sábado, 20 de junho de 2009

O lamentável Presidente do Tribunal

O juiz marotamente sorri

8 contra 80 mil. 8 contra 180 milhões. Este é o título do artigo da Federação Nacional dos Jornalistas após a lamentável decisão do Supremo Tribunal Federal do Brasil de acabar com a obrigatoriedade do diploma de ensino superior para o exercício da profissão. O presidente de nossa maior instituição de justiça que passa por cima das determinações de um juiz de primeira instância colocando na rua a ave de rapina Daniel Dantas, que não se cansa de desfilar diante das câmeras da TV Globo com seu sorriso maroto e irônico, que compara o exercício da profissão do quarto poder de uma nação , a imprensa, com culinária, não pode julgar nada. Esta mais do que na hora de um "empeachment" desta triste figura do judiciário brasileiro. Até quando os 180 milhões de brasileiros ainda terão que aguentar seus equívocos e seu desvio de inteligência.
Como relator do processo e presidente do STF, o senhor Gilmar Mendes abre possibilidade para que a própria profissão dele, advogado, não necessite também da obrigatoriedade do diploma de ensino superior para se exercer a "defesa de outrem" ou decidir a "vida de outrem". Na Inglaterra, os cidadãos que desejarem não precisam contratar advogados. Se lá na terra da Rainha Elizabeth é possível, por que aqui não é? Gilmar Mendes, segundo outro ministro do Supremo, há muito envergonha a justiça brasileira. Quem não se lembra das imagens semanas atrás veiculadas em todas as TVs do Brasil? Será que não está na hora dos juízes dos Tribunais Superiores serem eleitos pelo povo em eleição direta, assim como é para Presidente, Senador, Deputados, Governadores, Prefeitos e vereadores? Por que somente um Poder da República é isento de voto?

O ministro era Joaquim Barbosa, que atacou duramente o presidente da Corte, Gilmar Mendes, e disse que seu colega de tribunal "destrói a credibilidade do Judiciário brasileiro". Mendes coordenava o julgamento de um processo sobre a Previdência pública no Paraná, quando indagou sobre o fato de Barbosa ter questionado uma suposta "sonegação de informações" sobre o caso.
Joaquim Barbosa atacou dizendo que o presidente do STF não tinha conhecimento da realidade brasileira, pois só se preocupava em aparecer em jornais e revistas e televisões. "Saia à rua, ministro Gilmar. Saia à rua! Faça o que eu faço. Vossa Excelência não está na rua não. Vossa Excelência está na mídia destruindo a credibilidade do Judiciário brasileiro. É isso", atacou o magistrado.
Constrangido, Gilmar Mendes sorria e pediu respeito ao companheiro de toga. "Vossa Excelência não tem condição de dar lição a ninguém", disparou Mendes. "E nem Vossa Excelência. Vossa Excelência me respeite. Vossa Excelência não tem condição alguma. Vossa Excelência está destruindo a Justiça desse País e vem agora dar lição de moral em mim? Vossa Excelência não está falando com os seus capangas do Mato Grosso, ministro Gilmar. Respeite!", rebateu Barbosa.

Golpe 118/06/2009 19:13
Oito contra oitenta mil
Oito contra 180 milhões

Perplexos e indignados os jornalistas brasileiros enfrentam neste momento uma das piores situações da história da profissão no Brasil. Contrariando todas as expectativas da categoria e a opinião de grande parte da sociedade, o Supremo Tribunal Federal (STF), por maioria, acatou, nesta quarta-feira (17/6), o voto do ministro Gilmar Mendes considerando inconstitucional o inciso V do art. 4º do Decreto-Lei 972 de 1969 que fixava a exigência do diploma de curso superior para o exercício da profissão de jornalista. Outros sete ministros acompanharam o voto do relator. Perde a categoria dos jornalistas e perdem também os 180 milhões de brasileiros, que não podem prescindir da informação de qualidade para o exercício de sua cidadania.

A decisão é um retrocesso institucional e acentua um vergonhoso atrelamento das recentes posições do STF aos interesses da elite brasileira e, neste caso em especial, ao baronato que controla os meios de comunicação do país. A sanha desregulamentadora que tem pontuado as manifestações dos ministros da mais alta corte do país consolida o cenário dos sonhos das empresas de mídia e ameaça as bases da própria democracia brasileira. Ao contrário do que querem fazer crer, a desregulamentação total das atividades de imprensa no Brasil não atende aos princípios da liberdade de expressão e de imprensa consignados na Constituição brasileira nem aos interesses da sociedade. A desregulamentação da profissão de jornalista é, na verdade, uma ameaça a esses princípios e, inequivocamente, uma ameaça a outras profissões regulamentadas que poderão passar pelo mesmo ataque, agora perpetrado contra os jornalistas.

