Foto: Anna Jarecka |
Quinta-feira gorda! A Europa comemora este dia, pelo menos desde o século XIII. Mas na Polônia a data vai além da simples lembrança de que é a última quinta-feira antes da quaresma. Na terra do quase beato João Paulo II, a quinta-feira gorda é um festival consagrado à gula. A gulodice do polaco tem nome: "Pączki"! Palavra que em sua tradução literal é apenas "broto de rosa", mas que em seu significado brasileiro é o famoso "sonho". Sim aquele bolinho recheado com marmelada e polvilhado com açúcar de confeiteiro. Contudo, na Polônia a guloseima é feita com geléia extraída justamente dos brotos das rosas... uma delícia!!!
Há 700 anos, o último dia de carnaval era considerado a terça-feira gorda, justamente o dia que antecede a quarta-feira de cinzas. Mas a tradição foi mudando. Primeiro para a segunda-feira, depois para o domingo, logo em seguida para sábado. Como toda sexta-feira era ligada a ideia da Paixão de Cristo... a comilança acabou ficando com a quinta-feira anterior.
Marcin Stańczuk, etnógrafo do Museu de Radom, explica que "os três últimos dias de carnaval, domingo, segunda e terça-feira eram chamados dias primos ou primas. Nestes tempos, estes dias eram dedicados à festas, danças e jogos".
O ponto alto das cerimônias era a terça-feira, quando os meninos se vestiam de mulher velha, de Diabo, de Judeu, de Milionário, de cigano e de Urso. Os disfarçados desfilavam pela vila, cantando e faziam barulho batendo com pedaços de pau nas panelas vazias.
Os "alegres" visitavam casas e pediam por refrescos. Em troca da graça, desejavam prosperidade agrícola, colheita abundante, uma prole grande de animais para reprodução. Por essa ocasião, diversas travessuras eram feitas, tais como besuntar senhoras de negro, o que era considerado motivo de sorte da família e um bom presságio para os próximos tempos que viriam.
Com o passar dos séculos, os foliões e os visitados na Polônia, foram incorporando às brincadeiras, os "pączki" (sonhos) como moeda de troca. Os desfiles foram acabando, os cantos emudecendo, mas o "sonho" permaneceu. Assim como os "desejos de boa aventurança"!
Hoje, em todas as vilas e cidades, os polacos preparam a guloseima às centenas e saem pelas ruas e estradas distribuindo "sonhos". Para que estes desejos se realizem, de verdade, é preciso ganhar e comer pelos menos dois "sonhos" e meio.
Tanto isso é verdade, que o doce no Brasil, tem o nome de "sonho", porque foi trazido pelos imigrantes polacos. Pois até o século XIX, nenhum brasileiro, ou português tinha comido o "sonho". Os portuguêses foram aprender com os "usurpadores das terras polacas", os alemães, que o confeito polaco era de "bola de Berlim".
Nada mais equivocado, já as bolas alemãs não estão relacionadas ao desejo e ao sonho... apenas à pança. Já o "sonho" brasileiro é o verdadeiro pączki (pronuncia-se pontchki).!!!
Marcin Stańczuk, etnógrafo do Museu de Radom, explica que "os três últimos dias de carnaval, domingo, segunda e terça-feira eram chamados dias primos ou primas. Nestes tempos, estes dias eram dedicados à festas, danças e jogos".
O ponto alto das cerimônias era a terça-feira, quando os meninos se vestiam de mulher velha, de Diabo, de Judeu, de Milionário, de cigano e de Urso. Os disfarçados desfilavam pela vila, cantando e faziam barulho batendo com pedaços de pau nas panelas vazias.
Os "alegres" visitavam casas e pediam por refrescos. Em troca da graça, desejavam prosperidade agrícola, colheita abundante, uma prole grande de animais para reprodução. Por essa ocasião, diversas travessuras eram feitas, tais como besuntar senhoras de negro, o que era considerado motivo de sorte da família e um bom presságio para os próximos tempos que viriam.
Com o passar dos séculos, os foliões e os visitados na Polônia, foram incorporando às brincadeiras, os "pączki" (sonhos) como moeda de troca. Os desfiles foram acabando, os cantos emudecendo, mas o "sonho" permaneceu. Assim como os "desejos de boa aventurança"!
Hoje, em todas as vilas e cidades, os polacos preparam a guloseima às centenas e saem pelas ruas e estradas distribuindo "sonhos". Para que estes desejos se realizem, de verdade, é preciso ganhar e comer pelos menos dois "sonhos" e meio.
Tanto isso é verdade, que o doce no Brasil, tem o nome de "sonho", porque foi trazido pelos imigrantes polacos. Pois até o século XIX, nenhum brasileiro, ou português tinha comido o "sonho". Os portuguêses foram aprender com os "usurpadores das terras polacas", os alemães, que o confeito polaco era de "bola de Berlim".
Nada mais equivocado, já as bolas alemãs não estão relacionadas ao desejo e ao sonho... apenas à pança. Já o "sonho" brasileiro é o verdadeiro pączki (pronuncia-se pontchki).!!!
Ai ai ai... que gostosura polaca!!! |