A Madona de Da Vinci em Cracóvia. Foto: Michal Lepecki / AG
A Prefeitura de Cracóvia e a Voivodia da Małopolska se uniram para defender integralmente as coleções artísticas do Muzeum Czartoryski. Nesta quinta-feira um comunicado neste sentido foi divulgado: "não concordamos com a tranferência das coleções do museu para a cidade de Puławy."
Tudo isto porque a Fundacja Czartoryski planeja restaurar e reformar o museu de Cracóvia, onde entre outras obras está um dos ícones da cidade, "Dama z gronostajem" (A Madona e o Arminho), de ninguém menos que Leonardo da Vinci.
Segundo Adam Zamoyski, presidente da Fundação Príncipe Czartoryski, os planos são levar parte das coleções para o Castelo de Puławy, onde por iniciativa Isabella Czartorysky, esposa do último rei polaco, August Poniatowski, foi criado o museu em 1801. Os tesouros da família estão na mansão da família em Cracóvia há quase cem anos. Durante a segunda guerra mundial, a família conseguiu esconder a obra de Da Vinci e de outros grandes pintores na Espanha. Terminada a guerra as coleções escondidas da sanha criminosa alemã voltaram a Cracóvia, onde com o regime comunista se tornaram propriedade do Estado, e a mansão virou uma das unidades do Museu Nacional da Polônia.
"As coleções ficarão em Cracóvia", garantiu o prefeito Jacek Majchrowski. A Fundação Czartoryski não nega que nos últimos 50 anos o governo tem conservado a casa e financiado todos os gastos, o que em cifras atuais é de 5 milhões de złotych anuais.
Na reforma comandada pelo escritório de arquitetura "Biuro Projektów Lewicki Łatak" participa também o britânico Morris Associates. A diretoria da Fundacção não deu nenhuma idéia ainda sobre como financiar o projeto.