A cidade polaca de Wrocław (pronuncia-se vrotssuaf) durante muito tempo esteve ocupada por potências estrangeiras (Boêmia, Prússia, Alemanha). Mas sempre foi território polaco. Finalmente com a sua quase destruíção em 1945, ela voltou a fazer parte da Polônia. Os saxônicos durante o período de invasão trocaram a grafia do nome da cidade para Breslau. Algum tempo atrás, a prefeitura da cidade encomendou ao historiador inglês, Norman Davies, um livro sobre a história da cidade. O Resultado é uma obra maravilhosa e esclarecedora. Davies é autor de outros livros sobre a Polônia e a segunda guerra mundial, como o Levante de 44 em Varsóvia.
Mas alguns historiadores, mais especificamente Lucy Dawidowicz e Abraham Brumberg, argumentam que o tratamento histórico de Davies sobre o Holocausto na Polônia ocupada pelos nazistas é no mínimo passível de controvérsia. Eles acusam Davies de minimizar o antissemitismo e de promover uma visão de que as contas do Holocausto na historiografia internacional ignora o sofrimento dos polacos não-judeus. Por sua vez, os apoiadores de Davies alegam que ele dá a devida atenção ao genocídio e aos crimes de guerra cometidos tanto por Hitler e Stalin contra os judeus polacos e aos polacos não-judeus. Davies argumenta que "os estudiosos do Holocausto não precisam ter receios de que a comparação racional possa ameaçar a exclusividade da tragédia como algo somente judeu. Muito pelo contrário. "... é preciso re-construir mentalmente a imagem mais completa, a fim de compreender a enormidade do verdadeiro cataclismo ocorrido na Polônia durante a II Guerra, e depois poder dizer com absoluta convicção: Never Again".