Manifestação contra o aborto nas ruas de Varsóvia
Foto: Kuba Atys
Entre 30 mil a 40 mil mulheres polacas viajam ao exterior para abortar. Os números foram informados, pelo ex-ministro da Saúde, Marek Balicki, em entrevista a rádio TOK FM, nesta terça-feira. "Além do aborto ser realizado clandestinamente, ele é cada vez mais crescente, pois há uma permissividade relativamente grande de abortos nos países vizinhos, como Alemanha, República Tcheca, Eslováquia, Reino Unido e Holanda.", afirmou Balicki.
Como se sabe, o aborto é proíbido na Polônia, mas não é só isso. O catolicismo fervoroso e conservador do povo polaco, alicerçados na figura moral do Papa João Paulo II, intransigente defensor da vida e totalmente contrário à prática da interrupção da gestação, tem milhares de defensores da criminalização do aborto.
Na quinta-feira, amanhã, Balicki e a Federação da Mulher e Planejamento Familiar, a organização social organizam no Sejm (Câmara dos Deputados) audiência sobre o turismo do aborto. "Vamos falar sobre o que são os efeitos de uma lei muito restritiva em vigor sobre planejamento familiar, a proteção do feto humano e as condições de admissibilidade do aborto", completou Balicki a TOK FM.
Balicki citou números, que sugerem que as mulheres polacas vão ao estrangeiro para abortar. "É difícil contar com precisão, porque, felizmente, nestas clínicas, ninguém pergunta sobre a nacionalidade. A única coisa que é importante para as mulheres polacas, é que ao contrário dos cidadãos desses países, elas devem pagar pelo procedimento", explicou o ex-ministro.
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