O voto do STF humilha a memória de gerações de jornalistas profissionais e, irresponsavelmente, revoga uma conquista social de mais de 40 anos. Em sua lamentável manifestação, Gilmar Mendes defende transferir exclusivamente aos patrões a condição de definir critérios de acesso à profissão. Desrespeitosamente, joga por terra a tradição ocidental que consolidou a formação de profissionais que prestam relevantes serviços sociais por meio de um curso superior.

O presidente-relator e os demais magistrados, de modo geral, demonstraram não ter conhecimento suficiente para tomar decisão de tamanha repercussão social. Sem saber o que é o jornalismo, mais uma vez – como fizeram no julgamento da Lei de Imprensa – confundiram liberdade de expressão e de imprensa e direito de opinião com o exercício de uma atividade profissional especializada, que exige sólidos conhecimentos teóricos e técnicos, além de formação humana e ética.

A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), como entidade de representação máxima dos jornalistas brasileiros, esclarece que a decisão do STF eliminou a exigência do diploma para o acesso à profissão, mas que permanecem inalterados os demais dispositivos da regulamentação da profissão. Dessa forma, o registro profissional continua sendo condição de acesso à profissão e o Ministério do Trabalho e Emprego deve seguir registrando os jornalistas, diplomados ou não.

Igualmente, a FENAJ esclarece que a profissão de jornalista está consolidada não apenas no Brasil, mas em todo o mundo. No caso brasileiro, a categoria mantém suas conquistas históricas, como os pisos salariais, a jornada diferenciada de cinco horas e a criação dos cursos superiores de jornalismo. Em que pese o duro golpe na educação superior, os cursos de jornalismo vão seguir capacitando os futuros profissionais e, certamente, continuarão a ser a porta de entrada na profissão para a grande maioria dos jovens brasileiros que sonham em se tornar jornalistas.

A FENAJ assume o compromisso público de seguir lutando em defesa da regulamentação da profissão e da qualificação do jornalismo. Assegura a todos os jornalistas em atuação no Brasil que tomará todas as medidas possíveis para rechaçar os ataques e iniciativas de desqualificar a profissão, impor a precarização das relações de trabalho e ampliar o arrocho salarial existente.

Neste momento crítico, a FENAJ conclama toda a categoria a mobilizar-se em torno dos Sindicatos. Somente a nossa organização coletiva, dentro das entidades sindicais, pode fazer frente a ofensiva do patronato e seus aliados contra o jornalismo e os jornalistas. Também conclama os demais segmentos profissionais e toda a sociedade, em especial os estudantes de jornalismo, que intensifiquem o apoio e a participação na luta pela valorização da profissão de jornalista.

Somos 80 mil jornalistas brasileiros. Milhares de profissionais que, somente através da formação, da regulamentação, da valorização do seu trabalho, conseguirão garantir dignidade para sua profissão e qualidade, interesse público, responsabilidade e ética para o jornalismo.

Para o bem do jornalismo e da democracia, vamos reagir a mais este golpe!

Brasília, 18 de junho de 2009.

