sexta-feira, 25 de março de 2011

Wałęsa convocado para depor sobre Kobylański


O ex-presidente Lech Wałęsa (pronuncia-se Lérrrhh vaúensa), em 1995, rejeitou proposta de Jan Kobylański, milionário residente no Uruguai e patrocinador da Rádio Maria, o oferecimento de 200 mil dólares, em troca de permitir indicações sobre postos nas Embaixadas Polacas na América do Sul.
O Tribunal Distrital Mokotów, de Varsóvia, que lidera o processo de acusação criminal contra diplomatas e profissionais de veículos de comunicação ligados a Kobylański, está chamando Wałęsa como testemunha neste caso de suborno.
O ex-presidente vai depor em 27 de maio. "Acho que pouco, neste caso, poderei acrescentar alguma coisa", admitiu.
A proposta de Kobylański, segundo depoentes já ouvidos pelo Tribunal, o embaixador Ryszard Schnepf e sua esposa, a jornalista Dorota Wysocka-Schnepf teria sido feita à Wałęsa, em 1995, quando de sua visita A Montevidéu. Schnepf revelou novos detalhes da proposta. Explicou que o milionário Kobylański afastou o ministro Mieczysław Wachowski, da delegação presidencial e apresentou sua proposta: 200 mil dólares para a campanha presidencial de Lech Wałęsa, em troca de sua influência na indicação de embaixadores e cargos na América do Sul. A proposta, que chegou aos ouvidos do então Presidente, foi rejeitada, de pronto.
Aos 87 anos de idade, o milionário Jan Kobylański, fundador e chefe da União das Associações e Organizações Polacas na América Latina (USOPAL), e ex-cônsul honorário da República da Polônia no Uruguai. Antes de se estabelecer no Uruguai, o polaco Kobylański viveu várias décadas no Paraguai à sombra do ditador Alfredo Stroessner, onde teria enriquecido.