Christóforo, Colon ou Colombo nunca escreveu em outra língua que não fosse o português. Mesmo estando a serviço da rainha católica, não se encontrou até hoje, nenhum documento, relatório ou carta de Colon em espanhol, italiano ou latim. Sempre foram escritos  em idioma português.
Finalmente o terceiro nome citado no início: Kacper, ou como é conhecido nos livros didáticos, Gaspar da Gama.
Aceitando-se a mentira histórica do descobrimento em 1500, ou não, a verdade é que Krzysztof Arciszewski, Zygmunt Szkop e Władysław Konstanty Witulski não foram os primeiro polacos a visitarem o Brasil. Os próprios “doutos” que elegeram Arciszewski não mencionam que Szkop e Witulski estão juntos com o almirante da esquadra invasora holandesa. 
O padre polaco Jan Pitoń, que viveu no Brasil de 1927 a 1985 e que exerceu entre outros cargos o de Chefe da Missão Católica Polaca no Brasil afirmava em seus estudos que a primazia de colocar os pés na areia branca de Porto Seguro coube ao polaco nascido na cidade de Poznań, Kacper.
Este polaco de origem judaica foi registrado nos documentos da expedição de Cabral como Gaspar “da Gama”, não confundir com Gaspar Lemos.
Eduardo Bueno, em seu livro “A viagem do descobrimento - verdadeira história da expedição de Cabral”, na página 42 escreveu: “Além de mestre João, outro personagem intrigante a bordo era Gaspar da Gama, ou Gaspar da Índia, que Vasco da Gama julgara ser um espião árabe e capturara em Goa, na Índia. Gaspar, na verdade, era um judeu polaco, de caráter errante, que vivera na Índia 30 anos antes. Aprisionado por Gama, terminou por conquistá-lo. Converteu-se ao cristianismo, adotou o nome de batismo do poderoso padrinho e foi levado para Lisboa. Passou a circular pela corte com desenvoltura, tornou-se íntimo de D. Manoel e embarcou como intérprete na viagem de Cabral”.
O mais significativo é a informação do padre Zdzisław Malczewski, em sua tese de doutoramento em história, „A presença dos poloneses e da comunidade polônica no Rio de Janeiro”, de que Gaspar da Gama foi um dos três homens europeus a pisar pela primeira vez em solo brasileiro naquela expedição de Pedro Álvares Cabral: “Cabral decidiu enviar a terra o experiente Nicolau Coelho, que estivera na Índia com Vasco da Gama. Junto com ele, seguiram Gaspar da Gama, o judeu da Índia, - que além do árabe, falava dialetos hindus da costa do Malabar -, mais um grumete da Guiné e um escravo de Angola. Os portugueses conseguiram reunir, assim, a bordo de um escaler, homens dos três continentes conhecidos até então, e capazes de falar seis ou sete línguas diferentes.”
Malczewski, contudo, faz questão de assinalar, que Gaspar da Gama não teria grandes afinidades com a terra pátria. Talvez, na sua condição de padre católico, Malczewski não queira ter assumido a primazia do polaco-judeu Gaspar e tampouco contrariar os demais autores que elegeram o militar Arciszewski como o primeiro.
Com estas considerações fica claro que a presença polaca em território brasileiro recua quatro séculos no tempo, através dos pés pioneiros de Kacper "da Gama" nas areias da Bahia; que o capitão Sancho Brandão descobriu a América e o Brasil, em 1342, tendo o Brasil 667 anos; e que Cristóvão Colombo era Salvador Fernandes Zarco e que este era português de Vila Cuba, na cidade de Beja e não genovês.

P.S. Texto baseado em parte na minha tese de doutorado pela Uniwersytet Jagielloński de Cracóvia a ser defendida ainda este ano e no artigo "Descobrimento do Brasil" de Manoel Soriano Neto, além das referências bibliográficas abaixo:

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