Diretoria da Federação Nacional dos Jornalistas - FENAJ

Descendentes para defender a Polônia

Luiz Felipe de camisa listrada e cabelos longos - Foto: AFP

O leitor Rajmund Wilczek, de Telêmaco Borba, no Paraná, envia sugestão de notícia sobre a autorização da Federação Polaca de Futebol para se buscar brasileiros descendentes de polacos no Brasil.
A notícia publicada originalmente no jornal Przegląd Sportowy e reproduzida pelo portal Wirtualna Polska se pergunta: "Brasileiros para fortalecer a seleção da Polonia?"
E o próprio jornal responde: "Isto é bastante possível".
Segundo o jornal seria necessário apenas alterar as regras da FIFA, permitindo assim que jogadores que não tenham servido a seleção de seus países de nascimento em jogos oficiais, possam integrar as seleções dos países de seus ancestrais.
"A Federação Polaca de Futebol decidiu explorar esta possibilidade e por isso já está em contato com um empresário brasileiro, que ajudaria a pesquisar na Terra do Café futebolistas com raízes polacas."
E o jornal vai mais longe em seu artigo, publicando que o Brasil pode oferecer uma imensa variedade de jogadores para a Polónia. Existiriam, no Brasil, segundo o jornal, "entre 800.000 a 3.000.000 de pessoas com ascendência polaca".
o primeirO reforço em potencial seria o brasileiro Luis Filipe Kasmirski. O jogador tem 24 anos e joga atualmente no Deportivo La Coruña da Espanha. Segundo o jornal os ancestrais de Luis Felipe emigram do Sul da Polónia para a América no final do século 19 e a grafia correta do sobrenome seria então Kaźmierski.
"Luís Filipe é um grande lateral esquerdo. Equipes como o Barcelona e a Juventus de Turim estão interessados em contratá-lo. Ele além da cidadania brasileira, tem passaportes italiano e polaco. A luta para tê-lo será muito difícil. Kasmirski pode ser convocado para a seleção canarinho do Brasil, onde a lateral esquerda ainda não foi preenchida por um titular estável. Seria uma oportunidade excelente se o presidente da PZPN, Grzegorz Lato tivesse acesso a esta reportagem. Sabemos que uma ação nesse sentido está prevista. Kasmirski têm para oferecer o status de estrela para a seleção da Polônia. Podemos correr atrás dele então."
A segunda busca de exploração de potenciais defesonsores da seleção polaca será a Alemanha. Ali, o empresário a ser contatado é Maciej Chorążyk. Na Alemanha, o treinador Leo Beenhakker poderá escolher entre:

Goleiros: Christoffer Mattisiewew (nascido em 1992, Clube: Djurgården de Estocolmo), Martin Kompalla (nascido em 1992, Clube: Borussia Moenchengladbach), Damian Onyszko (nascido em 1992, Clube: FC Fyn).
Zagueiros: Damien Perquis (1984, Sochaux), Sebastian Boenisch (1987, Werder Bremen), Nick MEAC (1990, Wigan Athletic), Sven Madziarski (1991, SC Langenhagen), Sebastian Kedzierski (1992, Treviso), Amadeus Piontek (1992, Borussia Dortmund), Kamil Wałdoch (1992, Schalke 04 Gelsenkirchen), Mateus Protasiewicz (1993, Twente Enschede), Adrian Fox (1993, Roda Kerkrade), Meike Karwot (1993, Alemania Aachen).
Armadores: Ludovic Obraniak (1984, OSC Lille), Christoph Dabrowski (1978, VfL Bochum), Matuschyk Adam (1989, FC Colonia), Alan Stulin (1990, FC Kaiserslautern), David Blacha (1990, Borussia Dortmund), Andre roupa ( 1991, Karlsruher SC), Sebastian Czajkowski (1992, VfL Bochum), Andre Dej (1992, MSV Duisburg), Jacob Przybyłko (1993, Arminia Bielefeld), Kacper Przybyłko (1993, Arminia Bielefeld).
Atacantes: Podrygała Patrício (1991, Hertha Berlim), Dominik Kruczek (1991, Borussia Moenchengladbach), Patrick Schikowski (1992, Bayer Leverkusen), Michael Szymków (1992, FSV Mainz).

E no Brasil, quem está habilitado? Seria o caso de se verificar nos registros da CBF quantos possuem sobrenome polaco. Está aí, uma tarefa difícil, pois nem todos possuem a grafia correta em polaco de seus sobrenomes e muitos ainda "pensam" que são descendentes de austríacos, russos, prussos, alemães.

Os polacos vão à "la playa"

Foto: Ulisses Iarochinski

Com o verão chegando na Polônia, neste domingo, as praias do mar Báltico são o destino de milhares de turistas polacos. Se no inverno eles acampam nas montanhas do Sul, em Zakopane e Szczyrk.
No verão, Gdynia, Sopot, Hel, Uska, Kołobrzeg e Świnoujście ficam lotadas de "peles rosadas" sobre areias mais grossas que as da Ilha do Mel, no Paraná, e tão desertas quanto as paranaenses.
Aqui, a poucos metros da fronteira com a Alemanha, no ponto mais Noroeste da Polônia, uma das extensas praias de Świnoujście.

Jarosław e seus campos da morte

Foto: Ulisses Iarochinski

Em Jarosław, cidade no Sudeste da atual Polônia, este imenso painel, numa parede lateral de um edifício do século 17, mostra os diversos campos de concentração, extermínio, crematórios e trabalhos forçados de judeus, instalados pela ocupação alemã-nazista.