A Karta Polaka, ou Cartão Polaco está em vigor desde 14 de julho de 2019, quando foi publicado o decreto sancionado pelo presidente da República da LEI de 16 de maio de 2019, sobre a alteração da lei relativa ao Cartão Polaco, Artigo 1, na Lei de 7 de Setembro de 2007 sobre o Cartão Polaco (Diário das Leis de 2018, números 1272 e 1669).
Antes disso, ninguém escreveu mais se empenhou no Brasil para a existência da Karta Polaka também para os descendentes brasileiros de imigrantes polacos que... Ulisses Iarochinski.
O empenho de Iarochinski para a existência de um documento que reconhecesse a descendência dos brasileiros de origem polaca começaram quando teve sua solicitação de cidadania, negada pelo departamento de emigração da Voivodia da Mazóvia, em 2005, depois de três anos de espera por um resultado positivo.
Indignado, Iarochinski foi pessoalmente a Varsóvia conversar com a diretora do Departamento que analisava os pedidos do mundo inteiro. Ouviu dela, que a confirmação não era possível, porque o avô Bolesław Jarosiński tinha saído do território da Polônia, ocupado pelo Reino da Rússia, antes de 1918.
Iarochinski argumentou que esta alegação não estava na Lei de Concessão de Cidadania Polaca. A diretora concordou, mas afirmou que era uma questão de interpretação da lei.
Se o sr. Bolesław não possuía nenhum documento que provasse sua cidadania polaca, o descendente não poderia receber o diploma de cidadão, pois o que o avô possuía era, provavelmente, a cidadania e documentos do invasor russo. Portanto, a cidadania polaca não era possível, embora ele tivesse nome, sobrenome, falasse polaco, comesse pierogi, fosse loiro, tivesse olhos azuis e tivesse nascido na Vila Helenów, Cidade de Wojcieszków, sub-província de Łuków, província de Siedlce, fosse polaco de origem, ele não tinha documentos, nem cidadania, porque a Polônia não existia em 1905, ano de nascimento do sr. Bolesław
Iarochinski argumentou que esta alegação não estava na Lei de Concessão de Cidadania Polaca. A diretora concordou, mas afirmou que era uma questão de interpretação da lei.
Se o sr. Bolesław não possuía nenhum documento que provasse sua cidadania polaca, o descendente não poderia receber o diploma de cidadão, pois o que o avô possuía era, provavelmente, a cidadania e documentos do invasor russo. Portanto, a cidadania polaca não era possível, embora ele tivesse nome, sobrenome, falasse polaco, comesse pierogi, fosse loiro, tivesse olhos azuis e tivesse nascido na Vila Helenów, Cidade de Wojcieszków, sub-província de Łuków, província de Siedlce, fosse polaco de origem, ele não tinha documentos, nem cidadania, porque a Polônia não existia em 1905, ano de nascimento do sr. Bolesław
Passados cerca de dois anos, Iarochinski conseguiu obter o visto permanente de residência e trabalho na Polônia. Não era cidadania, mas já podia ter pelo menos uma carteira de identidade polaca, o chamado "Stałego Pobytu" (Visto permanente).
Um ano mais tarde, de posse do "Stałego", deu entrada em nova solicitação de cidadania, desta vez, através do departamento de imigração da Voivodia da Małopolska (Pequena Polônia).
Carteira de Identidade da Polônia |
Foi exigida a certidão de nascimento brasileira traduzia em juramentado para o idioma polaco, o que permitiu a expedição pelo Cartório do Registro Cívil da cidade de Cracóvia, da certidão polaca necessária para o processo de obtenção da cidadania polaca.
Mais uma vez, a demora numa confirmação, fez Iarochinski buscar o apoio de um deputado do mesmo partido do Presidente e do Primeiro-Ministro da Polônia, o PiS - Partido do Direito e Justiça, Deputado Adam Abramowic.
Abramowic foi decisivo, em duas semanas a sonhada cidadania polaca para Ulisses iarochinski foi concedida.
Passaporte polaco |
As ações do deputado não chegaram a dar resultados. Mas sua preocupação com a causa dos descendentes continuou. Há pouco mais de dois atrás, o agora diretor da Associação Nacional dos Pequenos e Médios Empresários da Polônia começou uma campanha para tornar a Karta Polaca sancionada em 2007 para polacos do Leste Europeu, estendida para os descendentes do resto do mundo.
Abramowic buscou apoio da Associação Nacional dos Empresários e Empregadores da Polônia
e do jornalista brasileiro-polaco Ulisses Iarochinski, contemplado com a cidadania polaca em 2008.
As gestões acabaram no lançamento, na sede nacional da Associação Nacional do Empresários da campanha "Vamos trazer os brasileiros" com a presença especial de Iarochinski, via skype no telão, direto de Curitiba.
O passo mais importante tinha sido dado e com isto a Karta Polaka / Cartão Polaco, com o apoio de todos os empresários da Polônia logo se tornou realidade. Foi aprovada no Sejm, no Senado e sancionada pelo Presidente da República.
E o primeiro brasileiro a receber a Karta Polaka foi o amigo de Iarochinski e ex-colega de doutorado na Universidade Iaguielônica de Cracóvia, Lourival Araújo Filho, em fevereiro de 2020.
Primeiro Cartão Polaco concedida para um brasileiro (frente e verso) |
A luta pelo reconhecimento da cidadania dos brasileiros descendentes de imigrantes polacos que chegaram ao Brasil antes de 1918, continua.
Luta que, ao que parece, nunca sensibilizou as associações que se dizem polono-brasileiras. Mas que nunca faltou a Iarochinski, que através deste blog criado em julho de 2005 tem publicado tudo sobre cidadania e Cartão Polaco. Acompanhe nos links abaixo alguns do textos publicados, inclusive com a tradução da Lei de Concessão do Cartão Polaco para brasileiros e outros estrangeiros de origem polaca.