Mesmo acreditando que as informações existentes
A BUSCA
Na situação em que muitos descendentes de polacos se encontram, estava eu há uns 10 anos atrás. Não sabia nem como era a grafia correta de meu sobrenome em idioma polaco (Iarochinski - Jarosiński). Pensava que minha família no Brasil, com este sobrenome se resumia a nove pessoas. Pois não é que depois de dois anos de pesquisa descobri, que meus bisavós, que chegaram ao Brasil em 1911, com dois filhos e duas filhas, produziram ao longo das décadas um número de mais de 244 descendentes? Claro que nem todos com o mesmo sobrenome, mas ainda assim tios, primos e irmãos. Mas tarde descobri que além de Monte Alegre (Tibagi-atual Telêmaco Borba, no Paraná) e Castro (cidade dos Iarochinski no Brasil), havia mais pessoas com meu sobrenome
Imprescindível
Para que o círculo das buscas se complete é imprescindível saber:
1 - Nome e sobrenome do ancestral, o nome e sobrenome dos pais deste ancestral...e isto tudo
3 - Em seguida a localidade da Paróquia e conseqüente município (gmina) na Polônia.
Para chegar a estes dados, primeiro é ir aos cartórios das cidades (no Brasil) onde se assentaram inicialmente estes ancestrais. Na maioria das vezes, os sobrenomes já foram alterados e o local de nascimento está apenas como: natural da Polônia. Mas esta busca é importante para se conhecer todos os registrados (certidões de nascimento, óbito, casamento, compra e venda de imóveis, declarações etc.) com o sobrenome e variações.
4 - Depois é buscar nas lápides dos cemitérios a data de nascimento (o ano é mais importante). Pois certidões de óbitos não trazem a data de nascimento, como tampouco as de casamento brasileiras. Com base nestas pesquisas é possível chegar mais ou menos ao ano de desembarque no Brasil.
5 - Ai só resta ir pessoalmente ao segundo andar do Arquivo Nacional no Rio de Janeiro, buscar pela lista dos navios, lista dos passageiros destes navios, lista dos hóspedes da Ilha das Flores (este é o melhor) e comprovar aí a grafia dos nomes e pessoas da família que chegaram juntas. Infelizmente nestas listas não estão citadas as cidades de origem e muitos foram registrados como alemães, russos e austríacos e não como polacos. (Isto devido aos 127 anos de ocupação que a Polônia sofreu de seus vizinhos).
6 - Também, no mesmo andar do edíficio, existem armários de aço com arquivos das seções da Polícia Federal do Paraná e Rio Grande do Sul. Estão ordenados pelas iniciais de sobrenomes e de cidades. São arquivos que guardam fichas dos imigrantes que compareceram as delegacias de Polícia na década de 40. Todos os estrangeiros eram obrigados por uma lei de Getúlio Vargas a comparecerem na polícia naquela época. Assim e apenas neste arquivo (tanto do Brasil como da Polônia) é possível saber de que localidade eram procedentes estes imigrantes. (Muitas vezes os passaportes familiares que foram "extraviados", na verdade, encontram-se nas pastas destes arquivos). Ao fim destas buscas se está de posse dos dados necessários para buscar nas paróquias da Polônia, os assentamentos de batismo destes ancestrais.
7 - Com base nestes assentamentos (muitas vezes em idioma russo, alemão ou latim) é possível se fazer a transcrição nos cartórios para se obter a segunda via dos atestados de nascimento, óbito e casamento destes polacos.
Seguindo estes passou cheguei até onde nasceram meu avô, irmãos e bisavó. Numa outra cidade, encontrei a certidão de nascimento de meu bisavô. Foi emocionante!!! Tenho as certidões de nascimento e de casamento dos bisavós. E é desta forma que tenho encontrado documentos aqui na Polônia de outros brasileiros descendentes de polacos que contratam meus serviços de busca. Na maioria das vezes tenho sucesso.