quarta-feira, 5 de setembro de 2007
Neve chega dois meses antes na Polônia
Polacos de Cruz Machado
De acordo com a diretora "não se trata de resgatar a história dos polacos no Paraná, mas sim documentar um povoado que sofreu grandes influências e continua carregando nas veias a sua raiz, que ora têm orgulho da sua genealogia, ora têm vergonha das suas casas por que são construídas de madeira em estilo polaco e não de alvenaria como gostariam; que sabem falar a língua polaca (e alguns dizem que é um polaco caipira por que não é igual ao da Polônia), mas que às vezes ficam acanhados por falarem errado o português; que sentam em roda do fogão para tomar chimarrão (hábito que vem da cultura indígena) e relembrar os velhos tempos, e outros momentos não querem falar dessa época que foi sofrida".
O filme já participou de alguns festivais e até foi repetido duas vezes na programação do canal TV Futura da Fundação Roberto Marinho. Quem tiver oportunidade de ir até a cidade histórica da Lapa (60km de Curitiba) poderá assistí-lo no Festival de Cinema da Lapa, que acontece de até 9 de setembro. Quem quiser comprar o DVD com o filme, basta entrar em contato com a diretora no email:
anajohann@pop.com.brPara maiores informações sobre o filme "de tempos em tempos" visite http://www.cinemanacional.com.br
P.S. 1 Posso garantir, depois de ter assistido, que o filme é belo!!! É de uma poesia de imagens, de gente e de palavras poucas vezes visto. E sabe, que emociona!!!
P.S. 2 Na foto, a diretora / roteirista Ana Johann e o pesquisador/produtor Marcos Freder.
Wajda lança livro sobre filme Katyń
“É um relato sobre uma família separada para sempre, sobre a grande ilusão e a brutal verdade (...) Filme de apresentação da dor causada pela cruel verdade, a qual os heróis não são os oficiais assassinados, mas as mulheres que esperam cada dia pela volta, cada dia, sobrevivendo à desumana incerteza”. Escreveu o cineasta no livro, lembrando ainda que, “O verdadeiro tema do filme sobre Katyń é sobre o segredo e a mentira que foram defendidos durante anos e fizeram do tema um tabu”.
O livro (um "making-off" gráfico) traz ainda reproduções de mapas históricos, fotografias, documentos de arquivo e imagens do monumento existente no local da tragédia. O texto de Andrzej Kunert começa em 23 de agosto de 1939 com a assinatura do pacto Ribbentrop-Mołotow, e termina em 21 de abril de 2005, com a carta enviada pelo Pen Clube russo para o Pen Club polaco nos 60 anos do término da Segunda Guerra Mundial.
Também no livro, estão as fotos dos artistas que participam do filme e de muitos dos oficiais polacos assassinados pelos russos. Já o filme tem estréia no próximo dia 17 de setembro no Festival de Cinema de Gdynia.
O episódio conhecido por Massacre da Floresta de Katyń foi noticiado pela primeira vez pelos alemães em abril de 1.943. Numa colina coberta de abetos dominando o Rio Dnieper, perto de Smolensk, na Rússia, soldados nazistas tinham encontrado os cadáveres de vários milhares de oficiais empilhados em valas comuns. Os russos revidaram imediatamente acusando os nazistas da autoria do crime. A versão russa, contudo foi de que, "Quando os exércitos vermelhos se retiraram de Smolensk, em julho de 1.941, tiveram de deixar para trás os oficiais poloneses prisioneiros. Os nazistas fuzilaram os poloneses, forjando então a história de Katyń com fins de propaganda."No alto a capa do álbum lançado segunda-feira e abaixo cartaz de propaganda soviética na Ucrânia mostrando um soldado do exército vermelho um oficial da Armada Polaca.
A terra do Âmbar
Em toda a Polônia é possível encontrar joias com âmbar, desde Gdańsk, até Bielsko Biały no Sul. Aliás é mais barato comprar em Cracóvia e Bielsko Biały do que nas cidades balneárias do Norte como Gdańsk e Sopot. Em Cracóvia são muitas as lojas na Sukiennice do Rynek que vendem colares, anéis, broches, lustres e abajures com âmbar.