O ministro das relações exteriores da Polônia, Radoslaw Sikorski, deu uma palestra e respondeu a diversas perguntas, ontem, no Conselho Atlântico, em Washington.
Sikorski, entre outras coisas, declarou que a justificação da Rússia para invadir a Georgia, dizendo estar defendendo seus amigos no exterior, é uma das doutrinas usada pela aristocracia russa por séculos, justificando sua doutrina de imperialismo. O chanceler polaco disse que "precisamos da doutrina para uma doutrina".
Sikorski declarou também que, "qualquer tentativa adicional para se fazer um novo desenho de fronteiras na Europa através da força ou da subversão será considerado pela Polônia como uma ameaça existencial para nossa segurança e deveria requerer uma resposta proporcional da comunidade Atlântica inteira. Além disso, precisamos fazer com que a tradicional segurança da OTAN seja credível novamente".
Questionado por Martin Walker, da agência UPI, como ele definiria subversão "tendo em conta que a Rússia procura influenciar, por trás do pano, as eleições na Ucrânia", Sikorski disse que o jornalista já havia respondido a questão.
Foi a vez então da jornalista da agência Reuters, Susan Cornell, pressioná-lo com a pergunta se a Polônia apoiou a mudança no artigo 5 da OTAN para extender as garantias para países não membros como Ucrânia e Geórgia, o ministro a interrompeu antes de concluir a pergunta para observar que tinha declarado em Bucareste que "eles um dia ainda vão ser membros da organização", e Cornell completou querendo saber se isto significava força militar, foi a vez de Sikorski, dizer que "eu tenho que ser diplomático".
O ministro polaco então afirmou que as ambições territoriais russas, durante os últimos séculos, se parecem a uma geleira, que às vezes se expande, outras vezes retrocede, mas que a geleira continua lá sempre, existindo. "Agora, que vivemos a era de efeito estufa, está mais do que na hora da geleira derreter. A Rússia, no lugar de ser temida pelos seus tanques de guerra, deveria ser admirada pela sua grande cultura e coragem científica".
Em seguida, o ministro polaco disse que a União Européia possui 400 milhões de consumidores, considerando a zona euro é a maior potência econômica do mundo. "Seria uma questão relativamente simples para a União Européia exigir que a Rússia obedeça as normas internacionais para que, ela possa ter acesso a este grande mercado" e concluiu dizendo que "a União é mestra em regulamentos. Se pode regular a gigante Microsoft, porque não a Gazprom".
No encontro que durou mais de uma hora, Sikorski teve tempo ainda para dizer que "a doutrina Miedwiediew é antiga e implica em conseqüências para a maioria das ex-repúblicas soviéticas. Em abril passado, Władimir Putin sublinhou que a Ucrânia é como uma - obra falsa -" pois não passa de uma minoria étnica no mundo do idioma russo". O posicionamento do ministro polaco é de que o ocorrido na Geórgia pode se repetir na Ucrânia em escala muito maior e colocar em perigo a segurança da Europa. A Polônia não poderia desistir desta posição, pois segundo esta doutrina russa, a qualquer momento os russos tentarão mudar as fronteiras atuais da Europa.
Sikorski, entre outras coisas, declarou que a justificação da Rússia para invadir a Georgia, dizendo estar defendendo seus amigos no exterior, é uma das doutrinas usada pela aristocracia russa por séculos, justificando sua doutrina de imperialismo. O chanceler polaco disse que "precisamos da doutrina para uma doutrina".
Sikorski declarou também que, "qualquer tentativa adicional para se fazer um novo desenho de fronteiras na Europa através da força ou da subversão será considerado pela Polônia como uma ameaça existencial para nossa segurança e deveria requerer uma resposta proporcional da comunidade Atlântica inteira. Além disso, precisamos fazer com que a tradicional segurança da OTAN seja credível novamente".
Questionado por Martin Walker, da agência UPI, como ele definiria subversão "tendo em conta que a Rússia procura influenciar, por trás do pano, as eleições na Ucrânia", Sikorski disse que o jornalista já havia respondido a questão.
Foi a vez então da jornalista da agência Reuters, Susan Cornell, pressioná-lo com a pergunta se a Polônia apoiou a mudança no artigo 5 da OTAN para extender as garantias para países não membros como Ucrânia e Geórgia, o ministro a interrompeu antes de concluir a pergunta para observar que tinha declarado em Bucareste que "eles um dia ainda vão ser membros da organização", e Cornell completou querendo saber se isto significava força militar, foi a vez de Sikorski, dizer que "eu tenho que ser diplomático".
O ministro polaco então afirmou que as ambições territoriais russas, durante os últimos séculos, se parecem a uma geleira, que às vezes se expande, outras vezes retrocede, mas que a geleira continua lá sempre, existindo. "Agora, que vivemos a era de efeito estufa, está mais do que na hora da geleira derreter. A Rússia, no lugar de ser temida pelos seus tanques de guerra, deveria ser admirada pela sua grande cultura e coragem científica".
Em seguida, o ministro polaco disse que a União Européia possui 400 milhões de consumidores, considerando a zona euro é a maior potência econômica do mundo. "Seria uma questão relativamente simples para a União Européia exigir que a Rússia obedeça as normas internacionais para que, ela possa ter acesso a este grande mercado" e concluiu dizendo que "a União é mestra em regulamentos. Se pode regular a gigante Microsoft, porque não a Gazprom".
No encontro que durou mais de uma hora, Sikorski teve tempo ainda para dizer que "a doutrina Miedwiediew é antiga e implica em conseqüências para a maioria das ex-repúblicas soviéticas. Em abril passado, Władimir Putin sublinhou que a Ucrânia é como uma - obra falsa -" pois não passa de uma minoria étnica no mundo do idioma russo". O posicionamento do ministro polaco é de que o ocorrido na Geórgia pode se repetir na Ucrânia em escala muito maior e colocar em perigo a segurança da Europa. A Polônia não poderia desistir desta posição, pois segundo esta doutrina russa, a qualquer momento os russos tentarão mudar as fronteiras atuais da Europa.